Put Your Head On My Shoulder [02]

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- Peguei para você Betinha

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- Peguei para você Betinha. - Disse Vernon me entregando um copo de café e se sentando ao meu lado. - O que... o que aconteceu lá?

Olhei para as minhas mãos que seguravam o copo de café preto, abri a boca mas nenhuma palavra saiu, me recostei na cadeira desconfortável daquele hospital, olhando para a recepção onde duas enfermeiras atendiam os telefones, olhei para as janelas de vidro a neve caindo e por fim olhei para Vernon que esperava pacientemente a minha resposta.

- Estávamos conversando...

(- Adorei essa ideia. Como nos velhos tempos. - Falei me sentando na beirada da cama e Elvis que já estava deitado me olhou com as sobrancelhas levantadas. - No nosso próximo aniversário de casamento vamos para o Hawaii está bem? Faz tempo que não vamos em terras havaianas.

- Isso me parece ótimo.

Me deitei e apaguei a luz do meu abajur que estava mantendo o quarto iluminado mas logo virou um breu.)

- Nos deitamos e ele disse que não estava se sentindo bem. Foi repentinamente...

(- Lisa... - Ele falou se levantando em meio a escuridão e eu só via a sua sombra se movendo pelo quarto de um lado para o outro. - Eu não estou bem.

Me levantei rapidamente e fui até ele tropeçando em tudo que tinha no quarto.

- Está passando mal? O que está sentindo? - Perguntei e acendi a luz do quarto.)

- E então, ele desmaiou...

(- Eu não sei... - Ele falou e simplesmente desmaiou me fazendo gritar ao vê-lo cair no chão.

Comecei a entrar em desespero, liguei para a emergência que atenderam rapidamente e enquanto eles não vinham eu fiquei abraçada ao corpo dele balançando para frente e para trás enquanto eu chorava e soluçava.)

- Eu fiquei desesperada... foi e está sendo a pior sensação da minha vida.

(- Não, não, não me deixe... você, você prometeu, prometeu que nunca mais me deixaria... - Falei com a voz trêmula e a visão embaçada pelas lágrimas. - Meu amor... não me deixe E.P, fica comigo, fica comigo.

Tudo parecia estar em câmera lenta, um pesadelo sem fim. Os médicos o levando enquanto falavam sobre alguma coisa que eu não entendi. Fiquei sentada no carpete do quarto enquanto os médicos o levavam, até que alguém me ajudou a levantar e quando eu tentei ir atrás dos médicos essa pessoa me segurou.)

- Ah Beth, eu sinto muito. - Vernon falou me abraçando e eu chorei silenciosamente. - Eu sinto muito.

Ficamos assim por mais alguns minutos, até um médico com uma ficha se aproximar da recepção para falar com uma das enfermeiras.

Me levantei e fui até ele sendo seguida por Vernon, quando me aproximei o médico me olhou da cabeça aos pés e levantou as sobrancelhas.

- Posso ajudar? - Ele perguntou com certa ironia.

- Sim o senhor pode, eu quero ver o meu marido. - Falei firme porém com respeito.

- E quem seria o seu marido garotinha? - Ele falou e senti o meu sangue ferver mais do que água de fazer café.

- Garotinha? Eu exigo que tenha um pouco mais de respeito senhor e me chame de senhora Presley, então me diga a onde está o meu marido? - Eu falei mantendo o tom de voz.

- Desculpe mas o senhor Presley não pode receber visitas neste momento. - Ele falou.

- Então pelo menos diga como ele está ou você não é médico suficiente para saber? - Vernon perguntou e eu levantei as sobrancelhas com deboche para o doutor.

- Ele teve um desmaio, o desmaio pode ter sido causado por inúmeros fatores como por exemplo, pressão baixa, falta de alimento, emoções muito fortes, uso de diuréticos em doses altas entre muitos outros. Mas nós fizemos alguns exames rápidos e simples, a falta de alimentação, exposição a uma emoção muito forte e ingerir bebidas alcoólicas foram a causa do desmaio repentino. - O doutor explicou e algumas lágrimas escaparam dos meus olhos. - Não a nada com que se preocupar senhora Presley, ele vai ficar bem, ele está tomando soro, alguns remédios para ansiedade e alguns analgésicos para as dores.

- Espere... o senhor disse dores? - Perguntei.

- Sim, ele estava reclamando de algumas dores e uma certa dificuldade para respirar, isso não tem a ver com o desmaio, talvez não seja nada. - O doutor falou preenchendo uma ficha.

- E se for algo? - Vernon tirou as palavras da minha boca.

- Se for, só veremos em algum tempo ele não está na melhor forma e sua imunidade não é uma das melhores então vamos focar em reestabilizar a saúde do rapaz, isso é fundamental e é com você senhora Presley. Ajude a mantê-lo na linha com uma alimentação saudável, frutas, legumes, peixe...

- Não. - Falei alto demais interrompendo o doutor que chegou a se assustar. - Desculpe, o que eu queria dizer é que ele não come peixe.

- Ah, bem, mas o peixe não é algo insubstituível, ele pode ser trocado por outras coisas também. E praticar exercícios físicos também é algo muito importante, praticar algum esporte e alguns jogos que trabalhem habilidades e desenvolvimento mental e motora também são fundamentais. - O doutor falou e eu assenti com um sorriso sem mostrar os dentes.

- Quando eu vou poder vê-lo? - Perguntei me controlando para não chorar.

- Quando ele acordar, está dormindo agora, eu mando alguém vir chamá-la assim que ele despertar. Até mais. - Ele disse antes de sair com passos rápidos e desaparecer em um dos longos corredores.

Aguardei na recepção por mais ou menos umas duas horas e meia junto com Vernon que insistia para eu voltar para casa e dormir. Mas eu não podia, não podia deixá-lo. Eram mais ou menos umas nove horas da noite quando os médicos o trouxeram para cá e agora já são seis horas e alguns minutos da manhã.

Já fazem umas 10 horas que estamos aqui e até agora eu não o vi. Bom, só até uma enfermeira com um rosto simpático aparecer na recepção e olhar em volta procurando por alguém, quando seus olhos encontraram os meus ela se aproximou com um sorriso no rosto.

- Elizabeth Presley? - Ela perguntou e eu me levantei rapidamente assim como Vernon.

- Sim sou eu mesma. - Me apressei em dizer.

- O Doutor Nick me disse para vir chamá-la, o senhor Presley acordou.

Can't Help Falling In Love - Elvis PresleyOnde histórias criam vida. Descubra agora