Um dia ele manipulou sua entrada no mundo real, e nunca mais parou. O controle total era seu único aliado, melhor amigo e parceiro. Não importava quantas pessoas perdiam pelo caminho, ou quantos amores apodreciam. Nada nem ninguém era capaz de supor...
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Se as coisas estão ótimas Por que espero que elas desapareçam? Oh, eu te digo, sei que tenho o suficiente Tenho paz e tenho amor Mas fico acordado à noite pensando que posso perder tudo
Beautiful things
Hande não fazia ideia que a América era tão próxima. Imaginara que a viagem demoraria horas intermináveis ou que teria mais tempo para estudar. Outro ponto negativo era o clima. Bastou que olhasse brevemente na direção do céu para desanimar quase de imediato. O Sol parecia ter se multiplicado.
Soltou o ar pelos lábios, desanimada com a ideia de passar pelo desembarque.
Não estava na sua melhor forma. A culpa era toda da universidade. Havia perdido o ritmo desde que sua vida virou um espetáculo teatral. Ela se via gastando mais tempo com problemas sociais do que estudando para as provas. Quando tentava se encontrar em toda a confusão que criou arrependia-se porque parecia um poço sem fundo.
Ela estava começando a detestar a maneira com que o publico sempre parecia animado com tudo. Não conseguia entender porque era necessário se esmagar para conseguir um autografo ou aperto de mão. William passava pelo grupo histérico com um sorriso, deixando óbvio que achava cômico.
— Eu sou tipo o Justin Bieber. – Toto disse para Susie, vendo-a olha-lo como se estivesse diante de um homem que amaldiçoou toda sua família. Ele não desmanchou o sorriso egocêntrico.
A turca colocou o pé para fora do aeroporto precisando fechar os olhos com força porque sentia as retinas queimarem. Ela precisava retornar para a velha Inglaterra com ar úmido e nuvens pesadas de chuva. A América não servia para ela. Retirou o casaco, colocando-o pendurado na sua bolsa de trabalho.
— Pedi que trouxessem um carro com teto-solar. – Toto mostrou as chaves animado.
Ela olhou novamente para o céu.
— Vou de van.
— O que?
— Não vou ficar nesse Sol por livre espontânea vontade! Assim irei torrar!
— Você é turca, deve gostar de praia. – George comentou.
Hande escolheu não respondê-lo.
Sua mãe a ensinou a manter a boca fechada quando se tratava de homens. Era melhor que achassem tudo que considerava estivesse correto, apesar de tantos comentários burros.
— Vai poder conhecer a cidade. – Toto insistiu.
— Quantos graus está fazendo?
— Sensação térmica de quarenta. – Susie a respondeu passando protetor solar no rosto de Jack, tentando fazê-lo parar quieto, porém o menino se balançava de um lado para o outro tentando evitar as mãos da mãe.
