Assim que chegam no quarto, começam a discutir.
Koko: Quantas vezes eu tenho que dizer que nada de sair sozinha?
S/n: Só que não estamos em Tóquio, Koko. Estamos aqui para relaxar. Se fosse para viver igual uma prisioneira, eu preferia ser presa.
Koko: Não importa onde estejamos, S/n. Sempre terá inimigos, pessoas de olho, esperando uma oportunidade para te sequestrar ou matar. Eles sabem o quão você é importante para mim.
S/n: Eu quero ser livre. Você me disse que eu sou livre, não disse? Eu só fui à praia.
Koko: Sem comunicar!
S/n: Eu deixei uma carta!
Koko: Você não comunicou nenhum dos seguranças.
S/n: Tinha um segurança presente.
Koko: Ele está designado a ajudar, ficar de olho em você, a te proteger. Quem é designado a ficar ao seu lado é o Gonzalez.
S/n: Qual é a diferença? Eu tô bem.
Koko: Por sorte. E se você não tivesse sorte?
S/n: Para com isso, ok?
Koko: Não, eu não vou parar. Você é minha esposa e o meu dever é te proteger.
S/n: O Gonzalez é o meu segurança e eu só confio nele. Nunca mais eu vou sair sem ele.
Koko: Espero que não, porque não é só a sua vida. Você está carregando o meu filho, o meu herdeiro.
S/n: Seu filho? Pensei que fosse nosso. Eu pensei que você não iria tratar ele como seus pais, Koko. Você só o vê como um herdeiro.
Koko: É o que ele é de qualquer jeito. Não tem nada que mude isso.
S/n: Claro que não. Afinal, você nem queria ele, né?
Koko: Isso não vem ao caso agora.
S/n: Claro que vem. Você não queria ser pai. Você não queria um filho, mas mudou de ideia porque iria ter um herdeiro.
Koko: Eu não penso...
S/n: É o que você deixou transparecer pra mim.
Koko: Amor!
S/n: Não me chama assim. Ou será só fingimento para mim fazer o que você quer para que o seu herdeiro não corra riscos? Será que você realmente me ama e que toda aquela história é real?
Koko: É real. Tudo. Eu te amo como eu nunca amei ninguém.
S/n: Mentiroso. Você não me ama...
Logo ela começa a sentir fortes dores na barriga.
Koko: S/n, o que houve?
S/n: Não toca em mim. Não se aproxima de mim. Sai daqui, Hajime!
Logo ele se vira e sai do quarto, revoltado. Ela se deita na cama e respira fundo. A dor vai aliviando um pouco.
S/n: Mexe um pouco pra mamãe saber que tá tudo bem, por favor.
Logo um bebê chuta.
Enquanto isso, Koko chega no saguão do hotel.
Wilson: Senhor?
Koko: Gonzalez, sobe e cuida da segurança da minha esposa. Qualquer grito que você ouvir, qualquer coisa que pareça desesperador, entre no quarto e descubra.
Wilson: Algum problema com o bebê?
Koko: Ela está sentindo dores e isso não é normal. Não quero correr riscos. Se alguma coisa acontecer, ela nunca vai me perdoar. Eu nunca vou me perdoar.
Gonzalez: Não vai acontecer nada. Eu já estou subindo.
Amon: Ela não comeu nada hoje.
Koko: Só fala quando falamos com você. Responda o que perguntamos a você e só o que for necessário. Você está aqui para cuidar da minha mulher, não ser amigo dela. E ela me pareceu bem assustada quando voltou.
Amon: Não aconteceu nada, senhor. Acho que é você que a assusta, pois ela não estava sentindo dores. Ela começou quando...
Gonzalez: Você fica aqui embaixo e recomendo que fique de bico fechado.
Wilson: Aonde vamos?
Koko: A um bar. Preciso beber.
Wilson: O senhor disse que quando estivesse de cabeça quente depois de brincar com a senhora, para não te levar ao bar.
Koko: Eu sei o que eu disse.
Wilson: Como amigo, não como segurança. Quebre esse seu orgulho e o orgulho dela. Não fuja. Ela tá com dor, como você disse, não é normal. Fique com a sua mulher.
Koko: Obrigada.
Logo ele entra no elevador e sobe para o quarto.
Amon: Caramba, você manda no chefe.
Wilson: Cala a boca. Você não sabe de nada sobre ele.
Amon: E você sabe?
Wilson: Eu o conheço desde quando eu era delinquente.
Assim que Koko chega no quarto, ele se deita ao lado da S/n.
Koko: Não quero brigar. Desculpa. Eu disse tudo errado. Eu não queria...
S/n: Ele tá mexendo. Sente.
Logo ela coloca a mão dele na barriga dela.
Koko: E a dor?
S/n: Passou. Eu só quero voltar para casa. Eu não me sinto bem nesse lugar.
Koko: Aconteceu algo?
S/n: Tudo aqui é estranho. As frutas estão manchadas e todas tem as mesmas manchas.
Koko: Parecem que alguém...
S/n: Quero ir embora, Koko.
Logo ela se ajeita nos braços dele.
Koko: Tá bom, amor.
Ele dá um beijo na testa dela.
Koko: Eu prometo que vamos embora amanhã.
S/n: Obrigada.
Ela se aconchega mais nos braços dele.