13 - Correia dentada da bateria

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HEEEEEY

Primeira coisa, uma pessoa que disse que estava passando mal de rir no capítulo passado, disse que tinha asma e nunca mais comentou....você está viva????

Eu sempre soube que se eu matasse alguém seria de rir.....

Agora falando sério, fiquei feliz com o quanto pareceram se divertir com o capítulo passado.

Boa leitura e beijinhos da Imbigo

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-Lauren, você pegou sarna de algum cachorro? Não para de se remexer. – Dinah reclama quando mais uma vez eu me mexo desconfortável na cadeira. Faz algum tempo que estou tentando permanecer parada, mas existe uma coisa esquisita sobre coceiras e essa coisa é que elas parecem ainda mais intensas quando você sabe que não pode se coçar. Chega a se tornar agonia, uma espécie leve de tortura, começa como algo normal, aquele pequeno pinicar que infelizmente vai se enfezando, como uma pessoa carente que não admite ser ignorada, o leve se torna mais intenso, algumas pontadas, que levam a comichões, e finalmente se tornam queimação te enchendo dessa agonia louca que te obriga a se remexer para experimentar do prazer momentâneo do alívio.

Que delícia se coçar pelo menos um pouquinho.

-Não....foi apenas uma reação alérgica leve. – Respondo vaga, torcendo para ela ficar por aí, meu sonho era que as pessoas entendessem que respostas assim existem por um motivo, quando alguém não te expõe de maneira objetiva o que você perguntou de maneira objetiva é bem óbvio que não é da vontade da pessoa ser clara sobre o assunto em questão.

A loira me olha meio de lado e logo é acompanhada por Helena e Camila que parecem tão curiosas quanto ela, a resposta vaga sempre tem o efeito contrário, ao invés de dispersar acaba atraindo, o que não é dito com toda a intenção de não se dizer é sempre mais suculento de se descobrir. Droga, eu sou fofoqueira, sei exatamente o que aqueles olhares significam, não vou conseguir escapar sem me explicar.

Tento achar em minha mente uma forma de falar sem parecer tão humilhante, mesmo que aquele seja um assunto que deveria soar normal entre amigas, não sou exatamente a pessoa mais aberta, alguns assuntos me deixam toda travada e envergonhada. Não quero falar da minha Laurenzinha careca e insatisfeita.

-Foi a depilação né, amiga. – Matheus me atravessa, chegando a conclusão com facilidade. As três mulheres ao nosso redor arregalam os olhos conforme minhas bochechas tomam cor. Pelo menos isso me livra de ter que falar com todas as letras.

-Jennifer me obrigou....

-Você tem um encontro? – Helena pergunta, seus olhos azuis brilhando para meu lado. Por que será que as pessoas assumem isso com tanta facilidade, eu poderia simplesmente ter feito por vontade própria.

Claro que no meu caso isso nunca aconteceria, eu nunca passaria por aquela dor maldita do cão dos infernos por vontade própria, mas ela não sabe desse fato.

-Na verdade eu tive um encontro, um encontro do qual eu não tinha ideia que precisava ir. Quando saí da clínica estética Jennifer me avisou de surpresa que tudo estava marcado e apenas me enviou a localização em que eu precisava estar. – Bufo, remexendo a comida de um lado para o outro, voltando a me mexer desconfortável. As coisas lá embaixo estavam pinicando um pouco, aparentemente o tecido da calcinha em contato direto com a pele tinham levado a reação alérgica que estava controlada, mas ainda assim incomodava de maneira considerável.

-Conte tudo não esconda nada!!! – Helena exclama e eu a olho de canto, suspirando. Não tem muito o que dizer, eu sou horrível com encontros e a mulher era doida, é apenas mais um capítulo da comédia de humor duvidoso que é a minha vida.

Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo Onde histórias criam vida. Descubra agora