Kaila Narrando.
O Leonardo me beijou.
Eu gostei do beijo dele.
Essas eram às unicas coisas que eu conseguia pensar. Tomei banho, comi, cantei, conversei nada que eu fazia tirava aquilo da minha mente. O sorriso dele, o perfume dele, aquela marra dele. - Kaila não seja ridícula. Você está ficando louca, muito louca. - Eu dei um jeito de passar quase o resto do dia sozinha, sem as meninas ficarem enchendo o saco e fazendo milhares de perguntas. Como Leonardo pediu, eu não contei para ninguém e não contaria, porque afinal aquilo seria esquecido, nunca mais voltaria acontecer ou nunca mais nenhum de nós dois tocaríamos naquele assunto.
- Está ocupada? - Júlia disse parada da porta, eu neguei com a cabeça. - vem, vou te mostra uma coisa.
- Que coisa? - Perguntei curiosa e já desci da cama.
Ela segurou minha mão e saiu me puxando, andando devagar, pelo jeito da Júlia ela queria correr desesperadamente mas estava se controlando. Eu nunca havia andando pela àquela área, era parte de trás da casa, passamos pelo lugar onde ficava os cavalos, eu nem sabia da existência desses animais aqui. Tinha uma casinha, era mais um lugar de guardar ferramentas, Júlia olhou ao redor, acho que estava se certificando que não tinha ninguém e abriu a porta devagar, Ana estava abaixada com um cachorrinho na mão.
- Ai meu Deus! - Abaixei na altura que a Ana estava e peguei o mesmo no colo. - Onde vocês acharam ele?
- No mato, ele estava perdido. Deve ter fnugido da fazendo do lado. - Ana disse e eu estava encantada.
Não era de raça aparentemente, mas era tão lindo. Ele lambia minhas mãos, meu braço, como se aquilo fosse a coisa mais divertida do mundo. Vimos a porta abrir, e meu coração parou por alguns segundos, acho que não só o meu, como os das meninas. Era ninguém menos que, Leonardo. Eu deveria estar com a cara assustada, em uma tentativa idiota de esconder o cachorro atrás de mim. Ele deu um sorriso torto, mas era aquele sorriso dele deboche. Ele não falava nada, só ficava analisando a situação aquilo estava me dando nervoso.
- Deixa eu ver ele. - Ele finalmente falou. Ele parecia calmo até demais. Entreguei-o para ele, segurou o mesmo e fez um carinho. - Deram comida para ele?
- É-é... demos. - Ana gaguejou.
- Não deixa meu pai ver e nem o Arthur. Vocês sabem. - Ele falou e deu um piscadinha e virou as costas saindo.
Mas que merda foi essa? Eu abri a porta e fui atrás dele.
- Você não vai falar nada? Nem brigar? Nem gritar? - Ele me olhou e riu.
- Eu gosto de animais.

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Proibida pra mim.
RomanceDizem que a frieza é uma saída pra quem já sofreu demais. Talvez seja por isso que Leonardo seja assim, talvez seja isso o motivo que ele não nutri sentimentos. Ele talvez possa ter se transformado nisso, depois que sua mãe morreu ou pode ter sido t...