Um dia ele manipulou sua entrada no mundo real, e nunca mais parou. O controle total era seu único aliado, melhor amigo e parceiro. Não importava quantas pessoas perdiam pelo caminho, ou quantos amores apodreciam. Nada nem ninguém era capaz de supor...
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Eu fui a arqueira Eu fui a presa Quem poderia me deixar, querido? Mas quem poderia ficar?
The archer
Susie sorriu mais tranquila ao ver Jack novamente com Toto, sendo capaz de perdoar o cabeça dura do pai. Ela podia dormir mais tranquila naquela noite e nas próximas que viriam. Era provável que nada seria capaz de realmente separar os dois.
— Nosso filho tem cinco mil dólares na mochila. – o anuncio a pegou de surpresa, pois esperava um comentário que não parecesse tanto com um crime premeditado. A informação fez o sorriso desaparecer.
— Quem ele roubou?
— Ele é pedinte, Suzanne! Pedinte.
— É pra faculdade. – Jack sorriu ao mostrar para a mãe o que havia na mochila – Sabia que meu pai não vai pagar a minha faculdade?
— Ele precisa guardar dinheiro para o exame de próstata.
— O que é isso? – encarou-os com estranheza.
— Nada importante.
— Um homem da sua idade avançada deveria se preocupar com essas coisas. – riu.
Toto respirou fundo, dando a ela um dos seus sorrisos fingidos. Ele não cairia naquele papinho para esquecer o real problema se desenrolando diante de si. Não era um tolo que caia nas provocações da ex-esposa, havia se livrado daquilo no divorcio. Bastava um comentário premeditado para que Susie enrolasse quem fosse no dedo mindinho, porém não seria Toto a grande vítima.
— A Hande não vai! – avisou.
— Mas é claro que ela vai.
— Eu quero ir.
— É perigoso, e a Suzanne não pensa nas consequências.
— O pior piloto do mundo é você, Torger!
Jack concordou com a mãe, recebendo um olhar repreensivo de Toto, obrigando-o a discordar.
Ele não era o pior, apenas não tinha sorte. Acontecia o mesmo com Charles Leclerc, e ninguém o acusava de ser ruim.
— Não parece tão perigoso. – Hande colocou a balaclava antes do capacete – Vou ficar bem.
— É muita pressão, Suzanne.
Estava desesperado para dizer que era perigosa a ideia de Hande se colocar naquela situação, porque podia acontecer um desastre e ele jamais se perdoaria. Ele conseguiu fazer a cafeína sumir, mas aquilo era o limite de todos os limites. Se algo acontecesse dentro daquele carro, Toto perderia a cabeça.