Na sala da diretoria:
Diretora: Vou ligar para os pais de vocês.
Kataro: Minha mãe está muito ocupada hoje, e eu vou ficar na casa do meu pai.
Yuri: Isso não vai ficar assim. Você vai se arrepender de ter me batido. Seu pai vai ter que lamber os...
Kataro: Cala a boca!
Depois de alguns minutos, Koko chega ao escritório.
Koko: O que houve?
Kataro: Pai, desculpa, eu não queria arrumar problemas.
Ele abaixa a cabeça.
Yuri: Seu filho me espancou por nada. Agora vocês terão que pedir perdão ao meu pai.
Kataro: O que você fez não tem perdão, e não tem nenhum dinheiro que pague.
Logo, o pai do Yuri entra.
Homem: Senhor Kokonoi, seja lá o que meu filho fez, nos perdoe. Esse garoto não sabe o que faz.
Kataro: Eu não perdoo. Não tem perdão. Vocês podem morrer ajoelhados. Não tem perdão.
Koko: Se meu filho não perdoar, eu também não. Seja lá o que foi, ele tem os motivos dele.
Yuri: Pai, eu não fiz nada.
Homem: Senhor Kokonoi...
Koko: O seu filho fez algo com o meu, e isso se tornou algo pessoal. Espero não ter motivos para te falir. Vamos, Kataro.
Kataro: Não diz nada à minha mãe, por favor.
Koko: Claro que vou dizer, depois que sem ferra sou eu.
Já com a S/n:
S/n: Tô tão feliz que esteja bem.
Haru: Sou um advogado, tenho uma família, irmã. Sou casado e tenho uma filha de 4 anos.
S/n: Você vai melhorar e voltar para a sua família.
Haru: Eu quase morri. O Asche quase me matou. Ele realmente iria me matar, igual fez com nosso irmão.
S/n: Eu não sei.
Haru: Soube que tem 2 filhos.
S/n: Já são adolescentes bagunceiros, mas são bem estudiosos.
Haru: Como você.
S/n: Ele teria orgulho da gente.
Haru: Sim.
S/n: Preciso ir. Você está seguro aqui. Este é um hospital privado.
Haru: Tá bom. Se cuida.
Assim que ela sai do quarto, começa a chorar.
Gonzalez: Vai dar tudo certo.
S/n: Como vou dizer para ele que nosso irmão matou a esposa e a filhinha dele? Eu estou segura, Gonzalez. 24 horas por dia, meus filhos. Eles sempre estão seguros. Às vezes, eles fogem para ter privacidade, mas sempre estão seguros.
Gonzalez: Ainda não temos certeza de que elas estão mortas.
S/n: Eu sei que estão. O Asche é cruel como o nosso pai.
Semanas se passaram, e S/n já recebeu toda a informação de que, de fato, a família do irmão estava morta.
S/n: Como vou dizer a ele?
Koko: Amor, você vai conseguir. Eu vou estar lá com você.
S/n: E a Nami? Ela se abriu com você, está estranha.
Koko: Tentei, comigo ela também não falou nada.
Gonzalez: Senhora, o carro já está pronto.
S/n: Te vejo hoje à noite para jantar aqui em casa.
Koko: Tá bom.
Assim que ela entra no carro, ela olha para uma sorveteria.
S/n: Não lembro muito do meu irmão Levi. Eu tinha 13 anos quando ele morreu. A única coisa que lembro é que ele sempre dizia: "Eu vou sempre proteger vocês".
Gonzalez: Bela frase.
S/n: Será que ele teria orgulho de mim?
Gonzalez: Sim, você é uma mulher batalhadora que não deixou o sonho dele morrer, nem você, nem o Haru.
S/n: Queria que ele estivesse aqui.
Assim que ela chega ao hospital, vai até o quarto do irmão e começa a chorar.
S/n: Eu sinto muito.
Haru: Tudo bem, você não tem culpa de nada.
S/n: A sua família, irmão...
Haru: O Asche é um monstro. Sempre soubemos disso.
Ela passa o dia todo no hospital. À noite, quando chega em casa, todos já estão lá.
S/n: Então, eu e o pai de vocês estamos juntos, como vocês já sabem.
Kataro: Já sabemos.
Koko: Queremos conversar com os dois.
S/n: Faz sinal para que os empregados saiam.
Koko: Nami, o que está acontecendo?
S/n: Seja lá o que for, estamos aqui com você, meu amor.
Kataro: Não aguento mais isso, lembra o menino que eu briguei na escola.
Koko: Como esquecer.
S/n: Fala!
Nami: Kataro...
Kataro: Ele abusou dela deixou ela toda machucada.
Isso foi como um baque para S/n e Koko.
S/n: Por que não nos disse?
Koko: Preciso fazer uma ligação.
Nami: Eu estava com medo e vergonha.
S/n: Você não precisa sentir nada disso. Você não tem culpa de nada, meu amor.
Kataro: Agora ela pode estar grávida, já que o abutre não usou preservativo.
S/n: Amanhã vamos fazer exames, nada muito invasivo. Tudo bem se você tiver, podemos fazer o que você quiser.
Nami: Tá bom.
Logo, ela começa a chorar, então S/n a abraça.
S/n: Tudo bem, meu amor.
Nami: Desculpa, mãe.
S/n: Você não precisa se desculpar.
Koko: Fez bem, Kataro, mas deveria ter dito antes, não acha?
Kataro: Eu prometi a ela.
