Minha primeira impressão do Arthur não foi as das melhores. Ele bateu no irmão dele, por isso eu achava-o uma pessoa ruim. Mas conversando com ele, pude reparar que ele não é tão ruim. Ele era mais agradável que o Leonardo, menos ogro, menos ignorante.
— Então, eu sei que você deve achar isso bizarro, meu pai manda te sequestrar e eu te levo para da um passeio de cavalo.
— Estranho talvez.
— Mas você tem algo bom que me chamou a atenção. — Ele falou e colocou as mãos no bolso.
Estávamos paradas em uma parte da fazenda, que era uma grama baixa e algumas árvores em volta.
— Ta bom né.
— É sério, você não é igual as outras meninas.
— Como assim? O que eu tenho que elas não tem?
— Você tem um brilho incomum. Você tem alma de diamante. — Ele terminou sua filosofia e me olhou dentro dos olhos.
Os irmãos dessa família tinham alguma loucura pelos meus olhos? Mas achei bonito o que ele falou. Eu tenho alma de diamante.
— Nossa! Não sei o que falar, acho que isso foi um elogio, então obrigada.
— Foi, é lógico que foi um elogio. — Ele se apressou em falar.
— É melhor voltarmos.
— Minha companhia é tão ruim assim? — Ele deu um sorrito torto igual o do Leonardo.
— Não, mas é que realmente temos que voltar, vá que seu pai esteja ai hoje.
— É, você tem um pouco de razão.
Na realidade eu nem havia pensado no pai dele, mas é que o olhar dele fixado em mim, tentando me desvendar estava me dando nervoso. Voltamos para o cavalo, logo estávamos na casa novamente. Leonardo nos encarava, enquanto fumava seu cigarro e encostado na pilastra da casa, o olhar dele era algo muito parecido com o de um assassino. O Arthur estava me olhando tanto que eu acho que nem reparou, assim que desci do cavalo, me despedi do Arthur e entrei em casa correndo.

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Proibida pra mim.
RomanceDizem que a frieza é uma saída pra quem já sofreu demais. Talvez seja por isso que Leonardo seja assim, talvez seja isso o motivo que ele não nutri sentimentos. Ele talvez possa ter se transformado nisso, depois que sua mãe morreu ou pode ter sido t...