João Neves
Aquilo era um pesadelo, e acreditem, não estava nem perto de acordar.
Enquanto as duas estavam intretidas nos quartos, eu estava a jogar na sala, pensava que era desta que nunca mais a iria ver, mas para o meu azar, isso não aconteceu e agora eu vivia com a minha inimiga.
Quero chorar e não é de tristeza e de raiva!
O António sentou-se ao meu lado agora já vestido.
- Tiraram-te a privacidade princesa? - disse e ele nega.
- Posso andar nu!
- Iria adorar, já não era a primeira vez! - digo e ele manda-me uma almofada a cara. Fazendo-me perder. - Porra mano, perdi! - disse e ele riu-se.
- Podes dar-te bem com a Carolina.
- Nem pensar! Irrita-la é a cereja no topo do bolo. - digo a voltar a jogar. - Agora que tenho que conviver com ela, vou colocar a vida dela como se vivesse no inferno.
- Que simpático! - disse o António a encostar-se no sofá.
- Como sempre. - digo e ele começa a jogar comigo.
- A Margarida vai dormir comigo. - Admitiu.
- Uau, já posso sair de casa.
- Não, nada disso, eu gosto dela, mas ela só quer ser minha amiga. - disse e eu riu-me.
- Acho que não, mas tu é que sabes. - digo distraído.
- Achas que ela gosta de mim? - Encolho os ombros.
- Não percebo as mulheres. - admito.
- Grande ajuda João! - disse. - E nota-se! - digo. Coço o nariz com a mão e sinto o perfume da pulseira, acreditem ou não, aquilo tinha o perfume da Carolina, L'Interdit (Preto) da Givenchy.
Já tentei lavar aquilo, mas o perfume não saí da pulseira, de maneira nenhuma.
- Já vi que colocaste a pulseira! - disse o António.
- Yha! - digo.
- Estás melhor?
- Saiu-me um peso de cima! - digo.
- Não confiaste nela.
- Pensava que ela nunca iria cuidar da pulseira, mas ela andou com a pulseira durante 2 meses e isso mostra o quê?
- Que não queria que perdesses a pulseira, não sejas tão duro com ela.
- Porquê?
- Porque os pais biológicos da Carolina morreram. E Ela é adotada, então não sejas tão duro com ela.
- Não sabia disso.
- Achas que ela iria gritar isso para todas as pessoas que conhecesse?
- Como é que tu sabes?
- A Margarida disse-me, mas pediu-me claramente para não te dizer.
- E tu és bom ouvinte! - digo irónico.
- Podes dar-te bem com ela? - disse.
- Vou tentar! - digo, ele sorriu e foi-se embora para o quarto, o perfume da Carolina ficou mais forte e eu vejo-a a agarrar um cobertor.
- Isso é para quê? - Pergunto.
- Não tenho uma cama, por isso vou fazer uma. - disse como se fosse óbvio.
- Podes ficar aqui no sofá. - digo.
- Prefiro dormir no chão. - disse.
- Tu é que sabes. - digo a voltar a jogar.
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Erro No Sistema (João Neves E António Silva)
Ficción históricaApós um erro no sistema, tu e a tua amiga, vão ter que dividir um quarto com 2 craques da bola. Será que o primeiro encontro vai correr bem? CONCLUÍDA