Margarida Gomes
Fui novamente para o quarto, e esqueci-me completamente do que estava a sentir.
Porra!
Lembrei-me.
Era 01 da manhã quando ouço o barulho da porta, queria que fosse a Carolina, mas arrependo-me de ter ido ver quem era.
Ainda vejo o António a rir e a entrar no quarto com a Leonor, rápidamente vieram-me lágrimas aos olhos, entro no quarto novamente, respiro fundo antes de chorar em silêncio.
Ponho uma das mãos a boca, e encontro a parede gelada, deslizo-a até encontrar o chão, dobro as pernas, não me sinto confortável, nem perto de estar feliz.
O coração partido é o pior dos sentimentos, mas já devia estar a prever isto, isto ia acontecer, e eu iria chorar e iria ficar ficar magoada.Não é mesmo a mente a escolher quem gostamos, não é por uma razão lógica, não tem haver connosco.
Eu apaixonei-me pelo António e agora estou a sofrer com isso, porque ele não gostava de mim.
Sentia-me horrível.
Ouço a porta da rua, novamente e os passos lentos fizeram-me perceber quem era. Limpo as lágrimas, e levanto-me, abro a porta, e vejo a Carolina.
Ela fechou a porta no mesmo instante que abro a minha, naquele momento não estava em condições de fazer alguma coisa por ela, estava horrível e ela também e tenho a certeza que ela não queria ouvir-me a chorar por rapazes, quando o assunto dela era pior que o meu.
Foi a primeira vez na nossa amizade que eu não fui atrás dela. Não seria uma boa amiga naquele momento, e eu sei que poderia estar a ser um pouco egoísta, mas achei melhor assim.
A meio da noite, ouço a minha porta a abrir, sinto o perfume da Carolina no ar.
Perfume Poderoso.
- Magui? Estás acordada? - Ligo a luz e ela fechou a porta.
- Não consegui dormir. - Ela afirma.
- Vi a Leonor a sair ainda a pouco, estava na cozinha e vi-os... estás bem? - Neguei e sinto as lágrimas a virem novamente. Ela abraça-me e eu começo a chorar.
- Eu não quero gostar dele! - disse e encolho-me, ela abraça-me com mais força, naquele momento ela estava a ser mais forte.
- Eu sei, mas nós não podemos escolher quem amamos Magui! - disse ao meu ouvido.
- O que eu faço para esquece-lo? - Pergunto, mas ela não me respondeu. - Não posso fazer isso, pois não? - Queria respostas! Sabia que não tinha muitas escolhas, mas queria respostas para aquilo.
- Tens 2 opções Margarida, ou contas-lhe que gostas dele, ou então sais com outras pessoas e manténs a amizade. A segunda opção é burrice, mas é uma escolha que só tu podes fazer. - diz.
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Erro No Sistema (João Neves E António Silva)
Ficción históricaApós um erro no sistema, tu e a tua amiga, vão ter que dividir um quarto com 2 craques da bola. Será que o primeiro encontro vai correr bem? CONCLUÍDA