Margarida Gomes
DIA 4Acordo com uma mensagem do António, não queria que fossem embora hoje.
Visto-me depressa e fui até a saída do quarto.
- Onde Vais? - Pergunta a Carolina a acordar.
- Vou despedir-me do António, ele vai embora. - digo e ela afirma ainda sentada. - Vais despedir-te do João? - Provoco.
- Do João? Eu quero é que ele se vá lixar. - disse e eu sorri.
- Para quê tanto amor? - Ela ergue o dedo do meio na minha direção. E eu nego, saí do quarto.
Desço o elevador e cumprimento alguna deles, vejo o António sentado, ele sorriu para mim e eu aproximo-me dele.
- Pensava que estavas a dormir! Não me respondeste! - Pergunta a beijar as minhas bochechas.
- Não queria que fosses sem me despedir. - digo e recebo um abraço do mesmo, sinto o perfume dele invadir os meus sentidos do olfato.
- Vou ter saudades tuas. - diz e eu sorri.
- Eu também vou ter saudades tuas. - digo e ele abraça-me com mais força.
- O teu mau-feitio?
- Deitado! - digo ainda a abraçar-lo. - E o teu?
Aponta para o canto do edifício, com fones. Estava claramente aluado, mas o seu olhar mudou.
Vejo a Carolina, sair do elevador e o Tiago a dirigir-se a ela.
O João pairava o olhar sobre os dois, e tenho a certeza se o Tiago se aproxima-se demasiado, o João iria levantar-se e derrubar de propósito os dois.
Aquele ódio todo era amor puro, eles não queriam é admitir.
Despedi-me do António e quando dei por mim o João já não estava.
O Tiago aproximava-se da Carolina para a beijar nas bochechas, não o fez, os dois são separados pelo João.
- És cego? - disse a Carolina.
- Por acaso preciso de óculos! - diz o João a ir para o exterior.
- Vou voltar a ver-te Carolina? - Pergunta e ela deixa-se sorrir.
- Quem sabe! - disse, o Tiago acenou-lhe apenas e saiu.
- Achas que aquilo foi o quê? - Pergunto para o António que estava distraído com outra coisa.
- Ham? - Diz.
- Burguer. - digo, ele olha para mim. - Achas que aquilo foi o quê? - Pergunto novamente.
- Com o João? Já não sei! - diz. - Magui? - Chamou-me.
- Sim? - Ele beija o canto da minha boca.
- Fala comigo okay? - diz e eu afirmo.
- Sim! - digo, vejo-o entrar no autocarro.
A Carolina estava no lado de fora a falar com o Tiago, que estava dentro do autocarro.
Ele desce para a cumprimentar, mas o Neves desce do autocarro por aquela porta.
- Então Neves, porra! - disse o Tiago.
- Esqueci-me de uma coisa. - disse o João.
- Falta de Respeito. - disse a Carolina.
- Olha queridinha...
- Olha o quê? Deves-te achar muito importante. - disse a Carolina.
- Por acaso até sou.
- Convencido. - diz.
- Nem sou.
- Credo, tu és insuportável. - diz a Carolina.
- Carol, depois falámos! - diz o Tiago.
Ela sorriu apenas e foi para dentro, o Neves já lá estava.
Vejo o António por fim a acenar-me.
Entro no autocarro, já que a maioria ainda não estava.
- Porque vieste tão cedo? - Pergunto a sentar-me ao seu lado.
- Porque assim tenho tempo de descansar um pouco! - diz a agarrar as minhas mãos.
- Tenho sono! - digo.
Ele abraçou-me.
- Não queria ir embora, há tantas coisas que queria dizer! - desabafa.
- Diverti-me muito, mas tu sabes que vais esquecer-me! - digo.
- Não pretendo! A menos que tu o faças não te pretendo esquecer. - diz e eu coro. - Não sei porque mas sinto que vamos encontramo-nos mais vezes. - diz.
- Espero que sim! - digo. - Só espero não encontrar-te na mesma situação. - Ele riu-se, quando olhei a volta já o pessoal estava quase todo no autocarro. - Vou indo. - disse e ele afirma, ele beija as minhas bochechas e eu saí. Vejo o João a correr e a Carolina a mandar-me os sapatos a cabeça. Meu Deus.
- EU VOU MATAR-TE JOÃO PEDRO GONÇALVES NEVES! EU GARANTO-TE! - Ela foi agarrada pelos seguranças.
- Espero para ver! - Ela suspira e vai-se embora, eu aceno ao António e vou para a sua direção, agarro nos ténis dela e corro atrás dela.
Mas o que terá acontecido?
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Erro No Sistema (João Neves E António Silva)
Historical FictionApós um erro no sistema, tu e a tua amiga, vão ter que dividir um quarto com 2 craques da bola. Será que o primeiro encontro vai correr bem? CONCLUÍDA