Capítulo 35

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Dylan

Sábado.

Levantei logo pela a manhã, fiz minhas higienes e peguei minha mala olhei no meu relógio de pulso que marcava seis e quinze da manhã, não estava levando muita coisa apenas as essenciais, desci as escadas tentando não fazer nenhum tipo de barulho pois era sábado e eu não queria acordar meus pais.

Chegando na sala, me deparei com Mariana arrumando a mesa do café da manhã ela me lancou um olhar triste e me deu um abraço me pedindo para ter cuidado. Mariana era pior que minha mãe, sempre me achando uma criança. Me despedi dela peguei minha mala e fui saindo da sala, quando eu estava prestes a abrir a porta ouvi uma voz dizendo:

- Não acredito que você está indo em bora sem se despedir de mim - minha mãe falou com lágrimas nos olhos e me fazendo virar de maneira rápida.

Não queria me despedir da minha mãe, porque sabia que ela faria um drama mas acabei causando um drama ainda maior.

- Ah mamãe - falei indo até ela  abraçando-a - eu não queria acordar a senhora.

- Você é um péssimo filho sábia - ela falou entre o choro e me apertando ainda mais - mais eu amo muito você.

- Ah dona Daphne, não chora não que são só dois anos e além disso, a senhora vai estar comigo todos os meses, esqueceu?

- Meu amor essa casa vai ficar tão vazia, eu e seu pai estamos pensando em voltar para Toronto, lá a casa é mais pequena e não iremos nos sentir tão sozinhos.

Eu e meus pais, sempre vivemos em Toronto, mas por conta da nova editora da minha mãe, fomos obrigados a vir para Stratford além disso as maiores empresas da minha família encontravam-se em Toronto por isso essa decisão não me espantou.

Depois de tanto drama vindo da minha mãe, peguei minha mala e fui correndo para o aeroporto que faltavam apenas uma hora para minha viagem, não vou negar que tentei ligar para Emily mas como sempre, ela não atendeu.

Queria ouvir a voz dela me medindo para ficar e não ir para lugar algum sem ela, ou pelo menos me dizendo adeus pela última vez.

Emily

Acordei com a vibração do meu celular chamando por baixo do meu travesseiro, quem é o pecador que tá se atrevendo fazer isso? Porque sinceramente acordar uma mulher grávida em pleno sábado as seis da manhã, era um pecado sem perdão, passei a minha mão por baixo travesseiro e puxei o telemóvel, olhei no ecrã e era novamente o Dylan ligando, eu não estava afim de estragar o meu dia falando com ele por tanto não atendi, mas ele não desistiu e voltou a ligar, 1,2,3,4... Desliguei o telemóvel para ele não voltar a me incomodar.

Ele já estava me fazendo sofrer o suficiente, e não queria acrescentar mais nesse mesmo sofrimento, então estava tentando evitar Dylan a todo custo.

Hoje é dia da minha primeira consulta e também do primeiro ultra-som estava tão feliz porque hoje finalmente iria poder ouvir o coraçãozinho do meu bebé, é uma emoção que eu gostaria muito de partilhar com o Dylan, mas eu não vou pensar nisso porque não quero estragar meu dia.

Me levantei, fiz minhas higienes e desce para tomar café, Christian já estava acordado e preparado para ir a algum lugar que eu desconhecia.

- Bom dia Many, bom dia Christian - falei abraçando-o por trás...

- Bom dia... - eles responderam em coro e sorridentes.

- Ta bem disposta hoje ein!? - Chris falou me puxando.

(...)

Depois de ter tomado café, rapidamente subi escovei meus dentes, peguei minha bolsa e desci correndo aproveitando a carona de Chris.

Chegando no hospital me despedi dele, fiquei esperando uns quarenta minutos e então fui observando os casais que haviam no lugar, queria tanto que o meu Dylan estivesse aqui comigo, fazendo o primeiro ultrasom do nosso bebé mas isso era algo quase impossível pois, ele não sabia nem da existência dessa criança.

Depois de tanta espera, fui encaminhada para a sala da doutora. Assim que entrei no lugar ela pediu para mim colocar uma camisola me indicando o banheiro.

Não Era Pra SerOnde histórias criam vida. Descubra agora