- Emily Mitchell - falei desviando meu olhar do dele para tirar o celular que chamava em minha bolsa.
- Um minuto - falei atendendo a chamada que era a minha mãe.
Ligação on
- Alô mãe.
- Alô meu amor, quantas saudades eu tenho de você! - minha mãe falou chorando
- Ah mamãe, não chora não, eu tô bem e também estou morrendo de saudades de vocês - falei e logo senti uma lágrima descer em meu rosto.
- Estamos no hospital seu pai teve mais uma de suas crises meu amor, a gente ta indo para casa agora, seu pai e eu pensamos muito em você, minha menina.
- E como está o papai agora? - perguntei entre o choro.
- Ele tá melhorando filha, se cuida que a gente aqui torce por ti meu amor, Deus Abençoe você minha menina.
- Obrigada mamãe, fique bem e cuide do papai por favor mãe, beijos.
- Beijinhos filha.
- Oh mãe!?
- Sim meu amor!
- Eu amo vocês de mais - nesse momento as lágrimas invadiram meus olhos de maneira incontornável.
- Também amamos muito você.
Ligação off
Meu mundo caiu depois daquela chamada, minha mãe chorando do outro lado da linha e eu aqui sem poder fazer nada, me sentia culpada pelo sofrimento deles e acabei me derrubando em lágrimas, e esquecendo totalmente da presença de Dylan.
Senti uma mãe quente e suave passando em meu rosto e enxugando minhas lágrimas, levantei meus olhos e encontrei-me com aquele par de olhos azuis, automaticamente me senti confortada e totalmente segura.
- Não chora não - ele disse sorrindo.
Eu podia passar anos, décadas, meses, dias e horas só olhando aquele sorriso que nunca me cansaria.
- É difícil - disse baixando o rosto.
- Eh, deve ser mesmo - ele disse chamado o garson com um gesto.
- Você também vive longe de seus pais? Perguntei com tom curioso e vi seu rosto mudar.
Depois dessa pergunta, a sua expressão facial mudou, parecia que algo o atormentava.
- Não, é.. Eu não tenho país - ele disse sem transmitir nenhum tipo de emoção em seu olhar como se tivesse a esconder algo.
O garson chegou até nós e ele pediu um chocolate quente, me perguntando se eu queria alguma coisa e eu acenei negativamente a cabeça. O garçon trouxe seu chocolate quente e ele foi tomando.
- Sinto muito por seus pais - eu disse com os olhos ligeiramente cerrados.
- E de onde você vem? Ele perguntou mudando totalmente de assunto.
- Brasil - respondi com uma expressão de orgulho em meu rosto e o sorriso enorme brincando em meus lábios.
- Você é linda, sabe? Ele falou passando suas mãos quentes em meu rosto.
Fechei meus olhos e tentei aproveitar o máximo daquele toque que me fazia vibrar, no mesmo instante senti minhas bochechas queimarem e com certeza já devia parece um pimentão de tão vermelha que eu estava.
- Obrigado - sorri e baixei meu olhar
Ele deu aquele sorriso que eu podia passar a eternidade toda a apreciar e disse: Tu ta toda vermelha Emily.
Eu acho que agora eu já não tô parecendo pimentão e sim um tomate e daqueles bem maduros.
- A.. acho m..melhor eu ir - disse levantando e morrendo de vergonha.
- Eu te acompanho - segurou a minha mão.
Aquele toque, que me fazia querer mais e mais, que me fazia delirar e suar frio eu estava tentando controlar minha emoção, mas tava sendo impossível. (...)
Fomos andando e conversando ao longo do caminho sobre coisas aleatórias até chegar a minha casa que era bem pertinho dali, paramos de frente a minha casa e ficámos nos encarando por alguns segundos até que ele depositou um beijo em minha bochecha e se despediu dizendo que ligaria para mim qualquer dia para irmos sair.
- Obrigada pela companhia - falei sorrindo.
Ele olhou para mim e apenas assentiu se virando e marcando seus passos totalmente confiantes.
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Não Era Pra Ser
RomanceEmily Mitchell uma mulher inteligente racional e bastante confiante, que sempre lotou pelos seus objetivos e que teve que sair de seu país para concluir os seus estudos, mas o que ela não sabia é que isso mudaria totalmente sua vida e que nessa viag...