𝕷𝖚𝖟 𝖉𝖔 𝕯𝖎𝖆| ❝Brilhe como um diamante, minha Sky.❞
Em busca de um novo recomeço, Skyler vê-se obrigada a deixar sua vida para trás e mudar-se para Forks, uma pequena e misteriosa cidade de Washington. Seu destino: passar um tempo com seu padr...
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𝐃𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨
O solitário sol da manhã invadiu timidamente o quarto de Skyler, iluminando os móveis com um brilho suave. Aos poucos, ela despertou, sentindo algo estranho. Seus olhos se abriram devagar, mas algo estava diferente. Tudo estava mais nítido, quase irradiando luminosidade. Os detalhes das cortinas de renda, da textura do lençol e até mesmo da mais sutil mancha na parede ganharam vida em sua visão.
Os sentidos de Skyler estavam aguçados, cada som, cheiro e toque mais intenso do que nunca. Ela podia ouvir os sons dos carros do lado de fora, os passos de seu pai e Morgan no andar de baixo, até mesmo o som sutil do sangue pulsando nas veias. Um êxtase sensorial único, embora também fosse aterrorizante.
A perplexidade tomou conta de Skyler quando seu olhar percorreu o quarto. O ar escapou da sua garganta, se chocando contra os seus dentes num som baixo, ameaçador, como um enxame de abelhas. Antes que o som tivesse saído, seus músculos se contraíram e se arquearam quando ela se levantou da cama tão rápido que o quarto deveria ter se tornado um borrão incompreensível.
Paredes brancas com seus desenhos rabiscados em cada parte delas, um guarda-roupa de madeira esculpida, um mesa mediana perto da janela, um tapete macio no chão e uma cama de casal grande. Como ela havia parado ali? Sua memória estava embaçada, resquícios do que ela era antes de ser transformada.
Ser transformada.
A mente de Sky nublou por um segundo quando ela se lembrou de tudo. Se lembrou de como foi atacada e da sensação do fogo percorrendo suas veias. Aquilo doeu tanto, ela jamais seria capaz de esquecer a sensação.
Skyler mal acreditava no que estava vivenciando.
A sede, contudo, a assolou como uma fera faminta. Uma vontade insaciável, uma dor lancinante. Ela jamais havia sentido uma sede como aquela. Sua garganta estava seca como o deserto, como se estivesse prestes a engolir brasas incandescentes. Instintivamente, os olhos de Skyler varreram o quarto em busca de qualquer coisa que pudesse amenizar a agonia. No canto da escrivaninha de madeira, um copo de água esquecido pelo tempo. Sem hesitar, ela avançou na direção, a cada passo sentindo a intensificação daquela horrível sensação.
A água tocou seus lábios sedentos, mas foi em vão. Aquela não era a resposta para sua sede insaciável. Suas presas pulsam, como se soubessem o que um vampiro precisa para sobreviver. O pensamento alheio a assustou. Ela não podia.
Com receio, Skyler examinou suas mãos pálidas e delicadas, quase como se fossem transparentes. Um misto de pavor e fascinação tomou conta de seu ser.
Sky se aproximou do espelho em seu quarto, fitando-o intensamente. Seus olhos azuis, antes comuns, agora continham uma aura vampiresca que contrastava perfeitamente com sua pele pálida. Ela era um frio, uma criatura da noite, e esperava que seus olhos refletissem sua nova natureza. No entanto, eles permaneciam azuis, sem o brilho dourado característico de um vampiro.