father, please tell me the truth

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Scarlett 🦠

Desligo o celular, e meus olhos encontram os de Sebastian. A expressão dele, incrivelmente sexy, intensifica o ambiente já carregado. Cada detalhe, desde a forma como ele segura o sanduíche até o olhar penetrante, cria uma atmosfera eletricamente carregada entre nós.

Sebastian: Scarlett, você mal tocou no sanduíche. Precisa comer algo, está se esforçando muito hoje.- fala me tirando do transe

Scarlett: Eu sei, Sebastian, mas a emergência está intensa, e estou focada nos pacientes.

Sebastian: E você acha que vai ajudar alguém se desmaiar de fome? Vai, dê uma pausa, recarregue suas energias.

Scarlett: Está bem, está bem. Só algumas mordidas.- falo pegando o sanduíche em sua mão.

Sebastian observa enquanto dou algumas mordidas no sanduíche. O sabor é um tanto distante, perdido entre a intensidade da emergência e as preocupações que ainda ecoam em minha mente. No entanto, a presença reconfortante de Sebastian ao meu lado cria uma pausa momentânea na tempestade ao meu redor.

Sebastian: Veja, não é tão difícil. Precisa cuidar de si mesma, Scarlett.

Scarlett: Eu sei, Sebastian. Às vezes, apenas me envolvo tanto no trabalho que esqueço de cuidar de mim mesma.

Sebastian sorri, e a atmosfera se torna mais leve, mesmo que apenas por um breve momento. Enquanto continuo a comer, percebo que sua presença é um tipo de alívio em meio ao caos da sala de emergência.

Sebastian: Sabe, Scarlett, às vezes é preciso lembrar que somos humanos. Não apenas médicos ou profissionais de saúde. Todos precisamos de um momento para recarregar.

Scarlett: Você está certo. E obrigada por trazer isso à tona. Pode parecer bobagem, mas faz diferença.

A conversa flui entre mordidas e sorrisos, proporcionando uma fuga temporária das demandas da sala de emergência. O suco de uva oferece um toque refrescante, e sinto uma pequena onda de energia renovada.

Sebastian: Está se sentindo melhor?- fala puxando a touca cirúrgica de minha cabeça, revelando meu cabelo preso em um coque.

Scarlett: Sim, um pouco. Obrigada, Sebastian.- falo um pouco timida

Sebastian: Sempre. Somos uma equipe, lembra? Estamos nisso juntos.

...

O plantão de 52 horas é uma jornada de resistência e determinação. A exaustão se insinua a cada momento, mas mantenho a mente focada nas emergências que chegam sem cessar. A água se torna minha aliada, substituindo o café que nunca fez parte do meu ritual.

Enquanto as histórias dos pacientes se desdobram, a linha entre o dia e a noite se apaga. Cada chamado é uma corrida contra o tempo, e a sala de emergência é preenchida com uma sinfonia incessante de alarmes e vozes que demandam ação imediata.

A camaradagem com a equipe é uma bússola em meio à fadiga persistente. Cada um de nós compartilha o peso da responsabilidade, conscientes de que a exaustão não é uma opção quando vidas estão em jogo.

A noção de tempo se dissolve, e a escuridão da sala de emergência é interrompida apenas pelos clarões dos monitores. O corpo pede descanso, mas a missão de aliviar o sofrimento impulsiona cada passo.

O amanhecer, que deveria trazer alívio, é apenas uma transição para mais desafios. A luz do sol encontra uma sala ainda ocupada por histórias de dor e urgência. A água, agora mais essencial do que nunca, mantém a clareza necessária para enfrentar cada novo caso.

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