lo siento mamá me puso azúcar

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Sebastian 🍯

Ao entrar em casa, sinto o vazio que me consome. Caminho lentamente até a cozinha enquanto Puff me segue, e acabo encontrando uma bermuda minha no chão com um rombo.

Sebastian: Você comeu a bermuda? – digo, indignado, olhando para Puff.

Ele simplesmente mia.

Sebastian: Ah, claro. Porque nada diz "sou um gato responsável" como devorar a roupa do dono – murmuro, pegando a bermuda e examinando o estrago.

Puff, com seus grandes olhos inocentes, lambe a pata, totalmente alheio ao caos que causou.

Sebastian: Sabe, Puff, pensei que havíamos superado a fase de destruição de roupas. Mas aparentemente, você está se especializando em moda alternativa – ironizo, jogando a bermuda no cesto de roupa suja.

Puff mia novamente, como se estivesse concordando com a minha observação.

Sebastian: Ótimo, então você realmente acha que rombos em bermudas vão virar tendência? – continuo, enquanto abro a geladeira em busca de algo para comer.

Puff se espreguiça e salta para a bancada, observando-me com aquele olhar despreocupado de quem não deve explicações a ninguém.

Sebastian: Se você conseguir fazer disso um sucesso, prometo te dar uma porcentagem dos lucros – digo, revirando os olhos. – Talvez a gente possa até lançar uma linha de roupas 'Puff Couture'.

Enquanto preparo um sanduíche, Puff se acomoda na bancada, aparentemente satisfeito por ter minha atenção, mesmo que seja pelas razões erradas.

Sebastian: Só não vá começar a roer meus sapatos também, ok? Um gato estilista já é difícil de explicar. Um gato sapateiro seria demais – comento, dando uma mordida no sanduíche e rindo da ironia da situação.

Puff mia novamente, dessa vez com um som mais suave, quase como se estivesse rindo junto.

...

O sanduíche não tem mais o mesmo gosto. Coloco o prato de lado e passo a mão pelo pelo macio de Puff, encontrando um pouco de conforto na sua presença.

Sebastian: Vamos torcer para que ela volte logo – murmuro.

Puff ronrona suavemente, como se entendesse a tristeza em minha voz. Levanto-me da cadeira e, com Puff ainda em meus calcanhares, caminho até a sala. Sento-me no sofá e o gato pula no meu colo, aninhando-se confortavelmente.

Sebastian: Sabe, Puff, eu mal conheço a Scarlett, mas essas semanas foram... intensas – comento, acariciando-o atrás das orelhas. – mas não consigo parar de pensar nela, no seu corpo cheio de cicatrizes.

O silêncio da casa parece ainda mais profundo agora. As memórias daquela única noite juntos ainda estão vivas na minha mente. A maneira como suas cicatrizes contavam histórias que ela não quis compartilhar. A intensidade de seus olhos, a fragilidade que ela tentou esconder.

Sebastian: Talvez seja loucura, Puff. Conhecê-la há tão pouco tempo e já sentir esse vazio quando ela não está aqui – sussurro, sentindo um aperto no peito.

Fecho os olhos por um momento, tentando afastar a sensação de perda e traição. Puff, percebendo minha tristeza, lambe minha mão, oferecendo seu silencioso consolo. Agradeço mentalmente por sua companhia. Mesmo que ele seja um pequeno destruidor de roupas, ele ainda é meu amigo fiel.

Sebastian: Obrigado por estar aqui, Puff. Acho que, de algum modo, você entende – digo, sorrindo levemente.

...

Scarlett (⁠◕⁠ᴗ⁠◕⁠✿⁠)

Acordo lentamente, meus olhos se abrindo para um quarto que parece ter saído de outra era. O teto alto está adornado com molduras delicadas e elegantes, e um lustre de cristal pende no centro, suas facetas refletindo a luz suave do amanhecer.

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