Proibida pra mim.

Capitulo 29

Kaila Narrando.
Eu estava com raiva de tudo. Eu sempre imaginei a minha primeira vez sendo perfeita, como qualquer menina da minha idade. Mas não como sempre imaginei, mas foi bom, foi muito bom, seria hipocrisia da minha parte se eu chegasse aqui chorando dizendo que estava completamente arrependida. Estava começando a surgir um Kaila que nem sabia que existir em.mim, e esse novo eu estava matando a Kaila antiga aos poucos. Acho que as circunstâncias estão me obrigando a amadurecer.
Já havia trocado de roupa, estava com saudade do Fred então, fui vê-lo. Olhei ao redor para ver se alguém estava me seguindo, e entrei, agradeci a Deus por nenhuma das meninas estarem ali e me encherem de perguntas. Fiquei mais de meia hora ali, mas eu precisava ir fazer as coisas, saí, fechei a porta. Fiz o mesmo caminho que fiz com Leonardo aquele dia, passei pelos cavalos e fiquei olhando um por um, parei em em frente a um que era marrom, ele não era tão linda quanta a Kloe, mas era lindo demais.
— Lindo né?! — Tomei um susto com a voz atrás de mim. Olhei e era o tal do Arthur.
— Muito lindo.
— Já andou de cavalo? — Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. — Quer andar? — Olhei-o um pouco assustada com o convite. — É só um passeio, eu não mordo.
— Não é isso, é que... tenho que fazer as coisas e...
— E nada, me resolvo com eles depois. Vamos? — Olhei para o cavalo, olhei para ele, olhei para casa e resolvi aceitar. — Me espera aqui.— Ele abriu a portinha, tirou o cavalo, jogo um trem de couro em cima do mesmo. Ele subiu primeiro e me esticou a mão em seguida. — Vem.
Segurei sua mão, apoiei meu pé no negócio, ele me puxou e eu consegui subir. Eu estava morrendo medo, talvez seja por isso que eu o agarrei com todas as minhas forças. O cavalo começou a andar devagar, entramos em um caminho.
— Calma, não vou te deixar cair. — Ele falou rindo e eu reparei que estava a barriga dele com a minha unha.
— Desculpa. — Afrouxei a mão e dei um sorriso sem graça.
Não andamos por muito tempo, mas ele me apresentou a fazendo, dizendo nome de cada árvore, como se aquilo realmente fosse interessante, eu intercalava entre "Ata", "Legal", "Que lindo" ou o próprio silêncio, como se aquele assunto não fosse nada tedioso. Mas pelo menos serviu para me distrair.