Alguns dias se passaram desde a descoberta. Neste exato momento, s/n está no médico.
Médica: Sinto muito, mas o seu câncer voltou e agora está no seu útero.
S/n: Como está?
Médica: Está no início; podemos tratar com quimio. Também há a opção...
S/n: Marca a cirurgia; vou tirar o útero.
Médica: Ainda há possibilidades.
Os olhos dela se enchem de lágrimas.
S/n: Que possibilidades de se espalhar? Prefiro tirar o mal pela raiz de uma vez só.
Médica: S/n, você me disse que faria a inseminação com os óvulos fecundados com o seu marido.
S/n: Minha agenda está livre para a semana que vem. Não quero sofrer com isso; vou tirar.
Médica: Se aparecer nos seios, vai tirar também?
S/n: Sim, se aparecer no rim, vou tirar. Se aparecer em um dos meus pulmões, também vou tirar. Sabe por quê? Quero viver. Fazer esses tratamentos não vai me deixar viver.
Médica: Próxima semana, então.
Ela sai do consultório e vai até o carro.
Levi: Algum problema com o óvulo?
S/n: Sabe me dizer se alguém da nossa família teve câncer?
Levi: Nossa avó teve, mas você era um bebê quando ela morreu.
S/n: Estou com câncer. Não conta para ninguém, tá?
Levi: Tá.
Chegando em casa, ela vai direto para o escritório. Koko encara Levi.
Koko: É uma notícia ruim, não é?
Levi: Vai conversar com ela.
Koko: As crianças já foram viajar com os meus pais; o Wilson foi com eles.
Levi: Tá bom.
Haru: Não entendo nada disso que vocês estão falando.
Levi: Vai para o seu quarto. Amanhã você volta ao trabalho. Para de ser fofoqueiro e vai descansar. Não muda nunca.
Haru: Calma, Levi. Preferia você como Gonzalez.
Levi: Vai, sobe.
Koko: Vou conversar com ela.
Ele vai em direção ao escritório e a vê chorando.
Koko: Seja lá o que for, tem o meu apoio.
S/n: Vou tirar o útero. Estou com câncer.
Koko: Tudo bem. Eu tô aqui.
Ele a abraça.
Koko: Entendo que você quer acabar logo com isso.
S/n: Sim, eu não quero ser um fardo pra você e nem para as crianças.
Koko: Tá bom. Esquece a ideia de ter outro filho. Já temos dois.
S/n: Tem certeza?
Koko: Sim, o que mais importa é você.
S/n: Obrigada, amor.
Ela o beija.
Uma semana se passou, e s/n já fez a cirurgia. Foi uma cirurgia não invasiva; os cortes foram apenas dois furinhos na região do colo e uma raspagem.
Dias se passaram, e s/n já estava melhor depois da cirurgia.
Koko: Eu tive um plano.
S/n: Que plano?
Koko: Vamos nos casar. Quero fazer uma aliança para você porque acho a aliança da minha mãe amaldiçoada. Vou fazer um pedido lindo com as coisas que você mais ama no mundo.
S/n: Tá me falando tudo isso?
Koko: Sim, porque vai ser perfeito, e já quero te deixar preparada.
S/n: Tá bom. Sabe quando as crianças voltam?
Koko: Amanhã.
S/n: Ótimo.
Koko: Agora eu vou trabalhar, e você descansa um pouco, tá?
S/n: Já estou bem, amor.
Koko: Mesmo assim, você é o amor da minha vida.
S/n: E o Inui vai vir para o Natal?
Koko: Todos os meus amigos vão vir.
S/n: Tá bom.
S/n sorri feliz ao se despedir de Koko. Alguns minutos depois:
Ligação 📲
Koko: Você é o amor da minha vida, e cada segundo ao seu lado é como se fosse a eternidade. Eu amo o que temos, amo os nossos filhos. Estou muito feliz ao seu lado.
S/n: Amor, eu te amo muito.
Koko: Eu sei. Quero que você saiba que você me deixa louco às vezes, sabia? E isso me faz amar ainda mais você, principalmente quando me desafia. Mas sabe de uma coisa?
S/n: O quê?
Koko: Você é a minha pessoa. É a mulher mais deslumbrante que eu conheço. Eu nunca desrespeitei você como mulher; pelo contrário, sempre te respeitei. Você é muita coisa pra mim, s/n.
S/n: Para com isso.
Koko: Fico todo bobo quando te vejo ensinando os nossos filhos. Fico pensando que mulher maravilhosa e inteligente que eu me casei. Como fui tão burro no passado, mas te agradeço por nos dar uma chance na vida.
S/n: Você provou que mudou, Koko.
Koko: Nunca me esqueci da primeira vez que eu te vi. Foi amor à primeira vista, meu raio de sol. Eu te amo, tá? E se cuida.
S/n: Eu te amo, Koko.
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