Capítulo 45

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Alguns minutos antes
João Neves

Fartei-me de ver o António as voltas e vou para a rua. Respiro o ar frio que rapidamente envolveu o meu corpo, o fumo saía pela porta e assusto-me.

Comecei a caminhar para o carro, quando ouço o choro irregular de uma rapariga, a princípio não quis saber, não me era importante, mas assim que vejo as chaves do meu carro e o telefone da Carolina no chão partido, aí o choro teve toda a minha intenção.

Vejo 2 rapazes, talvez com 1 metro e 90 de altura cada um, quando me aproximo devagar, vejo o que não queria ver, se tivesse sóbrio, pensaria umas mil vezes antes de me aproximar e querer bater em ambos.

Mas quando vejo a Carolina quase deitada em cima de um capô e a Margarida sendo agarrada pelo pescoço eu não controlei a raiva que me consumiu naquele momento.

Fui a correr até eles, e mandei o que estava a agarrar a Carolina ao chão, não me perguntei como, mas ele foi parar ao chão, o outro deu-me um murro e largou a Margarida.

Esta por sua vez puxou a Carolina para dentro do carro, mas a adrenalida de me ajudar superou todo, puxou aquele que me bateu, e acabou no chão.

- Não voltas a tocar na minha namorada. - digo cheio de raiva e a levantar-me para bater mais uma vez num.

- JOÃO PARA. - A voz da Carolina foi ouvida pelos meus ouvidos. Quando percebo estava quase a mata-lo com a Raiva.

Largo um e o outro correu a sete pés, o outro fez o mesmo.

A Carolina que estava no chão, tinha o vestido rasgado, e vários cortes na cara.

Ela levanta o rosto e vejo que estava a sangrar das mãos, aquele chão de pedras doia para caralho.

Levanto-me e vejo a Carolina, o António que chegou entretanto deu atenção a Margarida.

- Não deveria ter-te largado. - dizia.

- És maluco? - A voz da Carolina congelou-me o coração. E eu soube que fiz asneira.

- Devia ter-te ouvido. Não deveria ter entrado. - O Casal foi-se embora, depois de eu ter entrado no carro com a ajuda do António.

- Tens a certeza que não queres que vá contigo.

- Vai para casa António, cuida da Magui, e eu cuido deste.

- Falam como se não estivesse aqui.

- Se fosse a ti estava calado. - disse o António claramente chateado, encolho-me no banco claramente bêbedo.

- Vamos embora. - disse e o António foi-se.

- Vai ser uma longa noite. - digo assim que entro para o quarto.

Encolho os ombros e fico a observá-la.

Carolina Dias

Sigo atrás do António, mas já em Lisboa, seguimos caminhos diferentes, cheguei ao apartamento e estaciono o carro.

- Neves acorda! - digo a abrir a porta do carro, saí, abro-lhe a porta e ele desperta do seu sonho de beleza.

- Sabias que és linda! - disse meio bêbedo. Meio? Muito bêbedo.

- Saí João! - Ele tentou sair, mas ficou preso ao banco, tirei-lhe o cinto e ele beija o meu pescoço.

- Perfeita! MUY HERMOSA.

- Gracias, gracias, mas vamos. - digo a puxa-lo, no elevador, ele abraça-me por trás e aperta o meu rabo, ralho com ele. - Para com isso. - Digo a controlar-me.

Erro No Sistema (João Neves E António Silva) Onde histórias criam vida. Descubra agora