Um dia ele manipulou sua entrada no mundo real, e nunca mais parou. O controle total era seu único aliado, melhor amigo e parceiro. Não importava quantas pessoas perdiam pelo caminho, ou quantos amores apodreciam. Nada nem ninguém era capaz de supor...
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Eu estou lutando contra o fogo Só para chegar perto de você Podemos queimar alguma coisa, meu bem? E eu correria por milhas só para sentir o gosto
Love on the brain
— Ela é uma idiota.
Toto murmurou para si mesmo no carro, observando Hande caminhar na direção da saída.
Ele tinha mandado que ficasse parada, para que buscasse o carro, mas ela precisava demonstrar que estava além da possibilidade de seguir ordens básicas que até um cão domestico entendia e obedecia. Provavelmente fosse o par ideal de Benedict, pois explicaria porque os dois tem um cérebro semelhante a um peito de frango.
Se Susie estivesse escondida no porta-luvas do carro, teria rido e dito que era exagero.
Talvez fosse.
Dirigiu até Hande, parando na frente dela, fazendo-a recuar com os olhos esbugalhados e mão no peito.
Desceu o vidro, vendo-a se abaixar com seus longos cabelos.
— Entre.
— Posso ir andando.
— Meu tempo vale muito, Hande. – apontou para o relógio no pulso.
Ela endireitou a postura e abriu a porta.
Por mais incapaz que fosse para seguir regras, ela raramente discutia. Toto não sabia se as duas combinações eram positivas para uma mulher. Era mais cabível que gritasse expressando todas as suas opiniões controversas, do que se calar e fazer pelas costas.
O carro que normalmente usava para trabalhar não era grande, tendo apenas dois lugares e um pouco baixo para os padrões. Um clássico que deixava Susie animada para um passeio com Jack.
— Pode me deixar na estação. – Hande abraçou a bolsa, indo lentamente na direção da porta.
— Não sei onde fica a estação de trem, mas sei onde fica sua casa.
Hande colocou o cinto quando o carro começou a se mover, esquecendo-se de responder Toto. Seus olhos deslizaram pelo painel do carro, estudando a falta de tecnologia que sempre via nos veículos de Benedict. Ele parecia menor, desconfortável dentro de um carro tão pequeno. Hande acreditou que todos os carros se tornavam minúsculo quando Torger os dirigia.
Homens não a atraiam. Pessoa alguma a atraia. Ela sentia medo de todos o tempo inteiro. A menção de ser objeto de desejo lhe subia bile. E aquilo a trancafiou por anos dentro de uma prisão perpetua.
