Capítulo 15

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João Neves

MERDA!

O que tenho para dizer, resume-se a uma simples palavra, Merda.

Caralho! Talvez outra bela palavra que resume este momento. 

Merda, merda, merda, porque raio fui eu dizer aquilo?

Eu estava chateado, e aparentemente fora de mim, mas ela deixa-me louco.

Sempre que a vejo, tenho vontade de a estrangular, agarrar no seu pescoço e vê-la a implorar para sobreviver. De todas, repito, todas as Santas Vezes que a vejo, eu quero mata-la de várias maneiras diferentes, porque ela deixa-me louco.

Neste caso em específico, queria matar-me a mim próprio, eu fui mau, cruel, e nos desenhos da Disney, definitivamente seria a Maléfica, ou a Cruela.

Repouso a cabeça na mesa e vejo a minha estupidez milhares de vezes em flashbacks na minha mente e não tenho palavras para isto, simplesmente, não tenho palavras.

Uma coisa era certa, assim que a Margarida soubesse daquele acontecimento, eu iria implorar.

Pago a água e saí do estabelecimento, dei a volta e vejo o meu carro, mas ao mesmo tempo vejo-a a ela, a andar para trás e para a frente para tentar acalmar-se.

Pela Primeira Vez, vi a Carolina a chorar, e não me senti bem com isso, porque sabia que o culpado daquilo era eu.

A minha mente dizia para não ir ao seu encontro, mas o meu corpo suado, queria apenas abraça-la e pedir desculpa.

Não a abracei e não pedi desculpa, sabia que agora mais do que nunca seria difícil aproximar-me dela.

Entrei no carro e conduzo até ao apartamento, onde queria apenas silêncio, encontrei-o escuro e sem vida.

- Está alguém em casa? - Pergunto, mas ninguém me responde.

Fechei a porta, pouso o casaco no cabide da entrada e quando entro para a sala vejo a Margarida sentado no chão a chorar. Queria não ter visto a pobre criatura.

Respiro fundo antes de aproximar-me dela, não seria muito bom conselheiro, mas talvez nem precisasse de dizer nada.

Ela encolheu-se mais e eu sento-me ao seu lado.

- Não quero falar! - diz entre soluços e lágrimas.

- Não precisas! - digo e fico a olhar para os armários mais baixo da cozinha.

Fiquei com ela pelo menos 1 hora, até que por fim ela vira-se para mim.

- Eu gosto do António! - Fofocas!

Viro-me para ela.

- A sério? - Digo surpreendido, já sabia! Não sabem mentir ou ocultar sentimentos.

- A sério! E ele voltou com a Leonor. - disse a limpar as lágrimas.

- Porra... - digo.

- Eu não quero estragar a nossa amizade a dizer que gosto dele, só que...

- Gostas dele... e não queres partir o que já têm, eu percebo. - digo. - Não quero ficar aqui a chorar, mas também não tenho forças para olhar em frente. Como vou reagir quando os vir juntos?

- Amar é complicado Magui, e vai doer muito, acredita em mim, mas tens que conseguir seguir em frente, o António espera que consigas fazer isso, porque um dos melhores amigos tem que estar bem para quando o outro cair o outro levantar. - Estava a dizer aquilo, para ela seguir o conselho tanto com o António como com a Carolina. E era verdade! Tenho o António como "melhor amigo" e quero que ele esteja bem, para quando eu não estiver ele conseguir levantar-me, e vice-versa se tivermos os dois mal, pode ou não correr bem.

- Tens razão. - diz. - Obrigado. Vou conseguir sair disto. - disse.

- Yha, tu consegues Girl. - digo e sinto-me mal novamente.

- O que foi? - Pergunta.

- Não é nada, nada que tenhas de te preocupar. - digo.

- Podes dizer-me.

- Não! Agora é a tua vez de eu erguer.

- O que tu fizeste João? - Sinto-me ofendido.

- Não fiz nada.

- Tu não sabes mentir! - diz a cruzar os braços.

- Está bem, fiz uma coisa errada, com a Carolina. - digo.

- O que fizeste tu?

- Uma coisa cruel. Muito cruel, e quero que saibas que saiu-me sem querer. Não era a minha intenção dizer aquilo.

- Aquilo o quê?

- Ela vai dizer, por isso, espero que não cresça um certo rancor, ou ódio, coisa que sei que vai acontecer, vais odiar-me. E eu não queria isso. Nem queria que a Carolina odiasse tanto, mas eu só faço merda, então... esquece.

- No fundo esse ódio tudo é amor.

- Espera lá, eu não queria discutir tanto - Gesticulei com as mãos e levanto-me. - Até chegarmos ao amor, isso nunca vai acontecer.

- Claro. Pois claro! - disse a levantar-se.

- NÃO VAI ACONTECER! - digo e ela riu-se.

- Calma Jonny, Okay, calma. - disse a gozar comigo.

- Queres comer alguma coisa? - Pergunto.

- Já comi, mas obrigada, vou estudar. - Afirmo e fiquei sozinho, mas sinto-a regressar.

- Foi muito mau?

- Sim foi muito mau. - digo.

- Estás arrependido? - Olho para ela.

- Eu odeio a Carolina, mas não queria atitar-lhe o que disse a cara. Não queria magoa-la com aquilo, eu sei o que é perder alguém.

- Tu não fizeste isso... - Percebeu!

- Margarida foi sem querer. - Ela olhou para mim. - Era por isso que não queria contar, estou envergonhado com isso.

- Ah, espero bem que estejas! Fogo João. - Ela saiu da cozinha e eu suspiro, porra!

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Um capítulo mais pequeno.

Estão a gostar???

Espero que sim, o que acham dos novos casais? António e Leonor?

Será que isto tem perdão, o que o Neves fez? (LEMBRANDO QUE O JOÃO NÃO VAI SER SEMPRE ASSIM)

Digam-me as vossas opiniões, obrigado por comentarem e por votarem, isso ajuda-me muito!

Vou postar mais 2 capítulos hoje. Até Logo

Desculpem algum erro ortográfico

BEIJINHOS DA BIA

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Erro No Sistema (João Neves E António Silva) Onde histórias criam vida. Descubra agora