𝐊𝐈𝐓𝐓𝐘, leonardo dicaprio

032. a cor mais sexy

ᴄᴀᴛᴀʀɪɴᴀ's ᴘᴏᴠ

Graças ao kit de primeiros socorros da minha colega, Leonardo seguiu as instruções dela e conseguiu cuidar da minha ferida no banheiro, mesmo. Mas tem um problema: eu não consigo andar. A dor continua forte e eu mal posso colocar meu tênis.

Leonardo encheu meus ouvidos dizendo pra avisar a Agnes, e por mais que eu não queira preocupações pra ela durante o trabalho, acabei cedendo.

— Como se sente? — ela pergunta olhando pro meu pé enfaixado outra vez.

— Menos mal. — respondo e reparo que Agnes parece intrigada com outra coisa. — O que foi?

— Como eu vou te levar pra casa, Cat? — fala de uma vez, nós duas terminamos olhando pro Leonardo escorado na parede um pouco distante e distraído. — Só se...

— Não. — nego com a cabeça.

— Leonardo! — Agnes o chama, ele vira pra nós rápido e minha amiga indica com a mão pra que se aproxime.

— Oi. — ele diz.

— Tem como você dar uma carona pra gente, agora?

— O quê? Você vai comigo? — questiono de sobrancelhas juntas.

— Claro. — ela afirma.

— Não, a Valerie pode até desculpar uma, mas duas? Você tem que ficar até o horário certo.

— Cat, o Gabriel foi passar a noite com o João Pedro. Não vai ter ninguém pra te ajudar se você precisar.

— Mas... — tento arrumar uma solução, mas eu tô um caco até pra pensar.

— Leonardo. — Agnes olha pro loiro. — Voc-

— Pode ficar tranquila. Eu vou levar a Catarina pra minha casa. Até pelo menos ela conseguir dar uns passos sozinha... — Leonardo diz a última coisa que eu esperava que dissesse.

— O quê? Você tá louco? — resmungo. — Eu não vou.

— Não foi uma pergunta. — ele rebate, calmo.

— ...Vai, Cat. Essa tempestade tá piorando cada vez mais, vai ser difícil arrumar outro jeito de ir embora. — Agnes me aconselha.

Suspiro pesado.

— Ok. Mas você fica. — aponto o dedo pra ela, que assente. — E você, me leva embora logo. — encaro DiCaprio.

Minha amiga e eu nos despedimos, em seguida Leonardo me põe no colo e sai do banheiro. Me carregando, ele vai até seu amigo que conversava anteriormente e pede uma ajuda pra abrir o carro.

Já do lado de fora da boate, ele corre comigo em seus braços — e seu amigo perto — o mais rápido possível até o veículo. A chuva pesada molha nossos corpos o suficiente para entrarmos no carro pingando. Leonardo dá partida e eu consigo ver em seu rosto a satisfação de não haver paparazzis por perto.

O caminho percorrido fica mais tranquilo devido ao rádio e o aquecedor ligados. Não falamos nada um pro outro, mas eu observo o homem de canto à cada minuto que passa. Seus braços úmidos à mostra, as veias saltando em sua mão no volante, o modo como ele lubrifica o lábio de tensão, sua respiração marcante.