Capitulo 6

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Leonardo Narrando.

— Davi, chega aqui. — Chamei o mesmo, ele se aproximou.— Você vai levar as meninas hoje, fica de olho na Catarina, que eu sinto cheiro de merda vindo dali.

— Pode deixar Léo. Qualquer coisa eu te aviso. — Assenti e ele saiu.

Já eram mais de 21:00 horas e nada delas saírem do quarto.

— As madames ficaram prontas que horas? — Gritei da sala.

Não se passou 5 minutos e elas apareceram na sala.

— Vocês estão atrasadas ein caralho, — Gritei e empurrei as mesmas pela porta. — vão logo, se comportem.

Elas saíram e ficou eu, Hugo e a mina nova. Ela estava trancada no quarto.

— O que você achou da nova hóspede? — Hugo perguntou com humor.

— Bonita, gostosa. — Falei e olhei para ele.

— Ela consegue ser mais gostosa que a Ana e olha que a Ana tem um bunda, que meu Deus.

— Sou mais a Catarina, apesar de não ter um corpão, ela me deixa doido, mas com ela eu já cansei já.

— Ela mama direitinho.

— Bota direitinho nisso.

Ficamos conversando, a madrugada chegou que nem vimos. Hugo acabou cochilando vendo televisão, levantei e fui beber água. Entrei na cozinha sem acender a luz mesmo, abri a geladeira, peguei uma garrafa d'água despejei a água no copo. Ouvi um barulho, tomei um susto tão grande que apertei o copo na minha mão.

— Droga! — Exclamei, olhei para porta e era a menina, ela me olhava assutada.

— Não quis te assustar. — Ela falou baixo e foi até pia pegando um copo e enchendo d'água. — Nossa! Sua mão.

Ela deixou seu copo encima da pia. E se aproximou de mim.

— Deixa, não foi nada. — Puxei minha mão.

Ela respirou fundo e puxou minha mão, enfiou debaixo da pia, e tirou os cacos de vidro com a unha. Jogou álcool e pegou uma atadura e enrolou na minha mão.

— Valeu. — Falei.

Ela deu um sorriso sem graça e voltou para o quarto.





Fiquei na cozinha mais uns minutos,voltei para sala ouvi alguns passos pelo mato. Peguei a armar na cintura, destravei e fui andando devagar sem fazer barulho, saí pela porta de trás, vi uma sombra pequena. Ela está se achando que esperta, andei bem devagar, até eu avista-la, não corri, mas ela corria, como se tivesse a mais inteligente do mundo e conseguido o que nenhuma das meninas conseguiram em meses. Eu poderia descarregar meu pente de balas nela. Mas ela era virgem, isso iria dá muito dinheiro, se eu matasse ela, meu pai me mataria em seguida. Apertei meus passos, consegui chegar perto dela e segurei seu cabelo com força.

— Ta se achando muito espertinha não acha não? — Falei baixo em seu ouvido.

Ela começou a chorar desesperadamente, ela tentou puxar o cabelo, mas eu estava segurando com força.

— Eu só quero ir para casa, por favor. — Ela falou chorando. — Eu quero meus pais. — Cada minuto que passava ela chorava mais ainda.

Arrastei ela pelos cabelos até entrarmos na casa de novo, joguei ela no chão do quarto.

— Por que você está fazendo isso? Eu nunca fiz mal a ninguém. — Ela disse e se encolheu, encostando na parede e abraçando seus joelhos.

— Você acha mesmo que essa ceninha vai amaloecer meu coração e me fazer sentir pena de você? — Falei ironicamente, agachei em sua frente. — Só que tem uma coisa sobre mim, que você não sabe, — Me aproximei dela, aproximei meus lábios do seu ouvido. — Eu não tenho coração.

Me afastei e ela me olhou assustada, fiquei encarando-a, disparei um tapa em seu rosto.

— Isso é para você aprender a nunca mais, tentar, me passar para trás. — Falei friamente e levantei. — Você vai ficar trancada aqui agora, até repensar no que você fez.

Levantei e fui andando até a porta.

— Não, por favor, não. — Ela tentou gritar, mas ela chorava tanto que não tinha nem mais forças.

Saí do quarto, bati a porta e tranquei a mesma. Saí e fui andando até onde o Hugo estava. Procurei-o pela casa, olhei vários cômodos e por fim achei ele na cozinha.

— A vadiazinha tentou fugir, — Rimos com humor — agora está trancada no quarto para pensar nas coisas que faz.

— Que idiota, ela acha o que? Que nenhuma delas tentou fazer isso?

— Ela deu sorte porque ainda não perdeu o cabaço. — Falei e bufei.

Eu odiava o fato de tentarem me passar para trás, de bancarem de esperto para cima de mim. E bom, se ela queria a minha raiva, ela conseguiu. Fiz uma "ronda", vi se todos os capangas estavam em seu devido lugar. Olhei no relógio e marcavam exatamente 2:30 da manhã. Fui para o meu quarto, tomei um banho quente e relaxante, tentei pensar em alguma coisa, mas minha vida é tão ínutil, que eu não tinha nada para pensar.

Proibida pra mim.Onde histórias criam vida. Descubra agora