Proibida pra mim.

Ultimo Capitulo

Meu dia foi um tédio legal, finalmente chegou a hora de ir trabalhar, cheguei na lanchonete, Júlia assim que me viu saiu correndo para perto de mim.
- Garoto, você está atrasado, estava ponto de ir te buscar em casa. - El adisse tirando o avental.
- Ué, não vai ficar a noite não?
- Não, hoje é casamento da Kaila. - Olhei para Júlia sério.
- A Kaila vai se casar?
- Vai, hoje e graças á você vou chegar atrasada. - Ela pegou sua bolsa, e parou na minha frente. - Não adianta ficar com essa cara de bunda não, se você quer ela, vai atrás, as coisas não vão cair do céu não.
- Vai logo Júlia, me erra.
Sai de perto dela, comecei tirando os copos da mesa. Minha vontade era de sair quebrando tudo, mas eu me controlei. Tudo bem, que foi eu que falei para ela seguir em frente. Mas ela precisava casar? Não precisava disso. Eu poderia larga tudo aqui e não deixar ela casar, mas não ela decidiu seguia a vida sem mim, não vou me humilhar a esse ponto.
- Está com raiva Leonardo? - Ouvi uma voz atrás de mim.
Olhei e era seu Carlos.
- Não, por que?
- Está quase quebrando as coisas ai na louça.
- Desculpa.
Respirei fundo, e voltei a fazer as coisas. Logo a noite veio, e começou a encher de gente, estava com a cabeça em outro planeta, eu dava troco errado, pedido errado, derrubei a bandeja umas quatro vezes.
- Leonardo ou você fica com a cabeça aqui, ou vai embora, por que os clientes estão reclamando? - Minha verdadeira vontade era de mandar ele tomar no cu, mas me segurei e apenas assenti.
Eu precisava me concentrar no que eu estava fazendo e esquecer aquela porra de casamento.

Desisto de bancar o fodão que não ligando para nada. Tirei o avental e joguei em cima da mesa. Ouvi a voz do seu Carlos, mas não dei muita importância, cheguei a na porta da lanchonete e percebi que estava chovendo pra caralho. Mas não me importei muito, saí correndo pela chuva, coloquei meu casaco na cabeça, para me molhar menos, acabei esbarrando em alguém, subi meu rosto para pedir desculpas, e tive um agrande surpresa, na realidade melhor surpresa que eu poderia ter tido.

- Kaila?! - Perguntei sem acreditar. Ela estava linda vestida com um vestido de noiva. - O que você está fazendo aqui?
- Eu não quero que você passe o resto da vida xingando o destino. - Ela disse sorrindo.
- E o seu casamento?
- Eu te amo Leonardo, não deu. Não interessa o que aconteceu no passado, eu te amo, eu preciso de você.
- Mas se não der certo? - Perguntei.
- A gente vai tentando até acertar.
- Agora podemos dizer que nos conhecemos nos esbarrando na rua. - Ela abriu um sorriso, lindo por sinal, um sorriso ficava mais lindo por eu ser o motivo.
Abri um sorriso, me aproximei da mesma, e a beijei. Que saudade que eu estava do beijo dela, do seu cheiro, desse jeito dela de menina mulher. Ela envolveu suas mãos no meus pescoço, finalizamos o beijo antes que um de nós dois morresse sem ar.
- Preciso de apresentar alguém. - Ela disse sorrindo.
- Quem?
- Cala a boca e vem. - Ela segurou na minha mãe e saiu puxando pela rua.
Entramos em um táxi, e ficou mandando o taxista ir rápido, mas onde íamos não era um lugar longe, era um prédio, ela falou algo com o porteiro, e se quer quis esperar o elevador, subiu correndo as escadas. Assim que chegamos ao terceiro andar, ela tirou umas chaves dos peitos, e abriu a porta.
- Vem. - Ela disse sorrindo e foi andando até um quarto.
Júlia estava sentada no chão, brincando com um menininho.
- Vem cá filho. - Kaila disse e o menino se levantou e se aproximou de nós.
- Você tem um filho? - Perguntei.
- Nós temos. - Ela me falou sorrindo. Demorou alguns minutos até cair a ficha que aquele molequinho era meu filho. - Nome dele é Kaleo.
Eu olhei para ela sorrindo. Eu nunca imaginei que para ser feliz não precisava nada caro, não precisava de dinheiro, eu não tinha nada disso e estava me sentindo o cara mais feliz do mundo. Se eu me arrependo de eu ter sequestrado a Kaila? Não. Se não fosse daquele jeito eu nunca teria conhecido ela, nosso amor não seria desse jeito, eu não seria feliz e eu sei que minha felicidade só está no começo. Desde que eu assumi que eu estava apaixonado, eu sempre soube que a Kaila era proibida para mim, mas sabe né?! Tudo que é proibido é mais gostoso.
- Obrigado, por me fazer feliz. - Falei sorrindo.
- Você me faz feliz só em sorrir para mim.
- O que será que é isso? - Ela perguntou sorrindo e olhou para o Kaleo que estava brincando comos carrinhos.
- Se isso que eu sinto quando te vejo não é amor, nada mais no mundo é. - Falei.
Fim!