Capítulo 16

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Margarida Gomes

Fui novamente para o quarto, e esqueci-me completamente do que estava a sentir.

Porra!

Lembrei-me.

Era 01 da manhã quando ouço o barulho da porta, queria que fosse a Carolina, mas arrependo-me de ter ido ver quem era.

Ainda vejo o António a rir e a entrar no quarto com a Leonor, rápidamente vieram-me lágrimas aos olhos, entro no quarto novamente, respiro fundo antes de chorar em silêncio.

Ponho uma das mãos a boca, e encontro a parede gelada, deslizo-a até encontrar o chão, dobro as pernas, não me sinto confortável, nem perto de estar feliz.

O coração partido é o pior dos sentimentos, mas já devia estar a prever isto, isto ia acontecer, e eu iria chorar e iria ficar ficar magoada

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O coração partido é o pior dos sentimentos, mas já devia estar a prever isto, isto ia acontecer, e eu iria chorar e iria ficar ficar magoada.

Não é mesmo a mente a escolher quem gostamos, não é por uma razão lógica, não tem haver connosco.

Eu apaixonei-me pelo António e agora estou a sofrer com isso, porque ele não gostava de mim.

Sentia-me horrível.

Ouço a porta da rua, novamente e os passos lentos fizeram-me perceber quem era. Limpo as lágrimas, e levanto-me, abro a porta, e vejo a Carolina.

Ela fechou a porta no mesmo instante que abro a minha, naquele momento não estava em condições de fazer alguma coisa por ela, estava horrível e ela também e tenho a certeza que ela não queria ouvir-me a chorar por rapazes, quando o assunto dela era pior que o meu.

Foi a primeira vez na nossa amizade que eu não fui atrás dela. Não seria uma boa amiga naquele momento, e eu sei que poderia estar a ser um pouco egoísta, mas achei melhor assim.

A meio da noite, ouço a minha porta a abrir, sinto o perfume da Carolina no ar.

Perfume Poderoso.

- Magui? Estás acordada? - Ligo a luz e ela fechou a porta.

- Não consegui dormir. - Ela afirma.

- Vi a Leonor a sair ainda a pouco, estava na cozinha e vi-os... estás bem? - Neguei e sinto as lágrimas a virem novamente. Ela abraça-me e eu começo a chorar.

- Eu não quero gostar dele! - disse e encolho-me, ela abraça-me com mais força, naquele momento ela estava a ser mais forte.

- Eu sei, mas nós não podemos escolher quem amamos Magui! - disse ao meu ouvido.

- O que eu faço para esquece-lo? - Pergunto, mas ela não me respondeu. - Não posso fazer isso, pois não? - Queria respostas! Sabia que não tinha muitas escolhas, mas queria respostas para aquilo.

- Tens 2 opções Margarida, ou contas-lhe que gostas dele, ou então sais com outras pessoas e manténs a amizade. A segunda opção é burrice, mas é uma escolha que só tu podes fazer. - diz.

Erro No Sistema (João Neves E António Silva) Onde histórias criam vida. Descubra agora