Espero que gostem, sorry pelo sumiço <3 Obrigada por todos os votos, os comentários e os favoritos, vocês me inspiram a continuar <3
Aproveitem o Capitulo!Assim que girei a chave na maçaneta, trancando a porta, ouvi o som do carro de Sam estacionando em frente à minha casa. Um largo sorriso se formou em meu rosto; havia pedido a ela que viesse à tardinha, antes do pôr do sol, e ela era sempre pontual. Virei-me para encontrar seus olhos, que exibiam um leve sorriso. Quando nossos olhares se encontraram, o sorriso dela se alargou ainda mais, criando pequenas rugas nas laterais dos olhos, tornando-a ainda mais encantadora.
- Oi - ela quebrou o silêncio, iluminando meu mundo.
- Oi - aproximei-me mais dela, que estava parada na calçada do lado do carona, provavelmente esperando para abrir a porta para mim, como sempre fazia.
- Por que estamos aqui fora? - questionou ela.
- Vamos a um lugar - meu sorriso tornou-se travesso ao proferir as palavras. - Me dê as chaves - estendi a mão para ela.
- Você está brincando, né? - perguntou ela.
- Não estou não, ChanChan. Agora me dê as chaves - disse novamente, e Sam relutou. - Se não as der, não vai saber para onde vamos - argumentei.
- Você pode tomar cuidado? - disse ela. - A senhora Duanpen é importante para mim...
- Senhora quem? - Franzi o cenho pela estranheza. - Você deu nome ao carro? - perguntei, quase rindo.
- Você não está indo por um bom caminho se quer minhas chaves - advertiu ela. Parei de rir na hora e estendi a mão, mas Sam estava de cara feia.
- As chaves, Sam, ou tudo que planejei vai por água abaixo.- Sam fez uma careta antes de me entregar as chaves do carro, então abri a porta do carona para que ela entrasse.
- Eu sou uma ótima condutora, não se preocupe - sorri para ela. - Agora entra - ordenei, e Sam cruzou os braços antes de entrar no carro ainda de cara amarrada.
Entrei no carro, e partimos. Não demorou muito para Sam desamarrar a cara, eu sempre conseguia desfazer seu bico. Eu realmente era uma excelente motorista, e isso deixou Sam menos preocupada, dirigi pelas ruas da cidade com tranquilidade até começarmos a nos aproximar da área da praia.
A brisa da maresia começou a adentrar pelas janelas do carro dando uma sensação boa, estacionei o carro pertinho da orla da praia, o sol lançando tons dourados sobre as águas serenas. O som suave das ondas quebrando na areia preenchia o ambiente enquanto saímos do carro. Sam olhou ao redor, surpresa e curiosa.
- O que estamos fazendo aqui?- ela perguntou, saindo do carro.
- Achei que precisávamos de uma pausa, um tempo para relaxar e aproveitar o momento - respondi, fechando a porta do carro. Sam sorriu, mas ao sair do carro e fechar a porta, cruzou os braços, olhando-me com desconfiança.
- E a Senhora Duanpen? - perguntou
- Não se preocupe, ela estará aqui quando voltarmos - assegurei, caminhei até ela e estendi a mão para ela, Sam hesitou por um momento, mas então segurou minha mão e sai levando-a em direção à praia.
Ao chegarmos na areia tiramos os sapatos, caminhamos pela areia macia, e sentindo a brisa suave do mar. O sol começava a se pôr, pintando o céu de tons quentes e vibrantes. Alguns metros de onde estávamos havia algumas pedras, mas uma em especial era maior do que as outras parecia um local tranquilo.
- Vamos aproveitar o pôr do sol juntas? - convidei, e Sam assentiu - Vem - puxei ela até as pedras, com facilidade subimos na maior delas e então me sentei e bati na pedra para que ela se sentasse ao meu lado e Sam se acomodou ao meu lado. Ambas ficamos ali, observando o espetáculo de cores entre laranja, vermelho e amarelo no horizonte.
- Isso é lindo - ela comentou, seu olhar fixo no pôr do sol.
- Não mais que você - respondi, sorrindo para ela. Sam corou levemente, desviando o olhar do pôr do sol e me olhando.
- Obrigada - ela disse
- Pelo que? - questionei
- Por me trazer aqui, é um lugar muito lindo e calmo, eu acho que nunca vir até aqui - ela olhou em volta como se checasse o que havia dito, depois olhou para o mar e fechou os olhos respirando fundo o ar fresco do entardecer enquanto uma lufada de vento soprava sobre nós, e eu podia jurar que não existia nada mais magnífico do que Sam ao pôr do sol na praia.
Passamos o tempo conversando, rindo e compartilhando histórias. A atmosfera tranquila da praia criava um cenário perfeito para um momento relaxante e íntimo. À medida que a noite caía, as estrelas começavam a pontilhar o céu escuro, o ar ficou mais fresco, mas estávamos num mundo só nosso e eu sentia que nenhuma de nós ansiava por ir embora.
- Ainda me sinto um pouco perdida... - disse Sam olhando o horizonte, onde uma lua cheia amarelada iluminava a noite estrelada que se tornava cada vez mais evidentes no céu noturno, um silêncio suave envolveu-nos. Nossos olhares se encontraram, e havia uma compreensão mútua no ar. A brisa marinha tornou-se mais fresca, e eu senti o nervosismo e a antecipação crescerem dentro de mim.
- Às vezes, precisamos nos perder para nos encontrarmos - murmurei, minha voz suave, quase sussurrando.
Sam sorriu, um sorriso tímido que iluminou seu rosto me fazendo perder o fôlego. Sem dizer uma palavra, ela inclinou-se na minha direção, seus olhos ainda fixos nos meus. O momento parecia suspenso no tempo, e eu senti a energia elétrica entre nós.
Sem hesitação, nossos lábios finalmente se encontraram. Foi um beijo suave, cheio de doçura e calor. O som das ondas quebrando ao nosso redor ecoava a melodia do momento, e a sensação dos lábios de Sam nos meus era como uma sinfonia perfeita. Quando nos afastamos suavemente nossos olhos se encontraram novamente e ao abrir meu olhos vi o sorriso mais incrível do mundo, Sam sorria para mim, e naquele instante a ver feliz me encheu de uma felicidade que eu não sabia explicar.
- Eu não sei como as coisas vão ser a partir de agora, mas não importa o que aconteça, tudo que importa é o que temos, e tudo que eu quero é estar com você - Sam disse e eu a abracei com carinho, meu olhos estavam marejados de lágrimas, ela me fazia feliz, uma felicidade que eu nunca experimentara antes, estávamos destinadas a nos encontrar e ali naquele instante eu tive mais do que certeza disso, eu sabia.
Quando o frio se fez presente, entrelaçamos as mãos e voltamos para o carro, deixando que o suave som do mar embalasse nosso silêncio carregado de sentimentos. Quando Sam se acomodou no banco do motorista, eu não me importei; a euforia do nosso momento na praia ainda pulsava em mim. Seguimos para casa, guiadas por uma atmosfera de expectativa e intimidade.
Dessa vez Sam não quis ir embora, e eu nem deixaria, saimos do carro e entramos em casa, o ambiente parecia impregnado com a magia da noite. O ar estava carregado de eletricidade, e ainda de mãos dadas, atravessamos a porta e nossos olhares se encontraram novamente nos deixando conscientes do que aquele momento significava para nós duas, era real, estávamos juntas e não havia nada se interpondo entre nós. Sam, com um sorriso travesso nos lábios, quebrou o silêncio.
- Essa noite ainda não acabou. - Ela passou a mão levemente no meu rosto como uma carícia. O calor entre nós aumentou, e nossos olhares se intensificaram, Sam me causava coisas apenas com um toque, sem dizer nenhuma palavra, seguimos para o quarto, onde o clima de cumplicidade se aprofundou. Era uma noite de amor, nos despimos das camadas emocionais, ansiando por descobrirmos uma à outra com carinho e desejo.
A noite foi uma sinfonia de toques suaves, beijos apaixonados e suspiros compartilhados. Cada carícia era como um eu te amo, cada beijo era uma promessa não dita. No silêncio entrelaçadas com sussurros de prazer, descobrimos uma conexão mais profunda, transcendendo a física e se tornando uma fusão de almas.
O amor que compartilhamos ecoava pelos lençóis e pelas paredes do quarto, criando um espaço onde o tempo parecia se desfazer. Era uma dança íntima, uma celebração da nossa união, do nosso mundo.
Quando a exaustão finalmente nos envolveu, encontramos conforto em um abraço carinhoso e reconfortante, o peito respirando em sintonia. A noite havia se transformado em algo além das palavras, uma expressão sublime de amor enquanto o mundo lá fora continuava seu movimento incessante, nós duas, entrelaçados sob a luz do luar que entrava pela janela, adormecemos envoltas em ternura e cumplicidade, ansiosas pelo amanhecer de um novo capítulo em nossa jornada juntas.
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Linhas Cruzadas (Sam&Mon)
RomanceApós a súbita morte de seu irmão, Sam se vê desesperada pelo perdão dele, sem querer acaba conhecendo Mon, sua noiva, perdidas e em luto as duas iniciam uma repentina amizade, e um sentimento diferente começa a surgir entre elas. Dividida entre a...