25 - Coitadinha

7.2K 810 1.9K
                                    

HEEEEEY

Minha namorada ameaçou me dar uma porrada, um tiro, um murro no olho, ameaçou me atropelar, me jogar da janela do terceiro andar, dar uma paulada na minha cabeça, tudo isso se eu não atualizasse rápido. Como sou uma mulher obediente aqui estou eu hehehe

Quem massacrou a souzinha no capitulo passado é muito canalha, suas canalhas, a bichinha está tentando suas insensíveis, eu sei capoeira viu, se falarem mal da minha bichinha vão se ver comigo

Boa leitura e beijinhos da Imbigo!!!

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-

Chego em casa naquela noite sentindo os músculos protestarem pelo dia cansativo e os dias de sono precário daquela semana. Toda a questão com Camila tem me feito perder preciosas horas de descanso.

Depois de tomar um banho rápido eu começo a pensar no que fazer para o jantar, um macarrão parece ótimo e prático o suficiente. Quando estou prestes a colocar a água para ferver escuto a campainha do apartamento, estranhando não receber uma ligação da portaria. Provavelmente se trata de Normani ou Dinah.

Vou até a porta despreocupada e quase saio correndo da minha própria casa ao dar de cara com Camila e uma sacola do meu restaurante favorito de massas.

- Boa noite. – Ela deseja não esperando que eu a convide para entrar antes de invadir meu apartamento com muita segurança. – Trouxe o jantar, nós temos que conversar.

Fico a olhando e piscando perdida. Ela é mesmo muito nariz em pé. Após lavar as mãos, começa a mexer em meus armários a procura de pratos para nos servir, enquanto eu continuo parada na porta do apartamento.

- Camila.....

- Não, primeiro a comida. – Ela aponta para a mesa com o queixo, uma expressão decidida em seu rosto bonito.

Não tenho intenção de discutir e pela sua cara eu sei que se não seguirmos seu plano ela vai me dar uma paulada, então aceito a proposta. Nós comemos em silêncio ou em meio a conversas despretensiosas sobre pacientes da clínica. Ela é até boa demais em fingir que nada está acontecendo, seus sorrisos são cheios e sua expressão despreocupada. Após terminarmos eu tomo mais do suco que ela pegou em minha geladeira e Camila me chama com um gesto para o sofá.

- Helena te falou alguma coisa? – Eu pergunto sem jeito, me sentindo envergonhada por não ter tido coragem de conversar obrigando a amiga da trainee a falar por mim. Mas pela expressão que Camila me joga eu percebo que não foi por causa da loira que ela acabou em meu apartamento.

- Não, Helena não me disse nada. Eu apenas não consegui passar outra noite com essa impressão de que algo entre nós duas está muito errado. Helena tinha algo para me dizer?

- Nós conversamos sobre uma coisa que anda me incomodando, ela me disse que eu deveria falar com você. – Explico por alto e a mulher ao meu lado no sofá concorda com a cabeça, suspirando levemente.

- Certo....eu fiz algo errado, fiz algo que te incomodou, tenho impressão que está me evitando e queria saber qual é o motivo? – Ela pergunta suavemente, me fazendo mexer desconfortável. Logo lembro da conversa de mais cedo com Helena, seu conselho sobre conversar, o problema é que quando eu abro a boca as palavras simplesmente não vem. Em meu casamento com Maitê eu sei que eu a frustrei sexualmente, não quero fazer outra vez, não quero perder Camila antes mesmo de conseguir conquistá-la por inteiro. Tenho certeza que vai soar ridículo que uma mulher que foi casada tanto tempo ainda se sinta insegura com essas coisas por isso minha garganta trava e se recusa a colocar para fora.

- Não foi nada, você não fez nada, é uma coisa minha, besteira. – Falo baixinho, encolhendo os ombros. Ela suspira e encosta as costas no sofá em uma atitude cansada que eu imito.

Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo Onde histórias criam vida. Descubra agora