Capítulo 12

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Carolina Dias

Ainda bem que saí daquela casa. Entrei no bar um quarto de hora antes, mais valia assim.

- Sabes que não pago por chegares adiantada! - Assusto-me com a voz do Pedro.

- Eu sei! - digo.

- Tudo bem? - Pergunta. Afirmo. Ele regressa ao escritório e eu fico ali.

- Podes ajudar-me? - diz o André atarefado.

- Só entro daqui há 15 minutos.

- Eu sei, mas ajuda-me, apareceu uma equipa de futebol e eles estão um bocado apressados. - disse a encher bebidas.

- Uma equipa de futebol? - Pergunto.

- Não são, mas são muitos. - Olho para ele e vou ajudá-lo, quando vou para o balcão, eu quis ir embora.

- Menina, pode chegar aqui!

- Eu avisei. - disse o André.

- Podes ir lá tu? - Pergunto. - Se for lá sou capaz de o matar. - digo.

- Não posso, o Pedro, pediu-me umas coisas.

- Também te posso matar a ti.

- Somos só os 2 hoje, por favor, Carol, ia lá, mas não posso. - disse e entrou no armazém, trabalhava naquele bar desde os os 17 anos, e sim, ia de propósito a Lisboa trabalhar, o Pedro era amigo dos meus pais adotivos, conhecia o André para aí a uns meses.

Respiro fundo antes de me dirigir a mesa, onde estavam quase todos ps amigos homens do João, o António não estava.

- Demoraste muito! - diz o João..

- Vais dizer o que queres ou tenho que demorar mais? - Pergunto.

- Que mau atendimento. - Provoca. Respiro fundo e fechei os olhos, volto a abrir e olho para outro.

- Já sabem o que vão pedir? - Pergunto.

- Também estás no menu? - Pergunta um velho noutra mesa. Viro-me para ele.

- Tenho cara de quem está?

- Para mim sim!

- Posso chamar a polícia também, o que acha? - Pergunto e o velho saiu. - O que vão querer? - Pergunto novamente, se o Neves quer irritar-me, escolheu um dia péssimo, trabalhar num bar a noite era horrível.

- Quero uma coca cola!

- Quero uma água com gás!

- Pode ser o mesmo.

- Uma coca cola ou uma gás com gás?

- Água com gás.

- E tu? O que queres? - Pergunto ao Neves.

- Isso é maneira de falar com um cliente?

- Vais pedir ou não? - Pergunto irritada.

- Fazem cafés com chantilly?

- Claro, e queres com canela ou sem? - Gozo.

- Com se faz favor.

- Vais querer também uma cereja no topo? - Pergunto.

- Porque não! - diz e eu sorri. Retiro um café preto, que coisa que sabia que não gostava, pôs espuma do leite, e por cima pôs pimenta, já que tínhamos snakes, no topo pôs uma cereja, estava no fundo do frigorífico, deve estar boa, levo as bebidas.

Entrego as bebidas e a dele foi a última.

- Espero que gostes, é oferta da casa! - digo a prender o sorriso, vou para trás do balcão, e o André aproxima-se de mim.

Erro No Sistema (João Neves E António Silva) Onde histórias criam vida. Descubra agora