Proibida pra mim.

Capitulo 20

- Já está pronta? - Hugo perguntou aparecendo na porta. Seu olhar percorreu todo o meu corpo. - Nossa! Ta bonita.
- Obrigada, eu acho e sim, estou pronta. - Falei com desanimo na voz.
- Não era o Leonardo que ia me levar?
- Catarina está aprontando, Rodriguez pediu para Leonardo ir leva-las e ficar de olho nela.
- Entendi. - Respirei fundo. - Pode me responder uma coisa?
- Posso sim.
- Quantos anos ele tem?
- Não sei, pelo que vi deve ter um pouco mais de 30.
Pelo menos não era um velho nojento. Respirei fundo mais uma vez, e sai do quarto. Caminhei com Hugo até o carro, entrei no lado do carona, Hugo entrou em seguida. Não demorou e estávamos na estrada, eu tentei segurar, mas no meio do caminho as lagrima insistiam em descer. A cada minuto que passava o medo tomava conta de cada parte do meu corpo. Hugo parou o carro, fui reparar que era um motel, aparentava ser luxuoso, algumas luzes piscavam na frente, senti minha pele toda se arrepiar só em pensar no que vinha pela frente. Hugo desceu do carro e fez sinal para segui-lo, pensei em sair correndo feito uma louca pela estrada até um caminhão parar e me levar embora, mas o Leonardo disse que da próxima vez que eu tentasse fugir Rodriguez atingiria minha família e isso eu não iria suportar. Passamos pela recepcionista, ele entregou alguma coisa para ela que eu não consegui ver e falou alguma coisa que não fez questão de ouvir.
- Ele está esperando. - A recepcionista entregou uma chave para o Hugo.
Seguimos mais um pouco andando, tinha um corredor com várias portas e tinha uma porta no fundo, deveria ser a suíte, era exatamente para lá que o Hugo estava se dirigindo. No corredor só se ouvia alguns gemidos e os barulhos do meu sapato batendo no chão. Infelizmente chegamos á porta. Hugo abriu a porta e ficou me olhando.
- Boa sorte. - Ele disse e deixou a porta entre aberta. Meu corpo estava tendo algum tipo de convulsão interna de tanto que eu tremia.
Respirei fundo, e entrei no quarto.

Dei alguns passos pelo quarto. Tinha um homem parado de costas olhando parede. Mais uma coisa positiva nessa desgraça toda, ele não era gordo. Fechei a porta atrás de mim e fiquei parada, esperando ele falar, fazer ou mandar eu fazer alguma coisa.
- Se aproxima. - Era uma voz grossa e imponente.
Aproximei-me meio receosa, mas eu só obedeci, eu estava com medo demais para bancar a teimosa. Ele virou de frente, e era como Hugo disse ele aparentava uns 30 e poucos anos, não era feio, tinha o cabelo preto, uma barba rala, talvez fosse até mais novo, mas a barba o fazia parecer mais velho. Ele estava de terno, todo arrumado, apesar de tudo, também reparei que ele estava muito cheiroso. Seus olhos percorreram o meu corpo, deu um sorriso satisfeito e se aproximou mais um pouco.
- Você é realmente bonita. - Ele falou e continuei de cabeça baixa. - Ei, olha para mim. - Ergui meu rosto e olhei-o. - Kaila seu nome né? - Eu assenti. Ele levou sua mão no meu rosto e passou o polegar na maça do meu rosto. - Seu nome é tão bonito quanto você. - Ele se aproximou mais, tirou a mexa do meu cabelo estava caindo sobre o meu rosto. - Não precisa ter medo de mim, vou fazer sua noite ser inesquecível. - Ele desceu seus dedos pelos meus braços, alisando os mesmos. - Não vai nem perguntar meu nome? Pois eu queria te conhecer melhor, queria saber mais sobre você. - Eu me afastei um pouco. Segurei as lagrimas que queriam descer. - Já que você não pergunta, eu mesmo vou dizer, meu nome é Duarte. Bom, não é meu nome, mas assim que as pessoas me chamam. - Ele deu uma risadinha. A voz me dava nojo. O toque dele me dava nojo. A risada dele me nojo. Eu estava com nojo dele por completo. - Eu paguei muito caro por você, espero que você não me decepcione lindinha. - Ele se afastou e tirou o terno jogando-o em cima da cama, colocou suas mãos no bolso da calça e voltou a me olhar