Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo

8 - Coisa de vó

HEEEEY

FELIZ NATAL!!!

Espero que esteja sendo uma semana legal para todo mundo e se por acaso não for o caso fica aqui meu desejo para um natal mais legal ano que vem.

Queria dizer que comi quantidades antinaturais de comida, então a revisão desse capítulo ficou um pouco com Deus, perdoem qualquer erro por aí e as frases estranhas que talvez ainda continuem pelo meio do texto HAHAHAHAHA

Boa leitura, beijinhos da Imbigo

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Quando eu chego a Cachorrinhos Caramelo pela manhã, o primeiro que faço é me mover com destino certo até o local onde Belinha está internada, simplesmente não fui capaz de dormir bem durante toda a noite, checando no celular a todo momento o estado da cachorrinha.

Não é a primeira vez e nem será a ultima que preciso lidar com um caso delicado ao lado de Teresa, isso aconteceu inúmeras vezes e em algumas acompanhamos por semanas internações de pacientes lutando pela vida. É definitivamente algo com o qual eu deveria estar acostumada o suficiente para não perder o sono, mas não sei, sempre existem esses casos específicos que roubam minha atenção de uma forma forte o suficiente para que eu pense sobre eles quase 24 horas por dia.

A cirurgia que eu e Teresa realizamos em Belinha com a ajuda de Camila foi algo fora do habitual, não sei se alguém antes já conseguiu se sair bem em condições semelhantes se tratando de cachorros, apenas vi algo no mesmo sentido em humanos, então não é como se eu conseguisse ir para casa e seguir a vida com normalidade.

E eu não sou a única, não sou sequer a mais exagerada.

Quando chego a enfermaria dou de cara com Teresa e Camila lado a lado com os olhos atentos a cachorrinha, que ainda se encontra em coma induzido até que seu cérebro esteja em condições boas o suficiente para a acordarmos.

Eu percebo que Teresa deve ter chegado muito cedo para seu habitual, mas Camila é pior ainda, ela veste as mesmas roupas do dia anterior e seus olhos levemente inchados deixam claro que sua noite se resumiu a vigiar Belinha de perto.

-Bom dia, Pedro. – Eu cumprimento baixinho um dos nossos plantonistas. Ele foi o responsável pelo plantão da última noite então é a pessoa certa para responder minhas dúvidas. – Que horas as duas chegaram aqui?

-Bom dia, Lauren. – Ele responde com um sorriso cansado, seu turno está quase terminando e eu sei que ele vai precisar de boas horas de sono para compensar o trabalho madrugada a dentro. – Teresa chegou cinco da manhã e Camila simplesmente ficou com a gente a noite inteira, ela é gente boa.

Ele parece nutrir alguma simpatia por minha trainne após a noite de trabalho e isso me faz sorrir, concordando com a cabeça, ela é muito simpática quando quer. É o tipo de pessoa que após apenas uma noite consegue criar o tipo de afinidade que faz alguém sério como Pedro sorrir com suavidade enquanto coça a barba grisalha bem aparada.

-Bom, obrigada e bom descanso para você e sua equipe. – Falo em um tom amigável e ele me deseja um bom trabalho.

São sete da manhã, então sei que preciso arrastar as duas para que elas fiquem apresentáveis o suficiente para a nossa próxima consulta, marcada para as oito da manhã. Apesar de estarem vidradas com o caso de Belinha, sei que também não vão querer perder um caso de linfoma.

Apesar de se tratar de um dos principais tumores em cães consistindo principalmente em um crescimento neoplásticos das células linfóides de órgãos como fígado, o baço, os linfonodos e a medula óssea, ele acaba se tornando especialmente desafiador devido o fato de que os linfócitos existem em qualquer tecido corporal, portanto o linfoma pode se desenvolver em qualquer órgão.