Capítulo 22

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Arkyn pov

Numa linda manhã de céu completamente nublado sem nenhum resquício da presença do sol para alegrar o dia, eu, Soluço e Melequento estávamos voando até uma ilha que, pelas palavras do Jorgenson, estava lotada de caçadores de dragão.

Melequento: É logo ali em frente.

Soluço: Lembrem-se, temos que nos aproximar com cuidado, eles podem estar nos esperando

Melequento: Essa é a missão mais fácil do mundo. Nós chegamos, acertamos os caçadores e voltamos ainda para almoçar.

Arkyn: Seria muito bom se fosse assim.

Soluço: Seria, e apesar de apreciar seu entusiasmo, Melequento, eu-

Melequento: Vamos lá, Dente-de-Anzol - eles avançam.

Arkyn: Quando você vai aprender que o Melequento não ouve?

Soluço: Olha só quem fala - nós voamos até a ilha rochosa e possamos nela, logo descendo dos dragões. Olhamos ao redor e tudo que vimos foi somente três jaulas de dragões e mais nada.

Arkyn: Quase não dá para andar de tão lotado que está.

Soluço: Parece abandonado.

Melequento: Este lugar estava cheio de caçadores hoje de manhã. Tem algo errado.

Soluço: Você viu alguma coisa? Dragões?

Melequento: Não.

Arkyn: Maravilha - os dragões começam a rosnar.

Soluço: Talvez tenha alguma coisa errada - de repente, um rugido de dragão ecoa de dentro da caverna a nossa frente. Nós caminhamos até lá com Melequento resmungando atrás.

Melequento: Acho que já vimos o suficiente desse lugar, talvez seja hora de voltar, o que acham?

Soluço: Isso foi ideia sua.

Melequento: Mas isso foi antes de ouvir os gritos arrepiantes de dragões.

Arkyn: Tá' com medo?

Melequento: Quem? Eu? Nunca, apenas prezo pela segurança de meus amados colegas - arqueio uma sobrancelha para ele.

Subitamente, outro rugido pode ser escutado e nós seguimos até sua origem, chegando numa caverna com diversas jaulas, algumas contendo dragões e foi exatamente numa dessas que Melequento quase infarta com um Picada Veloz.

Melequento: Uma perguntinha, como nós vamos libertar esses dragões selvagens sem sermos comidos.

Soluço: Tem que ter algum botão ou alguma alavanca em algum lugar.

Eu e Soluço nos aproximamos das jaulas enquanto Melequento vai na direção contrária, encontrando uma alavanca e a puxando, fazendo surgir um portão de ferro do teto da caverna, prendendo eu,  Soluço e nossos dragões na recém aparecida jaula.

O Jorgenson puxa a mesma alavanca para cima e isso libera um gás roxo. Banguela e Clava tentam atirar no portão de ferro, mas aparentemente ele era a prova de dragão. Começo a sentir meu corpo mole e caio no chão, podendo ver Soluço se ajoelhar perto de mim e abraçar meu corpo enquanto me chamava.

A última coisa que consigo ouvir antes de tudo escurecer é Soluço mandando Melequento buscar ajuda. Após isso, sou envolto em escuridão.

Acordo um tempo depois, não sei se passaram apenas alguns minutos ou horas, mas ainda sinto meu corpo um pouco mole. Sinto que estou deitado em cima de algo.

Ao olhar para cima, noto o os olhos de Soluço me observando, aparentemente estou deitado em suas pernas. Ao ver-me acordado, ele solta um suspiro aliviado.

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