Capítulo 15

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Assim que chegam no quarto, começam a discutir.

Koko: Quantas vezes eu tenho que dizer que nada de sair sozinha?

S/n: Só que não estamos em Tóquio, Koko. Estamos aqui para relaxar. Se fosse para viver igual uma prisioneira, eu preferia ser presa.

Koko: Não importa onde estejamos, S/n. Sempre terá inimigos, pessoas de olho, esperando uma oportunidade para te sequestrar ou matar. Eles sabem o quão você é importante para mim.

S/n: Eu quero ser livre. Você me disse que eu sou livre, não disse? Eu só fui à praia.

Koko: Sem comunicar!

S/n: Eu deixei uma carta!

Koko: Você não comunicou nenhum dos seguranças.

S/n: Tinha um segurança presente.

Koko: Ele está designado a ajudar, ficar de olho em você, a te proteger. Quem é designado a ficar ao seu lado é o Gonzalez.

S/n: Qual é a diferença? Eu tô bem.

Koko: Por sorte. E se você não tivesse sorte?

S/n: Para com isso, ok?

Koko: Não, eu não vou parar. Você é minha esposa e o meu dever é te proteger.

S/n: O Gonzalez é o meu segurança e eu só confio nele. Nunca mais eu vou sair sem ele.

Koko: Espero que não, porque não é só a sua vida. Você está carregando o meu filho, o meu herdeiro.

S/n: Seu filho? Pensei que fosse nosso. Eu pensei que você não iria tratar ele como seus pais, Koko. Você só o vê como um herdeiro.

Koko: É o que ele é de qualquer jeito. Não tem nada que mude isso.

S/n: Claro que não. Afinal, você nem queria ele, né?

Koko: Isso não vem ao caso agora.

S/n: Claro que vem. Você não queria ser pai. Você não queria um filho, mas mudou de ideia porque iria ter um herdeiro.

Koko: Eu não penso...

S/n: É o que você deixou transparecer pra mim.

Koko: Amor!

S/n: Não me chama assim. Ou será só fingimento para mim fazer o que você quer para que o seu herdeiro não corra riscos? Será que você realmente me ama e que toda aquela história é real?

Koko: É real. Tudo. Eu te amo como eu nunca amei ninguém.

S/n: Mentiroso. Você não me ama...

Logo ela começa a sentir fortes dores na barriga.

Koko: S/n, o que houve?

S/n: Não toca em mim. Não se aproxima de mim. Sai daqui, Hajime!

Logo ele se vira e sai do quarto, revoltado. Ela se deita na cama e respira fundo. A dor vai aliviando um pouco.

S/n: Mexe um pouco pra mamãe saber que tá tudo bem, por favor.

Logo um bebê chuta.

Enquanto isso, Koko chega no saguão do hotel.

Wilson: Senhor?

Koko: Gonzalez, sobe e cuida da segurança da minha esposa. Qualquer grito que você ouvir, qualquer coisa que pareça desesperador, entre no quarto e descubra.

Wilson: Algum problema com o bebê?

Koko: Ela está sentindo dores e isso não é normal. Não quero correr riscos. Se alguma coisa acontecer, ela nunca vai me perdoar. Eu nunca vou me perdoar.

Gonzalez: Não vai acontecer nada. Eu já estou subindo.

Amon: Ela não comeu nada hoje.

Koko: Só fala quando falamos com você. Responda o que perguntamos a você e só o que for necessário. Você está aqui para cuidar da minha mulher, não ser amigo dela. E ela me pareceu bem assustada quando voltou.

Amon: Não aconteceu nada, senhor. Acho que é você que a assusta, pois ela não estava sentindo dores. Ela começou quando...

Gonzalez: Você fica aqui embaixo e recomendo que fique de bico fechado.

Wilson: Aonde vamos?

Koko: A um bar. Preciso beber.

Wilson: O senhor disse que quando estivesse de cabeça quente depois de brincar com a senhora, para não te levar ao bar.

Koko: Eu sei o que eu disse.

Wilson: Como amigo, não como segurança. Quebre esse seu orgulho e o orgulho dela. Não fuja. Ela tá com dor, como você disse, não é normal. Fique com a sua mulher.

Koko: Obrigada.

Logo ele entra no elevador e sobe para o quarto.

Amon: Caramba, você manda no chefe.

Wilson: Cala a boca. Você não sabe de nada sobre ele.

Amon: E você sabe?

Wilson: Eu o conheço desde quando eu era delinquente.

Assim que Koko chega no quarto, ele se deita ao lado da S/n.

Koko: Não quero brigar. Desculpa. Eu disse tudo errado. Eu não queria...

S/n: Ele tá mexendo. Sente.

Logo ela coloca a mão dele na barriga dela.

Koko: E a dor?

S/n: Passou. Eu só quero voltar para casa. Eu não me sinto bem nesse lugar.

Koko: Aconteceu algo?

S/n: Tudo aqui é estranho. As frutas estão manchadas e todas tem as mesmas manchas.

Koko: Parecem que alguém...

S/n: Quero ir embora, Koko.

Logo ela se ajeita nos braços dele.

Koko: Tá bom, amor.

Ele dá um beijo na testa dela.

Koko: Eu prometo que vamos embora amanhã.

S/n: Obrigada.

Ela se aconchega mais nos braços dele.

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