S/n o encara e abre um sorriso.
S/n: Me solta, Koko.
Koko: Não, você não vai.
S/n: Sim, eu vou. Afinal, não somos um casal, Hajime, e eu posso ficar com o homem que eu quiser.
Koko: Não, você não pode.
S/n: Então, por que ficou com uma mulher e a engravidou?
Koko: Eu engravidei você.
S/n: Não, eu engravidei de propósito. Você se acha inteligente, mas se esqueceu que eu também sou Hajime.
Koko: O quê?
S/n: A tal pílula, eu nunca tomei, e os comprimidos muito menos. Esse era o meu intuito desde o início, ter uma garantia se caso você se cansasse de mim.
Koko: Então você...
S/n: Acha mesmo que eu amo você, Hajime? Eu só te usei porque o seu dinheiro se tornou muito para mim. Eu sou uma mulher de família pobre que nunca teve nada, e o seu pouco se tornou muito para mim. Como a minha mãe sempre diz, se você vê que o homem é uma galinha de ouro, tenha filhos com ele.
Koko: Sua...
S/n: Vadia? Você me usou, e eu me aproveitei de você. Estamos quites. Afinal, tenho dois lindos filhos, e agora tenho um almoço com um homem de verdade.
Logo ela entra no carro e sai.
[...]
Hayate: Os seus seguranças são ótimos, não desgrudam um momento.
S/n: Tenho dois filhos com o chefe deles, sabe.
Hayate: O seu senso de humor é incrível.
Hayate: Se quiser, eu posso te ajudar a sair desse casamento.
S/n: Você não pode me ajudar.
Hayate: Garanto que ficará com os seus filhos.
S/n: E qual tipo de contrato eu teria que assinar? Eu preciso sair desse casamento, eu preciso fazer com que o meu marido se adapte a ele.
Hayate: Por isso teve um atrás do outro.
S/n: Sim, por isso.
Hayate: Ele não sabe que está perdendo um grande tesouro.
S/n: Acho que já está na hora de provar o meu valor, não acha?
[...]
Assim que chega em casa recebe um mensagem da mãe do koko, onde diz que estão voltando e que nada não está bem.
S/n: Droga!
Ela sobe, toma banho e lava o cabelo. Veste um roupão e sai do banheiro, então ela vê Koko sentado na sua cama.
Koko: Transaram?
S/n: Não, foi uma pena, mas as mãos dele são incríveis. Tive que me segurar para não gemer.
Koko: Não devem ser tão boas quanto as minhas.
S/n: Você está perguntando se ele é melhor que você?
Koko: Diga.
S/n: Ele é cavalheiro, gentil, bondoso e educado. Ele me deixa escolher o que eu quero.
Koko: Mas eu mando, eu sei o que é melhor para você. E na próxima vez que ele tocar no que é meu, vou te mostrar o quão bom eu sou. Vai ficar sem andar.
S/n: Já disse que não tenho desejo nenhum por você e que tudo era uma farsa.
Koko: Sério? Então, por que está tão tensa?
S/n: O que?
Koko: Você está nua debaixo desse roupão, e eu estou na sua cama. Você está louca para cavalgar em...
S/n: Estou me segurando para não matar você com esse abajur.
A porta do quarto se abre, e Kataro entra.
Kataro: Mamãe!
S/n: Oi, meu amor, já chegaram?
Kataro: Sim, a vovó está lá embaixo.
S/n: Está chateado com a Nami?
Kataro: Não. A gente pode ir outro dia quando ela melhorar.
S/n: Sim, agora vai lá pedir para a tia Ana te ajudar a se trocar.
Kataro: Tá bom.
Koko: Não vai falar comigo! Eu sou seu pai, sabia?
Kataro: Mãe, posso dormir com você hoje?
S/n: Pode sim.
Koko: Kataro!
O menino o ignora e sai do quarto.
Koko: Você...
S/n: Ele já escolheu o lado dele, e não precisou de muito, não acha? Ele é inteligente. Você acha normal ter uma criança que não é meu filho te chamando de pai e uma mulher que não é sua esposa morando aqui com a gente?
S/n: Ele ouve, Hajime. Ele percebe as coisas. E agora, sai do meu quarto.
Ele se levanta e se aproxima o suficiente para os lábios dos dois estarem quase grudados.
Koko: Por que está ofegante e arrepiada?
S/n: Eu odeio você. Agora, sai daqui.
