stop fucking with my life

9 2 0
                                    

Sebastian 🐓

Dirigindo pela estrada deserta, o farol do carro corta a escuridão da noite enquanto me afasto da casa de Scarlett. O silêncio dentro do carro é ensurdecedor, contrastando com o turbilhão de pensamentos que se agitam em minha mente. As luzes da cidade brilham ao longe, uma promessa de civilização em meio à solidão da estrada.

O vento sopra suavemente pelas janelas entreabertas, trazendo consigo o aroma fresco da noite. As estrelas cintilam no céu escuro, pontilhando o firmamento com sua luz distante. Enquanto o asfalto se estende à minha frente, cada quilômetro percorrido parece trazer-me mais perto da minha própria introspecção.

Os pensamentos sobre o que aconteceu na casa de Scarlett dançam em minha mente, Aquela mulher vai ser minha, si ao menos ela me desse uma brecha...

Lembro-me das vezes em que a vi em seu jaleco de médica, onde os detalhes do seu corpo ficam um pouco mais ocultos. Mas agora, com a imagem dela na minha mente, consigo perceber os contornos suaves do seu corpo, os seios parecendo um pouco mais cheios e a curva da sua bunda, agora mais evidente. A lembrança de sua pele morena e um sorriso no rosto tentando manter a calma, sem comer quase o plantão todo, mesmo em meio ao caos do hospital, me faz desviar por um instante o olhar da estrada.

Enquanto me aproximo de casa, uma sensação de alívio mistura-se à incerteza que ainda paira sobre mim. A luz amarelada dos postes de rua ilumina o caminho até a entrada, como um farol a guiar-me de volta à segurança do lar. Mas mesmo ali, na familiaridade do ambiente doméstico, sei que as questões que me assolam não serão facilmente resolvidas.

Giro a chave do carro e permaneço sentado por um momento, envolto pela quietude da noite. As sombras dançam ao redor, brincando com os limites da percepção. Respiro fundo, tentando encontrar a calma dentro do caos que se agita em meu interior.

Maria se recusa a sair da desgraça dessa casa.

Saio do carro e me aproximo da entrada da casa, Enquanto me aproximo, vejo a luz fraca da sala se filtrando pelas cortinas semiabertas. Suspiro antes de colocar a chave na fechadura e girá-la, abrindo a porta lentamente.

Ao adentrar a sala, sou recebido pelo som da televisão, que está ligada em volume baixo. Maria está deitada no sofá, os olhos fixos na tela enquanto assiste a uma novela. Seus traços estão tensos, e percebo que ela ainda não notou minha presença.

Sebastian: Maria, seus três dias já acabaram. Você precisa sair da minha casa agora!

Maria: Mas, Sebastian, eu não tenho para onde ir!

Sebastian: Isso não é mais meu problema. Você teve tempo suficiente para encontrar uma solução.

Maria: Mas eu tenho direitos aqui também, Sebastian!

Sebastian: Direitos? Os únicos direitos que você tinha eram os que conquistamos juntos durante nosso casamento. E agora, depois de tudo o que você fez, esses direitos acabaram.

Maria: Eu nunca me senti realmente amada por você, Sebastian!

Sebastian: Eu trabalhava igual um louco para de dar as suas jóias, viagens e bancar a porra dos seus luxos! Você não tem ideia do que é amor verdadeiro, Maria. Agora, pegue suas coisas e saia da minha casa antes que eu chame a polícia!

Maria levanta-se do sofá e desfere um tapa forte em meu rosto, interrompendo o fluxo dos meus pensamentos. Sinto o impacto do golpe ecoar pelo ambiente, seguido pelo ardor agudo em minha bochecha.

Meus olhos se estreitam enquanto encaro Maria, vendo a fúria refletida em seu olhar. Minha mente lateja com a indignação diante da agressão inesperada, mas mantenho minha compostura, reprimindo o impulso de revidar.

DinastiaOnde histórias criam vida. Descubra agora