calm child.

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Sebastian ⊂⁠(⁠´⁠・⁠◡⁠・⁠⊂⁠ ⁠)⁠∘⁠˚⁠˳⁠°

Observo atentamente enquanto Scarlett atende a ligação de sua mãe, Freya. Há uma tensão palpável na frieza de sua saudação, indicando uma relação carregada de complexidades não resolvidas. O nome "Freya" ilumina a tela do celular, revelando uma história profunda entre mãe e filha.

À medida que Freya expressa a necessidade de ajuda, Scarlett responde de maneira distante, recusando a proposta de um encontro presencial. A dificuldade de comunicação entre elas é evidente, como se as emoções fossem um código difícil de decifrar.

Como psicólogo, observo essa interação com a compreensão de que as dinâmicas familiares são intrincadas. A barreira na comunicação reflete não apenas a distância geográfica, mas também uma desconexão emocional. O celular, nesse momento, é mais do que um dispositivo de comunicação; é uma ponte frágil entre passado e presente, repleta de desafios a serem explorados nas sessões futuras.

Não sei o que a mãe dela está falando mas vejo sua inquietação e falo.

Sebastian: Scarlett, se precisar de um momento para lidar com essa situação, estarei aqui quando você estiver pronta para continuar nossa conversa.

Ela coloca o celular de lado.

Scarlett: desculpa mesmo- fala pegando sua bolsa

Sebastian: Vou te mandar uma mensagem pelo número da ficha para te mandar o relatório.- falo na intenção de avisar que mandarei mensagem pra ela.

Ela se afasta e fala no celular de novo saindo da sala e me deixando sozinho, espero que não seja nada sério.

...

Entre um paciente e outro aquela morena não saia de minha cabeça, sem pensar duas vezes pego meu celular e mando o relatório para ela.

Sebastian:Aí está seu relatório

°arquivo°

Scarlett:certo

Me sinto mau por aquele dia, acho que devo recompensa-la de alguma forma.

Eu quero muito vê-la de novo.

Sebastian: Tô te devendo uma

Vejo que ela visualiza e não responde.

Será que naquele dia fui muito rude com ela?

Isso faz eu me lembrar da briga com Maria, ainda estou na casa do lago...
Não entendo o por quê de eu não querer ir pra casa.

Sinto uma pontada de apreensão ao ligar para Maria, mas o tom repetitivo da chamada não é acompanhado pelo reconfortante som de sua voz. A ligação vai para a caixa postal, e a ausência de resposta deixa um nó de preocupação em meu peito.

Respiro fundo, tentando dissipar a inquietação, e decido enviar uma mensagem simples, expressando meu desejo de falar e reafirmando meu amor por ela. Enquanto aguardo uma resposta, uma torrente de pensamentos invade minha mente, questionando o que pode ter desencadeado esse silêncio.

"Oi, amor. Tentei te ligar e percebi que não atendeu. Estou aqui, querendo falar e entender como você está. Ligue-me quando puder. Te amo."
...

Ao sair da área psiquiátrica, próximo à recepção, minha mente continua mergulhada nas reflexões sobre a situação com Maria e as complexidades da terapia com Scarlett. O corredor se estende diante de mim, e uma mistura de emoções preenche o ar.

Enquanto me aproximo da recepção, percebo o zumbido constante das conversas e a movimentação ao meu redor. A secretária me cumprimenta com um sorriso, mas meus pensamentos ainda estão envolvidos na busca por respostas.

Sinto uma vontade de checar novamente o celular, como se a resposta de Maria estivesse à espera. O peso da incerteza persiste, mas tento manter a compostura enquanto avanço para a próxima parte do meu dia, onde as linhas entre a vida profissional e pessoal se entrelaçam de maneira complexa.

Ao continuar meu caminho, mergulhado em pensamentos, acabo colidindo novamente com Scarlett em um canto isolado, causando um tremor momentâneo. O encontro é mais intenso desta vez, e sinto a tensão aumentar no ar ao nosso redor.

Scarlett parece surpresa, e nossos olhares se encontram em meio à atmosfera carregada de emoções não ditas. Há um silêncio breve enquanto ambos processamos o impacto do encontro acidental.

Sebastian: Desculpe, Scarlett. Estou um pouco distraído hoje.

Tremo por um momento, sentindo não apenas o impacto físico, mas também a vibração emocional que permeia o espaço entre nós. O canto isolado torna-se um cenário simbólico para a complexidade de nossas vidas entrelaçadas, onde as colisões físicas refletem as turbulências emocionais que enfrentamos.

Scarlett, ainda processando o impacto da colisão, deixa escapar um pensamento silencioso:

Scarlett: Não posso explicar tudo o que sinto. As palavras parecem insuficientes para traduzir a bagunça dentro de mim.-  fala quase como um sussurro.

Seus olhos encontram os meus por um instante, revelando a complexidade de suas emoções. O canto isolado torna-se um refúgio momentâneo onde as barreiras da comunicação verbal se desfazem, permitindo uma conexão mais profunda entre eles.

Ao observar Scarlett, percebo de imediato seu tremor e a intensidade do suor que se manifesta. Uma onda de preocupação instantânea me atinge, e me aproximo dela com cautela, buscando entender o que está acontecendo.

Sebastian: Scarlett, está tudo bem? Você parece estar passando por algo intenso. Posso ajudar de alguma forma?

Minha visão focaliza nela, e enquanto tento decifrar seus sinais, o canto isolado transforma-se em um espaço de urgência compartilhada. A preocupação em meu olhar reflete não apenas a colisão acidental, mas também a prontidão para oferecer apoio diante do que quer que ela esteja enfrentando.

Diante da intensidade das emoções de Scarlett, decido agir por instinto. Aproximo-me e a abraço suavemente, tentando transmitir uma sensação de apoio e conforto.

Sebastian: Calma, criança. Estou aqui para você.

Entretanto, as emoções de Scarlett atingem um ponto crítico, e lágrimas começam a rolar por seu rosto. Em um momento de sobrecarga emocional, ela desaba e desmaia nos meus braços.

A seguro com cuidado, sentindo a fragilidade do momento. O canto isolado, que antes era apenas um espaço físico, transforma-se em um cenário de vulnerabilidade compartilhada. Tento entender o que desencadeou essa reação tão intensa em Scarlett, enquanto permaneço ali, segurando-a com delicadeza.

Nessa situação urgente, decido ligar para a emergência médica em busca de assistência imediata para Scarlett.

Sebastian: Precisamos de ajuda médica aqui. Minha colega desmaiou e está precisando de atendimento.

...

Permaneço em silêncio, observando atentamente cada movimento dos enfermeiros enquanto prestam os cuidados necessários a Scarlett. Minha expressão revela uma mistura de preocupação e expectativa, ansioso por qualquer sinal positivo sobre o estado dela.

O canto isolado torna-se um espaço onde o silêncio fala mais alto, enquanto a equipe médica realiza seu trabalho. A incerteza sobre o que desencadeou a situação intensa paira no ar, e aguardo, esperando que a intervenção médica traga estabilidade e esclarecimento.

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