Carolina Dias
Hoje precisamente faz 3 meses em que o Neves foi para o Manchester United, hoje como não tinha ido trabalhar, custou-me mais levantar da cama e não ver o rosto quente dele.
O processo de adoção estava a andar muito devagar e com o tempo a passar e a resposta tardia, sabia que adotar a Leonor estava cada vez mais longe, sinto o meu estômago a virar-se do avesso, e levanto-me as pressas da cama, acabando por não chegar a tempo e vomitar o lava mãos. Porra. Limpo aquilo e sento-me cansada no chão.
O Shelby põe o focinho nas minhas pernas e eu acariciei-lhe.
- Também tens saudades dele? Eu também. - digo, dito isto ouço a campainha tocar. Levanto-me e devagar desço as escadas. - Quem é? - Pergunto.
- É a Doutora Diana, do orfanato cinco estrelas. - Abro a porta rapidamente e esqueço-me que estava de robe.
- Peço desculpa. - digo.
- Tudo bem, nós é que pedimos desculpa, por não ter avisado. - diz. - Mas falamos com o seu marido, e ele deu autorização. - Olho para ela confusa.
Ouço a porta dos fundos abrir e o João a aparecer com 3 sacos de comida.
- Bom dia Doutora. - Eu estava sem perceber nada.
- O processo de adoção foi para o último passo, e deram-vos 2 semanas aqui com a pequena, de 3 em 3 dias alguém virá cá para ver a pequena e depois disso, ela será toda vossa. - A pequena criança saiu do carro com a ajuda do Neves e eu sorri, sorri como se nunca tivesse visto nada igual.
A Leonor corre para os meus braços e abraça-me quando a agarrei.
- Surpresa. - diz ao meu ouvido. A pequena Mini Loira, diz e eu abraço-a com um bocado mais de força.
Ponho-a no chão, e a Doutora foi-se embora.- Quando chegaste? - O Neves beija os meus lábios e abraça-me.
- De manhã, recebi a chamada ontem e disse para a virem entregar, apanhei um avião e vim. - diz a ver a Leonor a correr pela sala a explorar.
- Porque não disseste? Estava aqui com um nó no estômago. - digo.
- Bem, já não precisas amor. Leonor, queres ver o teu quarto?
- Não preparei nada. A criança vai dormir onde? - Pergunto, e ele agarra as minhas mãos, sinto um choque e ele sorriu.
- Tudo bem amor. - diz e eu tento perceber o que de tinha acabado de passar.
Ele guia-nos até um quarto do primeiro andar e quando vi o quarto decorado, olho para ele, que mostrava a pequena o quarto.
- Quanto fizeste isto? - Pergunto ao aproximar-se dele.- Antes de ir. - disse e eu abraço-o, a Leonor aproxima-se de nós e pede colo ao Neves.
Abraça-me e diz;
- Obrigado por me terem adotado. - diz.
- Ainda não somos teus pais.
- Eu sei, mas obrigado, por terem-me escolhido. - disse e ambos beijamos as bochechas dela.
Deixamos-a ali a brincar enquanto fomos para baixo preparar o pequeno-almoço, o Shelby ficou com ela.
Enquanto preparava as torradas vomito-me novamente.
- Estás bem? - Pergunta o Neves a agarrar os meus cabelos.
- Há uma semana que ando assim, vou amanhã ao hospital! - digo.
- Vou contigo. - Limpo a boca e ele abraça-me.
- Obrigado, tinha saudades tuas. - digo e ele sorriu. Lavo os dentes e ele rouba-me um beijo.
Voltámos para a cozinha já com a Leonor e o Shelby.
Demos-lhe comida, e comemos juntos.
Com ela ali a casa ficava cheia, feliz, e precisava daquilo, precisava de luz.
Ainda durante a tarde, fomos passear pelas ruas de Lisboa e a Leonor adorou e o Shelby também amou.
Ela quis ir a praia, por isso fomos com ela a praia.
Jantámos num restaurante ali perto, e regressámos a casa.- Adorei ir a praia. - diz a pequena já no banho.
- Podemos ir quando quiseres. - digo.
- Vou a escola?
- Sim!
- Boa, quero ir a escola. - Sorri. Continuei a dar-lhe banho, e visto-lhe o pijama que ela trouxe.
- Amanhã passámos numa loja e compramos-te roupas novas. - disse o João de olhos fechados.
- A sério?
- Sim. - disse e ela sorriu.
- Não é preciso.
- Claro que é. - digo.
- Eu fico bem com este Carol.
- Eu sei princesa, mas podemos comprar-te algumas peças de roupa, não precisa ser muitas.
- Está bem João. - diz e ambos sorrimos. Deitamo-a e fomos para o quarto depois dela adormecer.
Durante a noite a Leonor veio ter comigo ao nosso quarto.
- Carol estás acordada?
- Agora estou!
- Tive um pesadelo. - O João ressonava, acendo a luz e chamo-a para a cama.
- Queres falar dele?
- Não.
- Já sonhaste com ele? - Afirma. - Bem, já passou, anda cá. - digo e abraço-a, ela acaba por adormecer, adormeço com ela no nosso meio.
Acordo com o Neves a tirar-nos uma foto.
- Hey!
- Fica aí baby e cedo. - diz.
Volto a adormecer já com ele ao meu lado.
- Eu amo-te e desculpa-me por alguma coisa que disse.
- Eu amo-te e desculpa amor.
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Erro No Sistema (João Neves E António Silva)
Ficción históricaApós um erro no sistema, tu e a tua amiga, vão ter que dividir um quarto com 2 craques da bola. Será que o primeiro encontro vai correr bem? CONCLUÍDA