Quando a hora do jantar chega, Koko chega em casa completamente bêbado.
S/n: Koko?
Koko: Você é uma vadia mentirosa. Mentiu para mim e agora está grávida de um filho meu. Você acha que eu ligo? Eu não tô bem aí pra essa criança. Eu quero mais que morra. Eu não me importo.
S/n: Se não se importa, por que está falando isso pra mim? Se sentir mal é ficar com raiva de você porque você se sente culpado e por isso está bêbado? Olha, eu já lidei com muitos bêbados na minha vida e você é mais transparente do que eles.
Koko: Você não sabe de nada.
S/n: Ok, então eu vou tirar o bebê, se é isso que você quer.
Koko: Não, eu não disse isso. Eu não falei pra tirar o bebê.
S/n: Então, o que você quer? Já que quer que ele morra, não faz sentido ele continuar crescendo dentro de mim.
Koko: Você...
S/n: O que tem comigo? Quer que eu vá embora? Eu vou embora, é só falar para o Wilson que eu vou embora. Ele vai liberar a minha saída e eu desapareço da sua vida.
Koko: Não, eu não quero que você vá.
S/n: Então, o que você quer?
Koko: Eu não sei. Eu tô confuso. As coisas saíram dos planos. Eu não planejei como seria, caso você engravidasse.
S/n: Você pode incluir o bebê no seu plano, Koko.
Koko: Não sei se dá.
S/n: Vamos subir. Você precisa de um banho e dormir um pouquinho.
Koko: Não, você disse do jantar...
S/n: Não tô com fome. Vamos tomar um banho.
Koko: Juntos?
S/n: Sim, juntos.
Assim que eles sobem para o quarto, S/n ajuda o Koko a tirar a roupa.
De roupa e tudo, ela abre a água gelada e entra com ele no chuveiro.
Koko: É menina ou menino?
S/n: Não sei ainda. Estou com um mês, Koko.
Koko: Se for menino, podemos chamar de Kataro.
S/n: Podemos.
Koko: Eu amo você. Eu não quero te perder, S/n.
Logo, ela o abraça.
S/n: Eu também te amo, Koko.
Koko: Eu amei só uma vez, mas ela morreu. Eu prometi que iria me casar com ela e no mesmo dia ela morreu. Eu não quero que você morra também.
S/n: Eu não vou morrer. Já somos casados, lembra?
Koko: Eu não sei como ser pai. Eu sou egoísta demais. Eu vou ser ausente. Não vou ver o meu filho crescer. Eu quero ver o nosso filho crescer.
Logo, ele começa a chorar, o que a deixa surpresa.
S/n: Por isso você não queria ter um bebê?
Koko: Eu sou muito ocupado. Mal tenho tempo pra ver você. Imagina um bebê que só vai me ver às vezes e quando estiver acordado vai ver mais os meus seguranças do que a mim.
S/n: Vamos dar um jeitinho, e esse bebê vai te amar muito.
Koko: Não quero ser igual aos meus pais. Eu não quero.
S/n: Não somos iguais aos nossos pais. Somos Koko e S/n.
Depois do banho, ela o ajuda a se vestir e o deita. Então, ela se troca e se deita ao lado dele, e ele a abraça.
Koko: Promete que nunca vai me deixar.
S/n: Prometo.
Koko: Eu te amo e não quero que você morra.
S/n: Não vou morrer.
