Capítulo 3

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Ela diz: Você não quer ser como eu
Não quer ver todas as coisas que eu vi
Estou morrendo, estou morrendo
Ela diz: Você não quer ficar desse jeito

Carmen



Eles haviam dito que aquela casa fora erguida há quinhentos anos atrás. Lá vivera muitas famílias inglesas importantes, donas de terras e indústrias. Nas paredes ainda restava quadros dos tempo antigos, onde a beleza estava escondido por baixo de muitos tecidos e camisas de linho. As cortinas eram tão grandes quanto às janelas, e as flores tão frescas quanto a primavera.

Hande sentia-se oprimida.

Ela ouvira falar de Yorkshire. Sabia da beleza imensurável de seus palácios e história monárquica. Era o mesmo que voltar ao passado e assistir grandes homens criando as regras da sociedade apenas usando as vozes. Por onde olhava, havia algo a acrescentar, sobre um acontecimento ou mito.

Jamais se imaginaria vivendo naquela casa. O lugar em que Benedict passou a infância com seus pais. Não fazia sentido para ela ter uma sala maior que seu apartamento cheio de mofo. Tudo brilhava, dizendo em letras gritantes que Hande não era bem-vinda.

Sentiu-se encolher quando um mordomo os recebeu tão cordialmente, encarando-a da mesma forma que faria se encontrasse a rainha. Ele não olhou para o tecido barato do seu casaco, porém de alguma forma ela soube que ele sabia de onde havia vindo, liquidação.

A mãe de Benedict era uma versão feminina do filho bastante exuberante, com joias e vestido sob medida. Rose havia herdado muito do pai, então seus olhares não eram esnobes, porém muito examinadores. Hande preferia passar horas sentada de frente para Rose, do que conhecer a sogra.

— Que linda jovem você encontrou, Benedict.

— Essa é Hande.

— Pode me chamar de Handy, senhora. É um prazer conhece-la.

— Meu filho falou muito de você. O tempo inteiro, pra falar a verdade.

— Fico honrada.

Honrada por ter sido tópico em conversas frívolas? Sua única conquista era Oxford. Não havia muito que Benedict dizer, a menos que fosse mentiras ou ilusões. As duas opções fazia com que Hande pensasse na possibilidade de fugir.

Não fazia sentir ficar com um homem que a deixava sozinha em um ambiente desconhecido. Por mais que tivesse tido muitos assuntos de Susie e Toto Wolff, não era a mesma coisa. Ela continuou sentindo-se presa no lugar errado, no meio de estranhos.

— Vamos tomar um chá. – ofereceu sem qualquer sorriso.

A mesa fora colocada no jardim, com muitas flores e porcelanato. O ambiente havia sido projetado para ser acolhedor, confortável, para dar ao visitante um momento de paz de espírito. Um cenário digno de conto de fadas.

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