Erro No Sistema (João Neves E António Silva)

Capítulo 1

Margarida Gomes
Dia 2

Acordo com o som constante da porta, a sério? Podiam acalmar-se um pouco, antes de bater tão violentamente à porta.

A Carolina estava tranquilamente a dormir, e os dois rapazes ainda dormiam, pelo menos pareciam estar a dormir. 

Senti-me mal por aquilo, não queria estragar o início da  visita a Frankfurt, a culpa daquilo foi minha, esqueci-me completamente de avisar a senhoria que vínhamos mais cedo. 

Levanto-me e abro a porta bruscamente, fazendo com que a pessoa batesse na ombreira da porta e não na porta. O Rapaz assusta-se ao perceber que não era a pessoa pretendida, pensei logo que estivesse a procura do António ou do João. 

- Desculpe! - diz o moreno. - Pensei que aqui estivessem o João e o António. - Pensei corretamente pela primeira vez. Eu olho para ele, e ao fundo do corredor, os amigos dele riram-se da avareza dele, mas ele não estava errado. 

- E estão! - digo quando este vira-se de costas para mim, ele olha fixamente para mim e viu-me de pijama, coro, devia estar bonita, com o meu cabelo todo despenteado. 

- Aqueles são rápidos! - disse outro, e eu olho para baixo.

- Bom dia! - o António aparece atrás de mim, e puxa-me para dentro do quarto. - Hugo! - disse ainda. 

- António! - Ele sai do quarto e fecha a porta, o João também vai com ele. Fico atrás da porta a ouvir. Eu sei que é feio, mas a curiosidade foi mais forte, arrependo-me de o ter feito.

- .... Como ficaram com 2 mulheres aí dentro? - Pergunta um, já não ouvi a primeira parte da conversa. 

- Houve um erro no sistema, e tivemos que dividir o quarto. Infelizmente! - disse o João.

- Cabrões nem convidam os amigos. - disse outro.

- Foi uma noite, e além disso não tivemos grandes escolhas, elas não abdicaram do quarto e nós também não. - disse o António.

- Podiam ter chamado o Luisão ele teria resolvido isto. - disse outro.

- Foi apenas uma noite! - disse o António. - E resolvemos o assunto. 

- Gostaste João? - Goza um. 

- Não gostei, gosto da minha privacidade, e aquela loira... Não gostei dela.

- Ele está a exagerar, aliás como sempre. - Continua o António.

- O que vão fazer agora?

- Uma orgia! - disse outro deles.

- Elas são bonitas pelo menos?

- Comem-se. - disse o João. E eu ando para trás.

- João Pedro! - disse o António. 

- Que foi? Pelo menos a cacheada era bonita. Já a loira parecia um palito.

- João Pedro! - Ri outro.

Não gostei da maneira que ele falou da Carolina, ela já tinha problemas de confiança, apesar de ser linda de morrer, mas se ouvisse aquilo acredito que não iria ficar bem, ela é uma língua afiada e não tinha uma trava na língua, mas também tinha sentimentos.