Um dia ele manipulou sua entrada no mundo real, e nunca mais parou. O controle total era seu único aliado, melhor amigo e parceiro. Não importava quantas pessoas perdiam pelo caminho, ou quantos amores apodreciam. Nada nem ninguém era capaz de supor...
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Porque você me abraça como uma mulher De uma forma que eu nunca senti antes E isso me faz querer ficar E isso me faz querer ser toda sua
Guys my age
Império algum era erguido do dia para a noite. Levava anos para que os muros fossem fortalecidos com confiança e sucesso. Sacrifícios precisavam ser feitos para que houvesse frutos no ano seguinte. Descanso era para poucos naquelas circunstâncias, e a felicidade tão rara quanto à tristeza. Sentimentos precisavam ser anulados. Ele massacrava com o mesmo olhar em que ajudava.
E naquele instante, Toto soube que precisava lidar com Hande da mesma maneira que lidava com o seu império, sempre arrancando o mal pela raiz para não infectar todo o progresso. Invés disso, respirou fundo e ponderou.
— Hande...
— Eu o matei. – repetiu.
— E você sente muito por isso?
— Eu sinto por não ter feito antes.
Toto assentiu, como se fosse possível entender a mente de um homicida.
Para quantas pessoas Hande contou aquele segredo? Quando ela o matou e, por qual motivo? Havia um cumplice? O corpo ainda estava no freezer? Seu filho seria o próximo? Ele era o próximo?
Precisava ligar para a polícia, explicar toda a situação e manda-la de volta para Turquia sem passagem de volta. Se mantivesse a boca fechada sobre um assassinato, também estaria em apuros e poucos advogados pegariam o seu caso sem querer fama. Seu filho mais novo jamais se recuperaria dos males de ter um pai presidiário. Teria que deixar tudo nas mãos de Susie e implorar para que ela o visitasse todas as semanas. Estaria nos seus últimos dias quando fosse liberto. Ninguém mais o reconheceria.
No entanto... Toto estava sem celular. Incomunicável na parte de trás da empresa, na área de fumantes. O sinal não era muito bom naquela região da Inglaterra. A delegacia era muito distante para ir andando, e eles não chegariam a tempo de levar Hande para o interrogatório. Faltava ter uma lista de bons advogados disponíveis, pois o seu estava prestes a ser enterrado. E ele estava muito velho para se preocupar com presídios e traumas, não podia se dar ao luxo de correr para a primeira delegacia, porque era mais fácil guardar um segredo e ser enterrado com ele.
— Essa parece ser uma história interessante, mas você ainda está no expediente de trabalho, e eu não gosto que meus funcionários fiquem por aí fofocando!
A mente de Hande deu um grande giro quando o ouviu.
Não estava nem um pouco preocupado sobre o grande delito que a fez fugir da Turquia com uma sacola plástica e dias sem banho. Ele não aparentou medo ou nojo. Absolutamente nada.