Autora🦜
Enquanto Spencer permanece escondida sob a mesa, ela ouve o som de passos se aproximando e o barulho crescente dos primeiros socorros chegando ao local. A tensão em seu corpo é palpável, e ela precisa se manter atenta para qualquer sinal de perigo ou oportunidade de fuga.
O caos começa a se acalmar à medida que a polícia e os paramédicos chegam ao cassino, e a sirene das ambulâncias preenche o ambiente. Spencer decide que é o momento certo para agir. Ela espia cuidadosamente pela borda da mesa, observando a movimentação dos socorristas e dos agentes de segurança que tentam controlar a situação.
Com um rápido olhar, ela nota uma rota de fuga possível: uma porta de emergência ao fundo da sala, parcialmente bloqueada por algumas cadeiras e mesas derrubadas. Spencer sabe que precisa ser rápida e discreta para evitar chamar a atenção para si mesma.
Reunindo toda a sua coragem, Spencer se move com cautela, deslizando para fora de seu esconderijo e se abaixando atrás de um grupo de pessoas feridas que estão sendo atendidas pelos paramédicos. Ela avança lentamente em direção à porta, tentando se misturar com a multidão e manter-se fora do alcance dos olhares dos agentes de segurança.
À medida que se aproxima da porta, Spencer sente seu coração acelerar novamente, não apenas pelo medo, mas pela esperança de que sua fuga será bem-sucedida. Ela finalmente alcança a porta de emergência e a abre cuidadosamente, verificando se o corredor do outro lado está seguro.
Com um suspiro de alívio, ela entra no corredor e começa a se afastar do cassino. A adrenalina ainda pulsa em suas veias, e ela sabe que precisa encontrar um lugar seguro para se esconder e planejar seus próximos passos. O corredor está escuro e silencioso, e Spencer aproveita a oportunidade para recuperar um pouco o fôlego.
Enquanto caminha pelos corredores do cassino, Spencer tenta conectar os pontos sobre o que acabou de acontecer. O tiroteio foi uma verdadeira carnificina, e ela se sente aliviada por ter conseguido neutralizar o atirador, mas a preocupação com a segurança dos outros e com a situação fora do cassino ainda pesa sobre seus ombros.
Ao se aproximar da saída do cassino, Spencer percebe uma sala de segurança, onde uma câmera de vigilância está transmitindo imagens ao vivo. Ela decide verificar a sala para obter mais informações sobre o que está acontecendo fora do cassino e se há alguma forma de garantir sua segurança e a dos outros.
Enquanto observa as imagens das câmeras, Spencer vê uma visão preocupante: vários agressores ainda estão em movimento fora do cassino, e a situação parece longe de estar sob controle. Ela sabe que não pode ficar ali por muito tempo e que precisa de um plano para garantir sua segurança.
Com essa nova informação, Spencer se prepara para deixar a sala de segurança e buscar uma maneira de escapar do cassino sem ser detectada. Ela respira fundo, reunindo suas forças para enfrentar os desafios que ainda estão por vir, determinada a sobreviver e proteger aqueles que ainda estão em perigo.
Com a adrenalina pulsando em suas veias, Spencer se move entre as mesas e objetos espalhados pelo cassino, buscando uma rota de fuga e tentando proteger os civis ao seu redor. A cada passo, a dor da ferida na barriga é aguda, mas sua determinação em ajudar os outros a supera a dor.
Ao virar uma esquina, ela se depara com um grupo de pessoas encurraladas pelos atiradores. Spencer se abaixa, esforçando-se para manter a calma e guiá-los para um local mais seguro. No entanto, um atirador que ela não havia notado antes aponta a arma para ela. Ela tenta se mover para o lado, mas é tarde demais. A bala atinge sua barriga, e o impacto a faz cair no chão com um grito abafado, a dor a atordoando.
Mesmo com a dor e a fraqueza começando a dominá-la, Spencer se recusa a desistir. Com um esforço tremendo, ela puxa sua arma com mãos trêmulas, sua visão começando a embaçar. Determinada a não deixar que sua luta seja em vão, ela se ergue com dificuldade, apoiando-se em uma mesa próxima para se manter em pé.
Com a respiração ofegante e a visão borrada, Spencer mira na direção do atirador que a feriu. O esforço é quase insuportável, mas ela aperta o gatilho com precisão. A bala atinge o atirador, que cai imediatamente, permitindo que a situação ao seu redor comece a se acalmar um pouco.
Sentindo-se fraca e com a visão se estreitando, Spencer se arrasta para um local mais seguro, apesar da dor intensa e da perda de sangue. Ela tenta manter a consciência, determinada a garantir que os civis estejam a salvo e que sua missão tenha algum propósito.
Antes de desmaiar, Spencer olha ao redor, o ambiente ao seu redor se tornando cada vez mais escuro. Ela sente um misto de exaustão e alívio, acreditando que sua luta e esforço não foram em vão. A ajuda finalmente começa a chegar, mas a escuridão a envolve lentamente, enquanto ela se entrega ao desmaio.
Spencer acorda no hospital, com a luz fria e estéril das lâmpadas acima dela, as máquinas emitindo um som rítmico ao seu redor. A dor em sua barriga é insuportável, e a fraqueza torna difícil até mesmo abrir os olhos. Ela tenta lembrar-se de onde está, o caos do cassino ainda fresco em sua mente, mas há uma pergunta que não consegue deixar de fazer.
Spencer: Scarlett... onde... onde está Scarlett? – ela murmura, com a voz baixa e entrecortada pela dor.
O médico que monitora seus sinais se aproxima, uma expressão de preocupação visível em seu rosto.
Médico: Scarlett? Quem é Scarlett? – ele pergunta, tentando manter a calma enquanto faz uma anotação no prontuário.
Spencer tenta responder, mas sua visão começa a escurecer, as palavras presas em sua garganta. Sua mão treme ao tentar alcançar o médico, mas então, sua consciência começa a se esvair.
Médico: Spencer? Você consegue me ouvir? – a voz dele parece distante, como se ecoasse ao longe.
De repente, as máquinas ao redor começam a emitir sons de alarme, os monitores que registram seus sinais vitais piscam em vermelho, indicando falhas. A equipe médica corre para estabilizá-la, mas Spencer já está à beira da inconsciência.
Médico: Ela está entrando em choque! Precisamos estabilizá-la agora! – o tom de urgência na voz do médico faz o ambiente parecer ainda mais caótico.
Antes que Spencer apague completamente, ela tenta, em vão, dizer o nome de Scarlett mais uma vez.
Enquanto Spencer está à beira da inconsciência, ela começa a ter uma visão turva e fragmentada. A luz fria do hospital desaparece e, em seu lugar, ela vê um reflexo distorcido de seus pais, David e Elaine Astor. Eles estão em um ambiente nebuloso, como se estivessem flutuando em um espelho quebrado.
Ela vê o rosto de seu pai, David, com uma expressão serena, mas com uma tristeza silenciosa nos olhos. Sua mãe, Elaine, está ao lado dele, com um olhar preocupado e distante. Ambos parecem imersos em um espaço etéreo, e seus reflexos não se movem ou falam. Eles estão apenas lá, como figuras sombrias em uma paisagem nebulosa.
Spencer tenta estender a mão para alcançá-los, mas eles permanecem fora de seu alcance, suas formas se distorcendo com a névoa ao redor. A visão é dolorosa e confusa, uma mistura de saudade e uma sensação de perda imensa.
Com a dor ainda pulsando em seu abdômen e a fraqueza tomando conta de seu corpo, Spencer sente as lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto tenta se concentrar em seus pais. A imagem deles começa a desaparecer lentamente, tornando-se cada vez mais difusa, enquanto a escuridão a envolve novamente.
Ela dá uma última olhada para os reflexos, seus pais agora quase invisíveis, e então a escuridão se fecha completamente sobre ela, levando-a para longe do vislumbre de seu passado.
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Dinastia
RomanceScarlett Astor sempre viveu sob as rígidas expectativas de sua família no Canadá. Desde cedo, sua vida foi marcada por escolhas feitas por outros, moldando-a em uma jornada de busca por liberdade e identidade. Em meio às pressões familiares, Scarlet...