Capítulo 25

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Capitulo fresquinho pra vocês <3 Vou tentar postar mais de um capitulo hoje pra não deixar vocês sem atualizações durante o feriado de Natal, espero que estejam curtindo a história, deixem nos comentários quem esta sendo seus personagens favoritos e porque :) To curiosa :)

Boa leitura!

 
Na manhã seguinte acordei enroscada nos lençóis sozinha, varri os olhos pelo quarto em busca de Sam, onde diabos ela havia se metido? Vi sobre a mesa de cabeceira um bilhete na caligrafia fina e delicada dela, estendi a mão para para pegar o bilhete sem me levantar da cama, então eu o li.

" Querida Monmon,

Precisei ir resolver uma coisas na galeria, você estava dormindo tão gostoso que não quis acordá-la, deixei um café da manhã pronto na cozinha para você, nos falamos mais tarde. Te amo,

Sam"

Sorri ao terminar de ler, Sam estava muito fofa e carinhosa nos últimos dias, me perdi em recordações da noite anterior quando ouvi o barulho da campainha, quem poderia ser? Eu não estava esperando por ninguém, me levantei, mas nesse instante me senti levemente tonta, quando finalmente a tontura passou notei que ainda estava nua e fui me vestir antes de descer as escadas e abrir a porta.

- Finalmente! - disse Yuki entrando pela porta, então bateu os olhos sobre mim - O que você tem? Parece meio pálida, quase esverdeada - ela franziu o cenho, mas não pude respondê-la,corri para o banheiro e vomitei, quando terminei Yuki estava do lado de fora da porta do banheiro e tinha o semblante preocupado.

- Mon...Eu acho que deveríamos ir ao médico - disse ela determinada.

- Eu já estou bem - disse, mas não a convenci e meia hora depois estávamos na clínica do doutor A-wut, fiz os exames que o médico pediu, o que deixou Yuki menos preocupada comigo, mas esqueci por completo pois meu humor mudou drasticamente depois de Sam me avisar que não iria para minha casa naquela noite, pois precisava ver seu advogado.

O processo de divorcio não foi amigável, Kirk achará um insulto que Sam mandará seu advogado tratar da partilha dos bens e da separação, por isso ela passara os últimos dias resolvendo o assunto com seu advogado, isso me incomodava, ficar longe de Sam era difícil, mas havia outra coisa me incomodando, a ligação da manhã anterior, onde meu medico pedia para que fosse vê-lo.

Algumas horas depois...

Caminhei de um lado para o outro na sala de espera, maldita hora que decidi ouvir Yuki, já havia roído todas as minhas unhas de tão nervosa, olhei pela porta da entrada e nada de minha melhor amiga chegar, onde diabos Yuki havia se metido?
A recepcionista do consultório chamou pelo meu nome, dei uma ultima olhada para o corredor da entrada na esperança de ver Yuki entrando apressada, mas nada dela, sorri fraco para recepcionista e me encaminhei para a sala ao qual a mulher me indicara, cada passo dado em direção a porta do médico me fazia sentir mais e mais ansiosa, eu odiava hospitais, e nem sequer tinha um motivo para tal pavor, mas eu havia prometido a Yuki que iria me cuidar melhor, e quando ela soube das minhas vertigens, falta de apetite e cansaço me obrigou a fazer uma porção de exames, por mim eu não teria feito nenhum, mas para tranquilizar Yuki que estava preocupada comigo eu fiz, agora ela desaparecera e eu mataria ela por isso.

Minha memória foi para tarde anterior, quando Sam havia ido me ver, eu estava radiante de felicidade após passarmos boa tarde da tarde juntas quando o médico me ligou pedindo para marcarmos uma consulta na manhã seguinte, isso me apavorou, ninguém solicita uma consulta médica se não está morrendo, ainda mais o médico, eu só deduzi que eu estava muito doente pela urgência dele, por isso liguei para Yuki aos prantos minutos depois e ela me tranquilizou, disse que tudo ficaria bem e que iria comigo a consulta, minha mente já havia imaginado mil doenças que eu poderia ter, só o pensamento de ter que deixar Sam sozinha me apavorava, bati na porta com receio.

A porta se abriu e o Dr. A-wut sorriu em minha direção, então respirei fundo tentando me acalmar e devolvi um meio sorriso a ele, que me indicou a cadeira a frente de sua mesa e sentou-se em sua cadeira, tirou da gaveta alguns exames que eu tinha certeza que eram os meus.

- Bom dia Mon, como se sente esta manhã? - perguntou simpático.

- Um pouco nervosa - confessei - Confesso que desde que me ligou solicitando essa consulta eu só pensei que poderia ser algo... importante - não quis dizer a ele que eu já sabia que deveria ter um câncer ou algo assim, acho que ele não iria gostar que eu atrapalhasse a consulta assim.

- Calma, Mon - ele riu de modo descontraído - É só uma consulta de encaminhamento necessária - eu o encarei confusa.
- Encaminhamento? Como assim? Para que? - Disparei uma pergunta em cima da outra sem tempo dele responder a todas, então ele sorriu.

- Você está grávida, Mon, queria lhe dar a notícia e encaminhá-la para uma obstetra - disse tranquilamente, e eu paralisei, meu cérebro parecia não absorver as palavras que ele acabara de soltar.

- Eu ... o que? - Sussurrei em pânico e ele voltou a repetir

- Você está grávida,de treze semanas, parabéns Mon - sorriu.

Ao sair da consulta eu estava em choque, grávida, eu estava grávida, como seria a partir de agora, e Sam? Me odiaria? Escolheria o bebê? Eu tinha tantas perguntas, Yuki estava na saída do hospital e quando a vi desabei a chorar.

- Mon você está pálida e tremendo, por favor você precisa se acalmar - Yuki disse.

- Yuki eu não sei o que fazer... - estávamos sentadas no sofá da sala da minha casa depois de Yuki me levar para casa.

- Mon isso não é o fim do mundo, você e Nop sempre quiseram ser pais - Yuki disse segurando minha mão depois me abraçou de lado.

- Só que ele não está mais aqui, Yuki...- era nítido minha tristeza na voz com aquelas duras palavras, porque ele sonhara com isso, nosso casamento, os filhos, e tudo havia ido embora com ele na noite do acidente, mas agora um pedaço dele está ali vivo dentro de mim.
- Eu sei, mas você sempre quis isso, mesmo que as coisas tenham mudado, agora você terá um pedacinho de Nop para sempre com você - disse Yuki tentando me animar.
- Eu sei que tem razão Yuki, mas isso muda tudo, não estava nos meus planos uma criança agora - digo sincera como uma criança birrenta.

- Você vai contar a Sam? - Yuki me encarou de forma amorosa, ela já sabia que eu tinha feito uma surpresa a Sam com a praia.

- Acha que ela iria gostar de saber? - eu estava insegura com a ideia de contar a Sam, não porque eu achasse que ela me odiaria, mas porque as coisas entre nós mudariam, ela podia mudar de ideia sobre nós, e eu não queria que ela mudasse.

- Quer mesmo minha opinião? - perguntou minha amiga e eu assenti apreensiva - Sam amava o irmão, e claramente ama você, porque ela não amaria essa criança? Não acho que ela vai ser negativa quanto a essa criança - Yuki disse sabiamente, mas eu ainda tinha receios, Sam era o tipo de pessoa que parecia fria para os outros, mas quem a conhecia sabia que ela tinha um coração mais lindo do mundo, mas também era como um animal ferido, se retraindo quando algo a machucava ou a assustava, Yuki me fez voltar ao presente quando disse - E eu estou aqui Mon, sempre estarei, além disso eu e Tee nunca vamos abandoná-la, apoiaremos vocês - ela pousou a mão sobre minha barriga e uma sensação estranha percorreu meu corpo, como se fosse mais real ter um bebê ali, então sorri para minha amiga e a abracei, ninguém no mundo podia me dar mais apoio do que ela, éramos irmãs, e eu sabia que mesmo tudo dando errado ela permaneceria ao meu lado sempre.

Yuki e eu ficamos por mais algumas horas conversando, e por mais que uma criança não estivesse em meus planos, a ideia de não tê-la nunca passou pela minha cabeça, Yuki tinha razão, era uma parte de Nop comigo, e eu queria poder amar essa criança como eu tinha certeza que ele faria, e agora mais calma eu podia ver isso com clareza, encarei o jardim, lembrava de ter escolhido esta casa por ter um jardim onde uma criança poderia brincar, respirei fundo como se tomasse coragem, eu podia fazer aquilo, eu teria para sempre uma família junto desse bebê independente de qualquer coisa, passei as mãos pelo meu abdômen tomando ciência que ali tinha um bebê.
Sam estava mudando sua vida toda, ela merecia saber sobre o bebê, por maior que fosse meu medo de perder o que estávamos construindo, peguei o celular e digitei...

" Oie ChanChan, poderíamos nos ver? Estou com saudade e queria te contar algo "

Linhas Cruzadas (Sam&Mon)Onde histórias criam vida. Descubra agora