Carolina Dias
Ainda bem que saí daquela casa. Entrei no bar um quarto de hora antes, mais valia assim.
- Sabes que não pago por chegares adiantada! - Assusto-me com a voz do Pedro.
- Eu sei! - digo.
- Tudo bem? - Pergunta. Afirmo. Ele regressa ao escritório e eu fico ali.
- Podes ajudar-me? - diz o André atarefado.
- Só entro daqui há 15 minutos.
- Eu sei, mas ajuda-me, apareceu uma equipa de futebol e eles estão um bocado apressados. - disse a encher bebidas.
- Uma equipa de futebol? - Pergunto.
- Não são, mas são muitos. - Olho para ele e vou ajudá-lo, quando vou para o balcão, eu quis ir embora.
- Menina, pode chegar aqui!
- Eu avisei. - disse o André.
- Podes ir lá tu? - Pergunto. - Se for lá sou capaz de o matar. - digo.
- Não posso, o Pedro, pediu-me umas coisas.
- Também te posso matar a ti.
- Somos só os 2 hoje, por favor, Carol, ia lá, mas não posso. - disse e entrou no armazém, trabalhava naquele bar desde os os 17 anos, e sim, ia de propósito a Lisboa trabalhar, o Pedro era amigo dos meus pais adotivos, conhecia o André para aí a uns meses.
Respiro fundo antes de me dirigir a mesa, onde estavam quase todos ps amigos homens do João, o António não estava.
- Demoraste muito! - diz o João..
- Vais dizer o que queres ou tenho que demorar mais? - Pergunto.
- Que mau atendimento. - Provoca. Respiro fundo e fechei os olhos, volto a abrir e olho para outro.
- Já sabem o que vão pedir? - Pergunto.
- Também estás no menu? - Pergunta um velho noutra mesa. Viro-me para ele.
- Tenho cara de quem está?
- Para mim sim!
- Posso chamar a polícia também, o que acha? - Pergunto e o velho saiu. - O que vão querer? - Pergunto novamente, se o Neves quer irritar-me, escolheu um dia péssimo, trabalhar num bar a noite era horrível.
- Quero uma coca cola!
- Quero uma água com gás!
- Pode ser o mesmo.
- Uma coca cola ou uma gás com gás?
- Água com gás.
- E tu? O que queres? - Pergunto ao Neves.
- Isso é maneira de falar com um cliente?
- Vais pedir ou não? - Pergunto irritada.
- Fazem cafés com chantilly?
- Claro, e queres com canela ou sem? - Gozo.
- Com se faz favor.
- Vais querer também uma cereja no topo? - Pergunto.
- Porque não! - diz e eu sorri. Retiro um café preto, que coisa que sabia que não gostava, pôs espuma do leite, e por cima pôs pimenta, já que tínhamos snakes, no topo pôs uma cereja, estava no fundo do frigorífico, deve estar boa, levo as bebidas.
Entrego as bebidas e a dele foi a última.
- Espero que gostes, é oferta da casa! - digo a prender o sorriso, vou para trás do balcão, e o André aproxima-se de mim.
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Erro No Sistema (João Neves E António Silva)
Ficción históricaApós um erro no sistema, tu e a tua amiga, vão ter que dividir um quarto com 2 craques da bola. Será que o primeiro encontro vai correr bem? CONCLUÍDA