Capítulo 18

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Margarida Gomes

Acordei na manhã seguinte, cheia de dores, tento encontrar o meu telemóvel, mas supôs que estivesse na minha mala que estava no chão, matei-me mentalmente. Não devia beber!

Sento-me e vejo um copo de água, um bilhete e medicamentos, vejo uma sandes embrulhada em prata.

Carolina!

"OLÁ, FUI SAIR, FUI COMPRAR UMAS COISAS PARA O MEU QUARTO, COME E DEPOIS TOMA OS MEDICAMENTOS, O TEU TELEMÓVEL ESTÁ NA MALA, ADORO-TE E MELHORAS, ATÉ LOGO

AH JÁ AGORA É A CAROLINA"

Só podia ser a Carolina.

Como a sandes sem vontade e bebo um pouco de água, tomo os medicamentos para a resseca, e depois vou tomar banho, estava horrível, cheirava a álcool.

Quando abro a porta o António estava no chão do Hall.

- O que foi? - Pergunto.

- Estava a pensar numa coisa. - disse.

- No quê? - digo a levar o copo para a máquina de lavar que estava na cozinha. Ele seguiu-me.

- Podíamos ir almoçar.

- E a tua namorada?

- Saiu para Londres.

- Sou a tua segunda opção agora? - Aquilo saiu-me? Saiu.

- Desculpa não ter-te dado atenção. - disse do outro lado da ilha.

- Tudo bem, a tua namorada é mais importante. - digo com ciúmes.

- Estás bem? - Pergunta.

- Estou com uma grande ressaca. - digo.

- Queres tomar alguma coisa? - Pergunta.

- Já tomei. A Carolina deu-me antes de sair. - digo brusca.

- Estás chateada comigo? - Pergunta.

- Porque pensas isso?

- Estás a ser arrogante. - disse.

- Eu sou assim. - digo.

- Não tu não és.

- Talvez não me conheças assim tão bem. - digo a olhar para ele.

- Talvez não conheça de todo. - disse.

- Pois. Se calhar não. - disse e ele tenta falar, mas desiste. Saiu da minha vista, fechei os olhos e tento perceber o que tinha acontecido ali. 

Tivemos a nossa primeira discussão.

Volto para o meu quarto e arrumo a cama, tinha que sair dali.

Despachei-me para sair, e fui até a um café ali perto. Peço um café e um bolo.

Não tinha mesmo vontade de regressar ao apartamento, pelo menos durante algumas horas, apanho um uber e vou visitar os meus pais que moravam, em Cascais.

Cheguei a mansão, e fico mais surpreendida pelo tamanho da casa. Toco a campainha.

E a minha mãe Laura abre a porta.

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Erro No Sistema (João Neves E António Silva) Onde histórias criam vida. Descubra agora