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Lara...

Estamos no carro, já indo pra casa.

Vitor bateu muito em Luca, seu rosto era só sangue, confesso que fiquei bem assustada, porém ele mereceu!

Eu não acredito que ele iria me beijar, que cretino!!!

Eu não sei oque aconteceu depois, eu estava muito assustada com tudo, Vitor estava encima dele deixando vários e vários socos em seu rosto, eu tentei tira-lo de cima dele mas era impossívellll.

Parecia que ele não estava ali, seu rosto era puro ódio, ele não me ouvia, Vitor só parou quando Luca já estava desacordado.

Minha mãe veio desesperada, e ela arregalou os olhos ao ver Luca desacordado com o rosto desformado.

Levamos ele ao hospital e ele teve que passar por uma cirurgia no nariz.

Em nenhum momento Vitor se arrependeu ou algo do tipo, ele parecia satisfeito por tudo que ele causou.

Em nenhum momento Vitor veio falar comigo, percebi ele meio afastado e sempre com a cara fechada. Não interferi porque queria deixar ele ter seu espaço, talvez ele esteja ainda com raiva de Luca.

Né...?

***

Estamos já no carro, a caminho de casa, finalmente não aguentava mais aquilo tudo, minha tia ficou bem chateada com Vitor. Tudo foi muito estressante nesse último dia.

Minha mãe apagou no banco de trás, eu á entendo, hoje o dia foi bem cansativo e estressante.

Até agora Vitor não disse nada! Nem depois de tudo que aconteceu.

No carro está um silêncio constrangedor, consigo perceber seus olhares sobre mim. E isso está me irritando, será que ele está com raiva de mim ou algo do tipo?? Será que ele pensa que eu dei bola pra Luca?

Aí meu Deus.

- Oque está acontecendo Vitor? - Decido falar.

Ele fica em silêncio..

- Eu estou falando com você!! - O encaro.

Selêncio..

Reviro os olhos.

- Mas que merda Vitor!!! - Esclamo raivosa.

- Oque foi? - Ele decide falar, dá pra ver que ele está estressado.

- Oque que foi, oque??? - Pergunto não entendendo a sua irritação.

- Eu só quero um momento de paz. - Ele bate no volante.

Me essusto.

Fico quieta por um momento.

- Paz? Eu que preciso de paz Vitor, eu não estou te entendendo.

Eu estou bem confusa agora, não entendo esse seu estresse repentino.

- Eu que não estou te entendendo. - Ele olha pra mim. - Oque aquele filho da puta estava fazendo agarrando você?? - Diz em bom tom.

- Fala baixo que minha mãe está dormindo aqui atrás. - O repreendo. - Você sabe muito bem oque aconteceu Vitor, está se fazendo?

- Eu vi Lara, ele estava quase te beijando, eu não sou bobo.

- Você acha que eu tenho culpa disso?? - pergunto incrédula.

- Se ele estava quase te beijando, acho que sim né, pois você não fez nada para impedi-lo. - Vitor volta sua atenção na grande estrada, e fica em silêncio.

Eu não acredito que ele não acredita em mim, ele pensa que eu quis aquilo?? Só Deus sabe oque eu senti e passei durante aqueles longos segundos. Estou brava, com muita raiva dele neste momento.

Eu acreditei nele quando Vivi veio com a história de gravidez, e agora acontece algo horrível comigo, meu próprio primo veio tentar me agarrar, e ele acha que eu gostei disso??

- Ok. - Apenas digo isso, mas quando chegarmos em casa, nós iremos ter uma conversa séria.

Me aconchego no banco, tentando achar alguma posição confortável. E acabo adormecendo.

***

Acordo, e ainda estamos na longa estrada. Vitor estáciona o carro em um posto de gasolina, e descer para comprar alguma coisa.

Olha pro banco de trás e minha mãe ainda dorme. Oh mulher que dorme muito em, essa é minha mãe.

Estou com fome, então decido descer do carro pra ir na loja de conveniência daqui do posto.

Ando até a loja e sinto Vitor me seguir, me viro para encará-lo.

- Oque tá fazendo? - Digo.

- Estou te acompanhando até a loja. - Ele diz simples. Reviro os olhos, que aldasia oque ele pensa que é? Até umas horas atrás estava todo ignorante, e agora quer ser cavalheiro?

Que saco!

- Olha não precisa se preocupar, eu sei ir sozinha. - Digo simples, e volto a andar em direção a pequena loja.

Ele me ignora completamente e continua atrás de mim. Decido não ligar, entro na loja e vou a preucura de uns salgadinhos, sei lá.

Pego dois pacotinhos de biscoito e uns chocolates, pego também água.

Acho que isso tá bom, só temos más 3hs de viagem, acho que dura.

Ando até o caixa pra pagar as comprinhas, Vitor também pega algumas coisas e paga tudo junto, não ligo, quero que ele gaste dinheiro mesmo, estou com raiva!

Voltamos pro carro em silêncio, e no caminho como calmamente meu salgadinho de buenas.

- Vamos pra minha casa. - Ele diz, sem tirar os olhos da estrada.

Claro que não.

- Não, não vamos, eu e minha mãe vamos ficar em nossa casa!

- Eu não estou te pedindo, estou te avisando que vamos pra minha casa, e ponto. - Diz mandão.

- Eu não quero ir pra sua casa Vitor, quero minha casa. - Bufo.

- Não estou nem aí, pro que você quer, você é minha mulher, e eu mando em você. - Mas que filho da égua, respiro fundo tentando manter a calma.

Manda em mim? Só se for nos seus melhores sonhos.

- Você não manda em mim.

- Mando sim. - Diz.

Decido não rebater, estou muito cansada pra isso.

***


Dele, apenas dele. Onde histórias criam vida. Descubra agora