29 - Pipoca

7.9K 758 1.1K
                                    

Escrevi esse capítulo um pouco apressada, então desculpem se tiver uns trem errado aí no meio, me concedam licença poética.

Sobre as cenas mais íntimas eu sei que vocês gostam de safadezas bem safadas, mas eu não me dou muito bem escrevendo assim, tem um monte de fanfic muito boa que vai entregar isso a vocês, por aqui é só boiolice e comédia besta hahahahaha

Boa leitura, beijinhos da Imbigo!!!

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-

A clínica está estranhamente vazia, eu olho ao meu redor um pouco desconfiada, mesmo que não faça sentido nenhum, não gosto de quando as coisas estão assim tão tranquilas, sempre parece o prenuncio de uma tragédia.

- Aqui está tão tranquilo hoje. – Helena comenta em uma voz relaxada, bebendo do café que Camila acabou de fazer na copa.

Eu, Dinah, Lena e Kara congelamos em nossos lugares. A loirinha ainda não sabe, mas é uma espécie de mandamento velado, você nunca pode dizer em voz alta que as coisas estão tranquilas.

- Que foi? – Camila pergunta curiosa ao perceber nosso jeito tão amedrontado. Ninguém tem coragem de responder, nós quatro ficamos atentas, a tensão em nossos corpos aumentando progressivamente conforme esperamos por vários segundos em meio ao silêncio cheio de agouro.

Por alguns segundos escutamos apenas os barulhos normais da clínica, nenhuma luz piscando, nenhuma sirene, nenhum cliente em desespero, mesmo assim não nos deixamos abandonar a atitude cuidadosa. Eu e Lena trocamos um olhar, não precisamos ser verbais sobre ele, somos as mais experientes, eu sei que ela está dizendo que a trainee acabou de nos meter em uma enrascada.

- Vocês estão começando a me assustar. – Helena comenta um pouco amedrontada e eu faço sinal para ela ficar quieta, talvez seja só superstição, não é como se tivesse alguém ouvindo essas coisas pronto para mandar uma tragédia.

Estou quase relaxando quando nossos celulares começam a apitar.

- Puta que pariu. – Dinah reclama com uma careta. – Você NUNCA pode dizer que as coisas estão tranquilas, estagiária, isso atrai coisa ruim. – Dinah explica para uma Helena que pisca várias vezes em confusão.

- Isso é lenda. – Ela diz acuada, mas mesmo que tente se defender, consigo enxergar a culpa em seus azuis.

- Então porque tem um helicóptero vindo nos pegar em 10 minutos? – Eu pergunto com um sorrisinho desanimado, sem acreditar na mensagem que leio em meu celular.

- Que? Como assim? – Camila pergunta se esforçando para pegar a informação no próprio aparelho que estava ainda escondido em seu bolso do jaleco branco.

- Um ônibus de transporte de animais perdeu o controle na chuva e desceu serra a baixo com os cachorrinhos, boa parte deles são nossos clientes, os tutores se juntaram, querem a gente lá desde os primeiros socorros, os feridos ainda estão sendo resgatados.

Assim que termino de explicar, respiro fundo tentando organizar as coisas em minha própria cabeça antes de me mover para fora da copa e rumo ao consultório para pegar meus materiais.

As outras seguem meu exemplo então em poucos segundos todas nós deixamos a copa e nos apressamos pela clínica a fora.

- Estão mandando um helicóptero para pegar a gente? – Camila pergunta em uma voz hesitante, apressando o passo para me seguir.

- Exatamente.

- Não era mais fácil trazer os pacientes para cá de helicóptero?

- Pelo que eu entendi eles estão feridos e ainda estão sendo resgatados, também devem ter humanos feridos, não sei, apenas sei que os tutores querem a gente acompanhando desde lá.

Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo Onde histórias criam vida. Descubra agora