Ciumes

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Marcelo me coloca no chão.
Ainda é meio dia, a casa está cheia de gente morta, e ele me trouxe de volta pro quarto.
Me sento na cama.
_Ok, posso não te conhecer o bastante para saber qual sua alimentação preferida mas eu te conheço o bastante pra saber que você não me tirou de lá só por estar preocupado comigo,

Ele permanece longe, olhando para a janela.
_Para com bestagem Marcelo o que aconteceu?

A transformação completa revela sua forma humana, com a pele adquirindo um tom mais natural, até mesmo com nuances de sol. Suas mãos encontram a cintura enquanto olha pela janela .

Ele responde distraído:
_Tem nada não, uai!

É a primeira vez que deixa escapar um pouco do nosso sotaque, né? Acho até fofo.

Suspirando, afasto a imagem do mar de corpos mortos no outro cômodo.
_Sua roupa está ensanguentada,

Indico com os olhos para suas roupas grudadas no corpo.
Ele pausa, examina.
_Só não acho que seja necessário...
A camisa vai sobre a cabeça.

Pisco, tendo uma visão clara de seu corpo vigoroso.
Sem a penumbra da noite ou feridas para desviar minha atenção da gostosura que ele é.
_Não que precise dele dizendo que te ama, ou de ficar parada ouvindo, né?

Eu o encaro surpresa.
_Nao, só por que você disse, envenena todo mundo!
Ele abre o zíper da calça.
_Eu vou lá e enveneno, você diz puna o Jorge mas não mata, eu puno mas não mato!

Marcelo despoja-se da calça, e meu olhar fica fixo, surpresa, diante da exibição impressionante diante de mim.
_Aí vem todo sentimental com "eu te amo..." e você lá só ouvindo, sei lá...

Ele segue para o banheiro do quarto, como se fosse o dono da casa, e o som do chuveiro é acionado.

Ciúmes?
Será que ele está com ciúmes do Jorge?
Mas ainda estou capturada pela imagem daquela peça volumosa, com uma cabeça que se assemelha a um cogumelo.

Engulo em seco.
Ergo-me, perplexa. O que devo fazer?
Afinal, sou namorada dele agora? Toda essa situação está me enlouquecendo!
Respiro fundo.
O que fazer?
Tem um mundo de corpos envenenados na cozinha e três pessoas cativas na casa e eu vou simplesmente ir tomar banho?

Mesmo por que se eu entrar lá dentro não irei apenas tomar banho.
Vai ser um grande passo, estou pronta para isso? E para o que isso significa?

Apesar de nunca ter sido tímida, sinto-me ligeiramente acanhada, como se essa ação fosse algo completamente novo. Mesmo assim, tiro minhas roupas e entro debaixo do chuveiro.

Ele, ocupando quase todo o box, eu me encaixo atrás dele, nossos pés roçando no chão. A água cai, criando uma atmosfera de intimidade que parece ultrapassar as palavras não ditas entre nós.

Eu seguro o sabão de alecrim com hortelã , que adivinha? eu que fiz.
E escorrego por seu peito.
A água está fria, e cai sobre nós dois.
_Desculpe se passei a falsa impressão de estar sendo enrolada por ele, mas não era isso.
Eu deito minha cabeça em suas costas.
_Eu acho que fiquei em choque com a cena, mesmo eu não sendo frágil acho que foi demais pra mim.
Marcelo segura minha mão em seu peito.
Sua respiração está pesada, acredito que ele está tomando ciência de que estamos nus embaixo do chuveiro.
Porém pra ele não é novidade, ele já esteve nu comigo em uma banheira quando eu estava inconsciente.
A questão é que da última vez ele me levou quase inconsciente dessa vez eu entrei por que quis.
O segui por puro desejo.
Da última vez ele foi muito controlado.

Já eu não sou.
Desço minha mão livre por seu corpo.
Ele segura minha mão antes que eu alcance.

_Voce é sem dúvida uma gatinha muito corajosa de vir até aqui...
Sua mão segura a minha com firmeza e ele a desce passando por cima de seu membro.

Senti a tensão em suas palavras quando ele me disse.
_Nua, perto de um monstro puto de raiva.

Imediatamente, um arrepio nervoso percorreu minha espinha.
E isso não passou desapercebido por ele que se virou para mim sua expressão séria denunciava o alerta de suas palavras para mim.
_Esta com frio gatinha? - ele disse dando um passo em minha direção no box apertado, as paredes e o chão molhado ameaçando um acidente. - podemos te esquentar.
Nós beijamos logo que ele diz isso eu o procuro avidamente, enquanto ele me beija lentamente com uma calma calculada para brincar com minha língua, um forma sutil de me provocar.

Sua boca beija meu pescoço, deixando uma trilha de formigamento ardente.
_Você é minha, não gosto de ninguém olhando para você, nem fazendo falsas declarações de amor.

Eu estou encurralada em um box pequeno com um Morphileon gigante e furioso de ciúmes atrás de mim apenas a cerâmica molhada.
Porém eu admito que a sensação de limites que ele está impondo me excita.
_Você é minha?

Seu olhar me envolveu, e por um instante, resistir pareceu impossível.
_sim...
Murmuro e ele volta a me beijar tocando meus seios pela primeira vez, cada roçar de seu toque despertou sensações novas em meu corpo e mente.
_Sim o que?
Ele instigou.
Não sei o que falar então murmuro.
_Sou seu animalzinho safado de estimação.

Ele ri em minha pele e me vejo sustentada pela força de sua pegada que me obriga a ficar na ponta dos pés volta e meia quando ele me aperta contra ele.

Sua mão encontrando o meio de minhas pernas para brincar com o que escondo lá.
Eu cravo minhas unhas somente em ter minhas partes acariciadas por ele.
_Voce é tão gostosa eu nunca irei me cansar de te olhar, de te tocar de te foder...
_Eu nunca te negarei meu corpo - eu prometo sabendo que é mentira.

Seu magnetismo é irresistível, suas palavras ecoam em minha mente, a química entre nós transcende qualquer coisa, é um êxtase que me consome.

Noto que ele dá atenção especial a meus lábios sempre com beijos longos e demorados. Que me fazem perder a noção de tempo e espaço.
_Me fode por favor...
Eu me surpreendo quando essas palavras saem de minha boca em um lamento que chega a doer meu corpo pelo desejo ardente que sinto por ele.

_Tadinha do meu bichinho desesperada pelo carinho de seu dono.

Ele abre minhas pernas, e me ergue do chão com facilidade desumana.
Está olhando em meus olhos enquanto se escorrega para dentro de mim.

Seus lábios liberaram um gemido gutural, expressando desejo profundo, Sinto-me dilatar diante da sua grandeza, minha mente girando em êxtase momentâneo.
_Eu sei que é grande - ele geme em meu ouvido - Mas precisa aguentar mais um pouco.
Ele diz indo ainda mais profundamente.

Seu movimento me deixa sem fôlego, meu corpo em choque, absorvendo cada instante.

Não há parte de mim que escape, ele me possui por inteiro, inegavelmente.
Faminto, sem rodeios, sem doçura, assim como eu desejo cada momento.

Eu o mordo, no ombro o agarrando com as pernas ao redor de sua cintura , por um instante, ele me encara, algo reluzindo em seus olhos.

Uma decisão é tomada sem minha autorização.

Enquanto ele anda, continua me quicando;
Isso também me excita, e desejo que ele foda passeando pelos cômodos da casa, saímos do banheiro, e ele me deita na cama, permanecendo dentro de mim.

_Não se importa se te ouvirem?
Ele pergunta em provocação devido a situação anterior onde eu o recusei pelo mesmo motivo e agora estou gemendo feito uma cadeira.
_estão todos mortos, - eu falo entre cortada por seus movimentos brutos - e os vivos mataremos em breve.

Ele sorri e sai de dentro de mim, eu estranho sua ausência até que ele deixa meus lábios e desce até minhas entradas me lambendo com sua saliva gelada.

Libero um uivo, literalmente, ao segurar seus cabelos, sentindo tremores pelas pernas. A sensação é indescritível, tudo se transforma em um doce prazer duradouro, sua língua está indo dentro de mim ela permanece lá e em seguida sai estou mole.

Porém ele não, ele sobe lambendo chupando e beijando cada centímetro do meu corpo.
_porraa...
Ele rosna e aponta seu penis pra mim.
_Chupa... -eu pisco algumas vezes sentindo minha respiração pesada - sente seu gosto na minha pele...

Eu não sei o que fazer.
Jorge Nunca pediu esse tipo de coisa.
Decidida a não fazer feio eu jogo sujo, fecho meus olhos e ativo meu eco.
Se ele quer que eu chupe eu chuparei de um jeito que ele nunca foi chupado.
::: continua:::

Refúgio BrutalOnde histórias criam vida. Descubra agora