Capítulo 7

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Eu estou tão cansada de correr o mais rápido que consigo
Imaginando se eu chegaria lá mais rápido se eu fosse um homem
E estou tão cansada deles vindo atrás de mim de novo

The man




O toque de Benedict a empurrou na direção do mundo real. O dia havia finalmente abandonado seu posto privilegiado, para que a noite reinasse. Hande percebera que as flores pesavam mais do que deveriam, porque floresciam junto de suas frustrações e receios. Seus olhos enxergam com mais clareza naquela distancia, encontrando em Torger outra prisão com ramos espinhentos no lugar mais alto da estante.

— O que quer com a minha namorada? O expediente acabou!

— Olá Benedict, também é bom ver você. Respondendo sua pergunta, quero de Hande comprometimento e profissionalismo.

Torger raramente perdia o controle, principalmente quando se tratava de Benedict. Sua falta de emoção o deixava mais irado. Sempre fora daquela maneira, não era sobre Hande. Muitas das vezes Benedict puxava os próprios cabelos quando o pai o ignorava para trabalhar, porque o dinheiro era mais importante.

Susie tentou mudar tudo, porque ela era do tipo que desbravava áreas jamais exploradas. Abrindo caminho na escuridão para que a luz chegasse a todos. Infelizmente seus esforços não foram o suficiente, porque Torger fechou-se para todos, e Benedict o encarava como um inimigo.

— Mandando-a para cá? Northampton é muito longe, e a empresa tem escritório em Oxford. São horas de trem!

— E eu não poderia me importar menos.

— Claro que não se importa, para você todos os outros são apenas peças do seu jogo doentio, mas Handy não fará parte disso.

Hande olhou para a mão de Benedict segurando seu pulso com força o suficiente para tornar dolorido, mas ela não lutaria contra o inevitável. Ela nunca lutava, porque terminava mal.

— Agora é você que está encarando tudo como um jogo.

— Vamos embora, Handy.

Torger não conseguiu desviar os olhos dos cabelos de Hande, hipnotizado pela maneira como as madeixas tocavam as flores vermelhas, e fazia com que pétalas caíssem por seu caminho, quase como se fosse um chamando de um amante desesperado.

Benedict sempre teve tudo que quis, porque Toto criou aquele império sem se importar com os próprios desejos. Ele desfilava com carros do ano e ostentava com o sobrenome, porque o pai o ignorou toda a infância, porém os jovens nunca pensavam nos sacrifícios. Ele queria Hande para si por puro orgulho, pois ela sempre se afastava com palavras doces, olhando para o horizonte distante e prédios antigos.

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