022. depois

256 25 3
                                    


ʟᴇᴏɴᴀʀᴅᴏ's ᴘᴏᴠ

O que a Catarina tem na cabeça? Por que veio na maldita balada sem me dizer nada? E pior, deu em cima de um conhecido meu na minha frente. De novo.

Saio com ela me esquecendo totalmente dos paparazzis. Eles me fotografam com a mulher caminhando ao meu lado, colada no meu peito. Com certeza amanhã ficarei muito puto por ter estragado tudo, mas agora eu só me preocupo com uma pessoa específica.

Abro a porta do meu carro rapidamente e sento Catarina no banco do passageiro. Quando eu mesmo entro, encaixo nossos cintos de segurança e em seguida dou partida. Os flashes passam por nós com velocidade e vão sumindo na medida em que me afasto.

— ...Pra onde você tá me levando? — a morena pergunta devagar.

— Minha casa. — respondo e depois disso ficamos em silêncio até chegarmos.

A noite está fria e tenho a impressão de que bem mais iluminada que o normal. Pra onde quer que eu olhe, há luzes de todas as cores, tamanhos e posições.

Fico mais tranquilo quando adentro meu condomínio. Dou a mão pra que Catarina se apoie na hora de descer, mas após dar alguns passos, ela quase tropeça. Decido então carrega-la no colo. Hoje eu não pretendia trazê-la aqui, então os empregados vieram.

Mais uma vez eu estragando tudo.

— Meu Deus, o que houve?! — Jenna, a cozinheira, é a primeira que vem me receber.

— Nada. Ela só está bêbada. Vou levá-la pro meu quarto, você pode buscar um copo d'água?

— Claro, claro. — Jenna assente e eu então subo as escadas com Catarina em meus braços.

Deixo a de cabelo curto sentar-se na minha cama, ela me encara após uns minutos.

— Tá me ouvindo? — pergunto, inclinado na mesma altura que ela e segurando seu queixo.

— Não, sou surda. — ela rebate, eu sorrio com a provocação e deduzo que ela está ao menos um pouco consciente. — Eu não pedi pra vir aqui, eu nem queria falar com você, Leonardo...

— Eu sei que não.

— Senhor DiCaprio? — Jenna aparece com o copo d'água, eu gesticulo pra ela se aproximar e assim faz.

— Obrigado. — pego o copo dela. — Jenna, avise ao resto do pessoal que vocês todos estão liberados agora.

— Sério? — assinto. — Pode deixar. Boa noite. — Jenna sai.

Olho pra Catarina e ela está com uma expressão sonolenta de raiva. Com esforço consigo fazê-la beber toda a água, mas sua cara não muda.

— O que foi? — me incomodo.

— Você é um imbecil, Leonardo. — ela tenta levantar, mas acaba caindo sobre a cama. Eu seguro seus braços delicadamente com o pequeno susto. — Me larga.

— Vou te levar pra tomar banho.

— Eu não sou cachorro! — Catarina resmunga.

— Você não vai dormir assim na minha cama. — retruco. — Vem, gatinha. Por favor.

— Não... — ela nega manhosa enquanto eu tiro seus saltos dos pés.

— Depois a gente briga, se quiser. Mas agora você tem que tomar banho. — passo meu braço por baixo de suas pernas e à coloco no colo de novo.

Levo Catarina até a banheira e ajudo-a retirando sua roupa que fede à álcool e cigarro. Apesar de já estar acostumado por esse ser meu cheiro muitas vezes, isso não muda o fato dela ter exagerado hoje. Pra quem disse que não confia em qualquer pessoa, deixou logo o Philip — um dos caras mais tarados que conheço — se aproximar dela, toca-la daquele jeito.

Comigo estando lá...

Pego uma esponja e vou passando-a ensaboada pelo corpo de Catarina. Ela assiste tudo entretida e indica os locais onde quer que passe sabonete. A água quente da ducha escorre pelas suas pernas e eu ouço a respiração funda da mais nova.

Separo um pijama xadrez vermelho antigo meu e quando estendo pra ela, Catarina pega apenas a parte de cima. A mulher me entrega pedindo que eu à vista e assim faço. Mais uma vez com ela em meu colo, deito-a na cama e ela se vira pro outro lado.

De pé, sinto uma vontade insana de beijar seu pescoço, agora quente. Deseja-la boa noite, dizer algo confortante, talvez me deitar junto à ela, mas não faço. Meu coração batendo acelerado e a minha mente à mil. Tento justificar dizendo à mim mesmo que isso é devido ao que bebi e fumei na balada, também.

Eu nem devia ter dirigido, se parar pra pensar. Posso me foder muito se isso acontecer de novo.

Sento na poltrona posicionada no canto do quarto e suspiro ofegante. Catarina já está dormindo, usando apenas minha blusa e uma cueca — que ficou apertada em seu corpo, dando ênfase à divisão de suas nádegas.

Uma ansiedade agonizante toma conta de mim e eu não vejo outra alternativa. Abro o zíper da minha calça e abaixo a mesma, um pouco depois a cueca boxer que estou usando. Começo fazendo movimentos lentos e suaves em meu pau, meus pensamentos crescendo cada vez mais, com isso vou acelerando.

Faço o possível pra não fazer barulhos altos à ponto de Catarina acordar. Quando estou quase gozando, ela se move no colchão, dando um gemido baixo de sono. Isso é o que eu precisava pra concluir. Meus olhos se reviram e eu apoio a cabeça — de cima — na parede.

𝐊𝐈𝐓𝐓𝐘, leonardo dicaprioOnde histórias criam vida. Descubra agora