Já na casa do Koko.
Algumas horas depois...
Koko: Sua mãe não estava lá.
Nami: Então ela foi embora.
Gonzalez: Eu me demito, não posso mais trabalhar para o senhor. Já cumpri o meu trabalho.
Koko: Tanto faz, você é um inútil mesmo. Não conseguiu encontrar a minha mulher.
Logo, Gonzalez sai da casa. Assim que chega ao lado de fora, vê Wilson.
Wilson: Você quer se demitir porque está cansado ou porque apareceu uma oportunidade melhor?
Gonzalez: O meu trabalho é cuidar da minha senhora, não só, Senhor Koko. Esse trabalho é seu.
Já dentro da casa...
Nami: Por que a minha mãe te odeia tanto?
Koko: Pensei que soubesse de tudo!
Nami: Ela me disse algumas histórias, mas eu não acredito em nada.
Koko: É tudo verdade. Sua mãe não é de mentir. Ela fala tudo, até o que eu não quero saber. Ela não tem medo de nada. Então, tudo que ela disse sobre mim é verdade.
Nami: Então você realmente a traiu.
Koko: Sim.
Nami: E duvidou da nossa paternidade.
Koko: Sim.
Nami: E o casamento de vocês foi contratual por interesses.
Koko: Sim. E eu não queria ter filhos. Eu só não pedi o aborto porque a sua mãe é contra isso. A sua avó não fala comigo porque eu destruí a minha família. Teve um momento que não era mais contrato; era real. E eu destruí isso pelo meu ego. Tá satisfeita? Eu fiz um inferno na vida da sua mãe. Eu a ameacei. Ela disse que tiraria vocês dela.
Nami: Então, ela sempre esteve certa.
Koko: Sim, ela sempre esteve certa. E você é igual a mim, Nami. Por isso está aqui. Por isso ela mandou você pra cá, para ver que eu não sou tão perfeito como você pensava.
Nami: Então, somos iguais.
Koko: Destruímos as pessoas que amamos. Dizemos coisas ruins.
Nami: Tanto faz. Sou sua filha, né? Afinal de contas, minha mãe é muito sem graça.
Já na casa da S/N...
Gonzalez: Eles não desconfiaram de nada.
S/N: Isso é perfeito. E como a minha filha está?
Gonzalez: Detonando a senhora.
Kataro: Não sei como ainda se importa com ela.
S/N: É sua irmã, Kataro. Minha filha é óbvia que eu me importo. Por mais que ela não mereça, você acha que a sua avó não se importa com o seu pai?
Kataro: Aquele homem não é meu pai. A partir do momento que ele duvidou que eu seja filho dele, ele deixou de ser meu pai.
S/N: Gonzalez, amanhã, eu tenho uma reunião na empresa do Hajime. Se você não...
Gonzalez: Vai ser um prazer acompanhar a senhora. Afinal, é muito bom ver a senhora feliz.
S/N: Você me ajudou muito. Sou muito grata a você por tudo. Obrigada por não ir atrás de mim e nem ir até aquela cidade. E obrigada por me dizer sobre o cofre.
Gonzalez: Só eu sei o que a senhora passou desde o momento em que pisou naquela casa. Fico feliz em ter ajudado em tudo.
Kataro: Eu vou na reunião. Eu quero olhar na cara daquele homem.
S/N: Está bem, mas você não vai dizer nada. Só vai observar.
Na manhã seguinte, S/N veste roupas de luxo e segue em direção à empresa Kokonoi. Ao chegar lá, é bem recebida pelos funcionários. Assim que entra na sala de reunião, vê Koko.
Wilson: Gonzalez!
Gonzalez: Wilson.
S/N: Senhor Hajime!
Koko: Minha esposa!
S/N: Você ainda acha que somos casados?
Koko: Não tenho nenhuma certidão de divórcio na minha gaveta.
S/N: Vamos iniciar logo essa reunião.
Koko: Por onde esteve com os meus filhos?
Kataro: Eu não sou seu filho, Hajime.
Koko: Tem certeza? Você é idêntico a mim quando eu tinha a sua idade. Foi quando eu e a sua mãe nos conhecemos.
S/N: Maldita coincidência.
Koko: A Nami está lá em casa, se quiser...
S/N: Ela fica melhor com você. Quem sabe ela vê o tipo de homem que é você.
Koko: Eu mudei, sabia.
S/N: Sério? Não acredito em você, Hajime. Quando eu acho que posso te perdoar, você sempre me surpreende com alguma coisa.
Koko: O quê?
S/N: Quando fui embora, eu ia perdoar você depois de expor toda a verdade sobre Yumi. Mas você duvidou de mim.
Koko: Tive os meus motivos.
S/N: Que motivos? Nunca te dei motivos antes do Hayate me beijar.
Koko: Ele só beijou você.
S/N: Eu poderia escolher ele ou você. Eu poderia escolher naquele dia, mas eu escolhi você. E foi a pior escolha da minha vida.
Koko: Você escolheu o Koko, o Hajime.
S/N: Você é um só. Tudo que você faz vale de um só.
Koko: Agora você é uma mulher importante, roubou um dos meus melhores seguranças, roubou o meu dinheiro.
S/N: Eu vim devolver, e o dinheiro do carro também, ainda com juros.
Koko: Você é inacreditável.
S/N: Não vou deixar que pise em mim novamente ou me diminua. Eu tenho o meu próprio dinheiro e independência. Tenho um filho que é capaz de escolher o que quer. Então, eu quero o divórcio.
Koko: E a Nami?
S/N: Ela é toda sua. Não vai deixar de ser minha filha. Vou amar muito, mas ela escolheu a você. Não posso obrigá-la a ficar comigo, não é mesmo?
Koko: Então, estava tudo nos seus planos.
S/N: Na verdade, quem me deu essa ideia foi o Gonzalez. Ele é ótimo. Perdeu um excelente segurança.
Koko: Sabe que o seu irmão Haru morreu, né? Foi assassinado.
S/N: Eu soube. E por que está tocando nesse assunto?
Koko: Me agradeça que eu tirei você daquele inferno.
S/N: Você que deveria me agradecer, seu ingrato.
Logo, ela coloca três malas de dinheiro em cima da mesa e sai da sala.
Koko: Isso pra mim não é nada!
S/N: É muita coisa, que eu sei, Hajime. Meus advogados entrarão em contato.