DESEJO ASSASSINO

40 - C o l i s ã o

AVISO
IMPORTANTE O CAPÍTULO 38 NAO FOI POSTADO AUTOMATICAMENTE PELO WATTPAD. VOLTE 1 CAPÍTULO PARA TER UMA MELHOR EXPERIÊNCIA.

The Weeknd - Prisoner

Você traz o bem pra minha vida solitária,

honestamente

É difícil pra mim olhar nos seus olhos

Quando eu digo que eu seria nada sem o seu amor

Eu sinto a emoção e é tão incrível

Riley Donovan

Eu estou muito próximo de infartar ou de explodir. Meu sangue está sendo bombeado muito rápido e isso faz parecer que meu corpo vai entrar em colapso.

É uma sensação horrível, só não é pior que a frustração seguida da raiva que está pesando em meu consciente. Chery parou de nos responder, simplesmente não tivemos resposta dela. Os caminhos que minha mente percorre estão me deixando muito próximos de um abismo escuro que vai me deixar cego caso eu me deixe cair nele.

— Eu juro pelo meu sangue Jacob, que se algo acontecer com ela eu vou matar você.

Não consigo evitar a selvageria na minha voz. Tão pouco consigo assimilar que a culpa de tudo isso é minha, porque Jacob tinha que estar com os olhos nela o tempo todo. Mas ela só está lá, porque eu sequer fui capaz de impedir.

"E pelo meu sangue eu juro que minha morte é sua, Riley."

Ouço ele responder enquanto minha caminhada se torna uma corrida pelos desníveis da calçada.

As ruas estão pouco iluminadas e a avenida, livre de carros. Tive que subir a avenida principal e dar a volta em outro prédio para usar um caminho diferente do de Chery e conseguir chegar à segunda entrada que sai em uma avenida paralela.

Preciso alcançar o prédio do clube e usar essa entrada para poder invadir o local e encontrá-la.

Desço a via com pressa. Leva poucos minutos para que eu veja a segunda entrada do clube. É a porta de entrada das mulheres traficadas, parece como uma garagem para carga e descarga. Uma van preta vem com elas e as leva de volta em todas as noites de funcionamento.

Logo à frente, há um beco estreito que vai de uma avenida a outra e é utilizado pelos funcionários. Foi a entrada usada por Chery.

Alcanço a portinhola de metal do prédio, saco a arma com silenciador, destravo e miro na fechadura. Me sinto pronto para matar o que quer que esteja atrás dela. Meus ombros estão tensos, mas minha respiração é regular. A única coisa que parece fora de ordem é meu coração.

Um vulto surge à minha esquerda e eu o tenho na mira com um único movimento.

Tiro o dedo do gatilho no segundo em que reconheço a criatura sôfrega cambaleante diante de mim. O sobretudo está semiaberto, as pernas sujas de lama e a peruca desalinhada. O rosto está vermelho do lado direito e a boca sangra levemente.

O alívio se mistura à raiva, e cai como ácido no meu estômago.

— Riley... — Chery me alcança como se visse uma miragem, ofega e ignora a arma apontada em sua direção caminhando trôpega até mim.

Suas mãos me alcançam e seguram o suéter preto que esconde o colete a prova de balas. Está recuperando o fôlego e tão logo tenho o braço direito envolto de sua cintura. O punho firme sobre a arma. Acolho seu corpo esguio sentindo os nervos à flor da pele. Quero matar quem ousou tocá-la ao tempo em que quero sacudi-la e implorar para que isso pare, para que ela desista.