Put Your Head On My Shoulder

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Brindamos e bebemos

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Brindamos e bebemos. Nos lembramos dos bons momentos, rimos de algumas histórias e lembranças maravilhosas que nos moldaram através do tempo. Quando a garrafa se encontrou vazia ambos já estávamos meio alterados pelo álcool mas como as crianças não estavam em casa não havia com o que se preocupar... né?

— Pode... pode cantar para mim? — Elvis perguntou com a cabeça no meu ombro e os olhos azuis fechados.

— Claro que sim. O que quer ouvir? — Perguntei enquanto acariciava seus cabelos negros e admirava seus cílios compridos.

— Algum gospel... — Ele respondeu.

Respirei fundo e comecei a cantar baixinho alguns gospels conhecidos, alguns hinos da Harpa e não sei exatamente em qual dessas ele acabou se rendendo ao sono.

Fiquei assim por mais alguns minutos, em silêncio apenas pensando em tudo um pouco e em nada ao mesmo tempo. Quando meu ombro ficou dormente eu decidi levantar e conduzi o Elvis sonolento até a cama.

Como já estava noite tranquei as portas e fechei as janelas da casa. Fui até o closet, peguei a minha roupa de dormir, a roupa de dormir do Elvis e deixei tudo pronto para tomar um banho quente.

Fui até o meu querido marido que estava dormindo de bruço tranquilamente. O chacoelhei bruscamente o fazendo resmungar coisas sem sentido.

— Elvis, banho. — Falei o ajudando a se levantar e o conduzindo para o banheiro, por mais que nem mesmo eu conseguisse ficar em pé eu o ajudei.

Fechei a porta do banheiro e quando voltei minha atenção para Elvis corri até ele o impedindo de se sentar no chão.

— Não, não, não, não, não! — Falei o segurando firmemente pelo braço. — Não sente, se você sentar eu não vou conseguir te levantar.

— Você não manda em mim. — Ele falou e eu revirei os olhos.

— Sim eu mando agora tire a roupa. — Ordenei.

— Por que você não vem tirar? — Ele falou e eu levantei as sobrancelhas. — Qual é gata, já faz algum tempo desde a última vez.

— Algum tempo? Última vez? Não sei do que você está falando. — Me fiz de sonsa e ele se aproximou de mim e segurou a minha cintura com força.

— Você sabe exatamente do que estou falando satnin. — Ele me puxou agora mais perto e começou a beijar o meu pescoço.

— Elvis, você está bêbado e eu não vou dormir com você assim. — Falei o afastando e ele suspirou dramáticamente.

Um silêncio pesado se formou e ele me encarava de uma forma assustadora, eu estava me sentindo um pedaço de bife bem temperado era desesperador de certa forma. Só Deus sabe o que passava de baixo daqueles cabelos, dentro daquela cabecinha.

— Pode parar de me olhar assim? — Perguntei.

— Assim como?

— Como se... — Parei de falar. — Esquece isso, agora tire a roupa e entre no chuveiro.

— Mas...

— Agora Elvis! — Aumentei o tom de voz e ele assentiu.

Ele começou a se despir com um rosto aparentemente nada feliz enquanto resmungava com raiva.

— Você nem liga mais pra mim. Ninguém me ama, as crianças me abandonaram. Você não me ama mais. — Ele resmungou terminando de se despir.

Me despi rapidamente e entrei no chuveiro o ligando em uma temperatura agradável. O puxei para dentro do box comigo e o empurrei para debaixo do chuveiro o que o fez despertar e o deixando mais sóbrio. Peguei o frasco de shampoo e coloquei um pouco do líquido na minha mão.

— Deixa eu lavar o seu cabelo? — Perguntei e ele assentiu.

Comecei a esfregar os longos cabelos negros do meu garoto que não parava quieto nem por um segundo.

— Elvis! — Falei rindo quando ele chacoalhou os cabelos jogando a espuma do shampoo por todos os lados.

Enquanto eu enchaguava os cabelos dele de condicionador fiquei o olhando com um sorriso bobo no rosto, ele estava de olhos fechados e a água do chuveiro escorria por todo o seu corpo.

— Sinto que estou sendo observado. — Ele falou sorrindo e saindo de baixo do chuveiro.

— E está. — Eu disse desligando o chuveiro. — Agora não posso mais admirar?

— Não mesmo senhorita. — Ele disse me entregando uma toalha.

— Por que?

— Tem que pagar, cindo dólares uma hora. — Ele disse saindo do banheiro com a toalha enrolada na cintura.

— Então vou usar uma venda. — Falei saindo do banheiro apenas de roupão.

Elvis estava de pé ao lado da cama penteando os cabelos para trás em um topete, quando terminou colocou o pente em cima do criado mudo e foi até o banheiro para escovar os dentes.

— O que vamos fazer amanhã? — Perguntei pegando a minha escova de dentes e ele deu de ombros.

Quando terminei de fazer as minhas higienes saí do banheiro e fechei a porta.

— Eu vou levar J.A para a escola e depois podemos sair para almoçarmos em algum lugar. — Ele deu a ideia e eu sorri.

Me parecia perfeito. Nem me lembro a última vez que fizemos algo parecido, desde que tivemos as crianças nunca mais agimos como dois adolescentes apaixonados que saem para passear e namorar.

Nossa relação não esfriou, apenas viramos pais. É difícil um casal ser um casal quando ambos têm muito trabalho a fazer e quatro crianças em casa. Sinceramente nem me lembro a última vez que fiz... coisas de adulto com o meu próprio marido e isso me deixa muito... assustada.

— Adorei essa ideia. Como nos velhos tempos. — Falei me sentando na beirada da cama e Elvis que já estava deitado me olhou com as sobrancelhas levantadas. — No nosso próximo aniversário de casamento vamos para o Hawaii está bem? Faz tempo que não vamos em terras havaianas.

— Isso me parece ótimo.

Me deitei e apaguei a luz do meu abajur que estava mantendo o quarto iluminado mas logo virou um breu.

— Lisa... — Ele falou se levantando em meio a escuridão e eu só via a sua sombra se movendo pelo quarto de um lado para o outro. — Eu não estou bem.

Me levantei rapidamente e fui até ele tropeçando em tudo que tinha no quarto.

— Está passando mal? O que está sentindo? — Perguntei e acendi a luz do quarto.

— Eu não sei... — Ele falou e simplesmente desmaiou me fazendo gritar ao vê-lo cair no chão.

Comecei a entrar em desespero, liguei para a emergência que atenderam rapidamente e enquanto eles não vinham eu fiquei abraçada ao corpo dele balançando para frente e para trás enquanto eu chorava e soluçava.

— Não, não, não me deixe... você, você prometeu, prometeu que nunca mais me deixaria... — Falei com a voz trêmula e a visão embaçada pelas lágrimas. — Meu amor... não me deixe E.P, fica comigo, fica comigo.

Tudo parecia estar em câmera lenta, um pesadelo sem fim. Os médicos o levando enquanto falavam sobre alguma coisa que eu não entendi. Fiquei sentada no carpete do quarto enquanto os médicos o levavam, até que alguém me ajudou a levantar e quando eu tentei ir atrás dos médicos essa pessoa me segurou.

Eu me esperneava, gritava, berrava e me debatia mas não adiantou, eles o levaram sem mim e talvez... sem vida.

[ Nota da Autora: Eu oficialmente inicio uma maratona 🏃 para vocês!!!!! Se preparem para correr em uma estrada de drama por que eu acordei e decidi que essa história esta precisando de um draminha para quase matar vocês do coração kkkkk]

Can't Help Falling In Love - Elvis PresleyOnde histórias criam vida. Descubra agora