Sede

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𝐃𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨

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𝐃𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨

O frio cortante de Londres impregnava o ar, transformando o simples ato de caminhar nas ruas em uma tarefa angustiante. A cidade estava envolta em uma nebulosidade que parecia combinar com o silêncio opressor que pairava sobre ela. Sky, era um contraste gritante na multidão de pessoas apressadas que passavam por ela.

A sede de sangue crescia a cada segundo, tornava-se uma tortura. Enquanto caminhava, Skyler não podia deixar de notar cada veia pulsante, cada batimento cardíaco e cada gota de vida que emanava daqueles ao seu redor, como se esses sinais vitais se intensificassem e se tornassem gritantes em seus sentidos apurados. Era uma ânsia cruel que crescia dentro dela, assombrava cada pensamento e sentimento. Era como se a cada passo que dava, a pressão em seu peito aumentasse, tornando-se quase insuportável.

O olhar das pessoas ao seu redor também não ajudava em nada. Parecia que todos a encaravam, seus olhos curiosos capturando a infinita beleza que seu rosto angelical irradiava.

Enquanto ela avançava pelas ruas, um labirinto de escuridão envolvendo a todos, sua mente era assombrada por imagens grotescas e perturbadoras. Ela vislumbrava cenas sangrentas, onde corpos inertes se espalhavam pelo chão, vítimas de sua fome insaciável. Era como se a sua trajetória em direção ao estúdio de balé ativasse a imaginação mórbida dentro de sua mente conturbada.

Skyler lutava contra todos os seus sentidos aguçados. A cada passo, sentia sua alma afundando mais no abismo da sede por sangue humano. O murmúrio sussurrante das vozes na multidão parecia ser um convite macabro para a carnificina que ela desejava causar.

Um som estridente soou a fazendo arregalar os olhos, suas mãos tatearam os bolsos do casaco quando ela parou de andar. Seu celular nem estava tão alto, mas para ela era como se tivessem o conectado em uma caixa de som ao lado do seu ouvido no último volume.

— Oi, pai — Sua voz soou baixa e mesmo assim, era como se ela cantasse.

— Sky, o estúdio de balé está fechado hoje — Nate falou fazendo Sky franzir o cenho — Eu te avisei ontem, eles estão reformando algumas salas.

— Oh, eu não me lembrava — Ela falou dando meia volta — Você ficará em casa hoje?

— Hoje sim — Ele disse — Vou poder ficar com você.

Aquela revelação fez seu coração dar um salto.

— E Morgan? — Sky perguntou. Ela não podia correr o risco de ficar perto de Morgan, sua madrasta carregava seu irmão e para Sky, o pescoço dela é muito convidativo.

— Morgan vai passar o dia fora, a mãe dela está em Londres para que elas possam conversar sobre o bebê e essas coisas — Nate explicou — Então, você já está vindo?

— Estou, chego em alguns minutos — Ela falou e soltou uma lufada de ar quando desligou o celular.

Dᥲᥡᥣιght| ʲᵃˢᵖᵉʳ ʰᵃˡᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora